VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sábado, 30 de maio de 2009

OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS - PRIMEIRO MANDAMENTO



















OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS - PRIMEIRO MANDAMENTO.

“O primeiro de todos os mandamentos é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” (Deut. 6,4-5).

A criatura humana é uma expressão do amor de Deus; Deus criou o homem e a mulher por amor e para o amor. Não amar é o pior castigo no qual a pessoa humana pode incorrer e assim perder todo o sentido de sua existência; e o amar tem que começar pelo próprio amor que é Deus: ou amamos o Amor acima de tudo ou não temos amor para amar. E em que consiste esse amor a Deus? A essa pergunta São João responde: “Eis o amor a Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasce de Deus (pelo batismo) vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1Jo 5,3-5).

Ora, o amor requer fidelidade que está ligada à fé, isto é, acreditar no outro e nunca trair sua confiança. Há a fé-dom: aquela que libera o poder de Deus. E há a fé-doação, confiança, entrega. Ser fiel a Deus é depositar a confiança somente em seu amor, pois Deus é também fiel acima de qualquer suspeita. E é neste intercâmbio que acontece o regozijo da alma, isto é, a fidelidade do humano que ama o Eterno e se deixa amar por Ele.

Cumprir o primeiro mandamento quer dizer: nunca se afastar de Deus, nunca se deixar seduzir pelas falsas crenças do tipo reencarnacionistas, milagreiras com fins lucrativos; baseadas em dias da semana, por exemplo, sabatistas, adventista do 7º dia e outros; baseadas em linhagens genealógicas e outras tantas filosofias orientais que poluem o nosso mundo dividido.

Também deixam de cumprir este mandamento aqueles que se dão à superstição, que é o desvio do sentimento religioso; à idolatria, que é divinização daquilo que não é Deus. “Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro, etc.”

Nós católicos, somos freqüentemente acusados de idólatras por causa dos santos e de Nossa Senhora; para nós, porém, os santos não são Deus, mas são de Deus, pertencem a Deus e nos conduzem, por seus exemplos de vida e por sua intercessão, à comunhão com Deus, ao senhorio do único Deus e Pai de nossa existência.
Deixam de cumprir o primeiro mandamento também aqueles que se dão á adivinhação e magia; à irreligião, que são aqueles que tentam a Deus pondo-O à prova, ou profanam os lugares santos e as coisas santas (como a Palavra de Deus, as igrejas, os vasos sagrados, a Eucaristia, etc.): compram ou vendem as realidades espirituais; aqueles que se dão ao ateísmo, ao agnosticismo, etc.

Outra fonte importante na vivência do primeiro mandamento é o mandamento do amor ao próximo. A este respeito assim escreveu São João:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.

Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós por ele nos ter dado o seu Espírito.Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco; Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.” ( 1 Jo 4,7-13.16).

Caríssimos irmãos e irmãs, o fundamento da vida é o amor, e só temos segurança, de fato, em nossa existência quando nos fundamentamos no Amor de Deus, pois aquele que ama não é atingido por mal algum, pelo contrário, vive o bem eterno de amar a Deus e ser amado por Ele.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 21 de maio de 2009



















OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS.

Introdução.

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses além de mim.” ( Dt 5,6s)

A ordem existe para que não haja a desordem. Ora, Deus , Criador de todas as coisas, em sua infinita sabedoria, nos comunicou o desejo de perfeição para que tivéssemos em nós as leis naturais capazes de nos conduzir ao seu infinito amor, para que as criaturas humanas, criadas à sua imagem e semelhança, buscassem assim de todo o coração, as riquezas de sua santidade para viver em harmonia umas com as outras até a plenitude da comunhão de toda a vida.

Com o advento do pecado, a criação toda entrou em desarmonia e, por conseqüência, na desordem de toda natureza. Daí, porque precisou Deus ordenar tudo novamente com sua lei para que “onde abundou o pecado”, superabundasse a graça e os homens, com seu perdão, voltassem à paz e à comunhão com seu Criador e com as demais criaturas.

No evangelho de São Mateus aparece a figura de um jovem rico que faz a seguinte pergunta a Jesus: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”. Ao que Jesus responde: “Se queres entrar pra a Vida guarda os mandamentos.” E cita para seu interlocutor os preceitos que se referem ao amor ao próximo: “Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe”. E depois acrescenta, como que resumindo estes mandamentos: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19,16-19), ou seja, é preciso voltarmos ao primeiro amor se quisermos viver a harmonia do início da criação, e isto só se dá mediante a obediência às leis de Deus.

Com relação ainda aos mandamentos da Lei de Deus, vejamos o que Moisés nos fala no Livro do Deuteronômio: “Eis que vos ensinei leis e decretos que o Senhor meu Deus me ordenou para que os pratiqueis ... Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: “Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!” Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?” (Dt 4, 5-7).
Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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domingo, 17 de maio de 2009

SIMPLESMENTE DEIXE-SE AMAR COMO DEUS QUER

Sei que és frágil...
Mas sei também que és “imagem e semelhança de Deus”...
Sei que és insegura e tens teus medos...
Mas é por isso mesmo que me aproximei de ti...

Talvez não me compreendas agora...
Mesmo assim falo ao teu coração
Palavras serenas...
Palavras amenas...
Que te acalma e te aquieta a alma...
Desse modo te faço compreender
a sublimidade que és...

Aqui tudo passa e tu sabes disso...
Aqui tudo é contingência...
Nossos espaços são efêmeros...
Mas se olhares com os olhos da alma...
Verás que as nossas capacidades são eternas...
Porque Eterno é Quem no-las deu...

Por esse motivo...
Cultivemos o amor...
Que nos faz viver já aqui...
Como um só Nele,
com Ele e para Ele
que é Amor Infinito...

Não fiques pasma
Ó alma amada!
Simplesmente deixe-se amar como Deus quer...
Porque o amor é a essência da vida...
E quem o vive aqui
Sabe fugir da morte...
pela porta estreita da Ressurreição...

Assim sendo viveremos a felicidade sem fim...
Que o mundo não entende e não nos pode dar...
Porque crucificou o Autor da salvação...
Mas o Senhor nos deixou como legado
O perdão dos pecados...
e a nossa participação...
na Sua Natureza Divina...

Paz e Bem!

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terça-feira, 12 de maio de 2009

SIMPLESMENTE MARIA...





















SIMPLESMENTE MARIA.

“...e o nome da virgem era Maria.” (Lc. 1,27c)

E Maria disse: “Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.

Manifestou o poder de seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrando da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.” (Lc 1,46-55).

Meu Deus, como é forte esta palavra da Virgem cheia de graça; multiplicam-se suas sentenças em favor daqueles que o mundo despreza, pois o “mundo” não ama a Deus e muito menos os filhos de sua predileção. Não é de admirar que a “sempre Virgem Maria” é exaltada nas sagradas Escrituras, como a Mãe do Filho de Deus e mãe dos humildes de Javé; quem quiser compreender o plano de salvação, precisa antes de tudo mergulhar na graça do Senhor e aceitar na fé esse designo divino a respeito da Virgem de Nazaré, designo esse que leva a todos a proclamarem-na “...bem aventurada” em todas as gerações.

De fato, Maria é simples porque soube abraçar a vontade de Deus sem impor condições, aplicando à sua história salvífica as verdades reveladas nas Escrituras, que lia diariamente conforme o costume hebreu; e também pelo anjo que anunciou o nascimento do Salvador. E, imbuída dessa convicção, fez sua entrega total e apaixonante a Deus, gerando em seu seio o Prometido que iria salvar não só o seu povo, mas também toda humanidade.

Maria é realmente a “predileta do Senhor”, porque foi exaltada por Deus antes da realização de suas promessas eternas, tornando-se, assim, o primeiro Sacrário vivo de Deus no mundo; Já imaginaram o que é ficar grávida de Deus, conduzi-LO consigo e ser Uma com Ele na própria carne? Sabe o que isso significa? A primeira pessoa, na história da salvação, a participar, neste mundo, da natureza divina que é Eterna; da permanência no Deus Todo Poderoso, e tudo isso por vontade divina para que nós participássemos também dessa mesma glória.

Caros irmãos e irmãs, citei propositalmente, o cântico do Magnificat no início deste artigo para tomarmos consciência não só do papel fundamental da Virgem em nossa salvação; mas também do nosso papel nessa ligação filial com ela, uma vez que, nada do que se fez até hoje para acontecer a graça da redenção, deixou de realizar-se primeiramente nela.

Na verdade, “o hino maravilhoso do Magnificat que a Santíssima Virgem entoou louvando a glória do Senhor e agradecendo-lhe as maravilhas que nela havia operado, é como que, a parte do solista que a humanidade encomendou à Virgem e que ela executou em nome de toda a humanidade, que desta forma agradecia a Deus o fato de ter-se feito homem para salvar todos os homens.”

Agora, caríssimos irmãos e irmãs, cabe a nós reconhece as “grandes coisas” que Deus fez na vida de Nossa Senhora e, por meio dela na nossa vida, e como filhos e filhas que somos, lhes prestarmos a devida estima que a própria Palavra de Deus nos ensina: “...e todas as gerações me proclamarão bem-aventurada.”

Salve, ó Virgem Mãe! O teu amor nos consola, cobre-nos com o teu divino manto e faz-nos participantes da salvação que teu Filho realizou em favor de todos nós. Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo! Amém!

Paz e bem!

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

TEU NOME É TERNURA























TEU NOME É TERNURA...

Mãe...
Sentido de ser da vida natural...
Amada, amante, querida sem igual...
Plena flor no jardim do amor de Deus...

Teu nome é ternura...
És brandura que tudo perdoa...
Que a todos acolhe e sabe consolar...
Sabes dar sem querer nada em troca...
Porque és mãe...
E mãe é sempre assim...
Tudo de bom...
Nada de ruim...

Mãe...
Quero lhe amar como um filho verdadeiro ama...
Estendendo-lhe sempre a mão que lhe ampara,
Seja na mocidade ou na velhice...
Seja do que jeito for...
Só quero lhe amar com o mesmo amor...
que me fez e me faz ser pessoa...
Imagem e semelhança de Deus...

Mãe...
Tudo o que eu disser sobre a senhora...
Ainda é pouco...
pelo muito que de seu amor recebi...
é por isso que sou feliz por amar tanto...
Porque sei de quem recebi...
o que me faz ser o que sou...

Mãe...
Sei que a vida passa naturalmente...
Mais sei também que os frutos do seu ventre...
Outros frutos produzirão...
E talvez a senhora nem os veja...
Mas tenha certeza, as sementes do seu amor...
O Senhor mesmo lhe mostrará...
quando um dia a senhora lá chegar...
Pertinho de Papai do céu...

Paz e Bem!

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

DESAFIOS MODERNOS DA IGREJA CATÓLICA E BENTO XVI, POR FREI RUY LOPES



















DESAFIOS MODERNOS DA IGREJA CATÓLICA E BENTO XVI, POR FREI RUY LOPES

O mundo moderno desafia a Igreja Católica e esta, por sua vez, interpela a contemporaneidade. Assim tem sido marcado o quarto ano de pontificado de Bento XVI. Este que era considerado um "papa de transição" tem marcado com uma cadência ritmada os passos da Igreja não apenas no tempo, mas diante dos desafios que este vem impondo à humanidade.

Na ocasião do último conclave que o elegeu, estando presente na Cidade Eterna, ouvi de alguns brasileiros que este não era o "papa ideal" para novos tempos. Retruquei muitas vezes argumentando que a transição não se faz com brevidade temporal, mas com idéias que conduzam o tempo. Mais ainda que Bento XVI não incorporaria de um todo, o antes Cardeal Joseph Ratzinger.

Acredito que tenha feito, "al modo mio", como se diz aqui na Itália, certa profecia. O tempo está passando e, com muita inteligência o Papa tem feito mudanças significativas. Tímido, mas sensível tem demonstrado com astúcia e perícia, quais os rumos tomar. Inteligente acadêmico, mostra-se virtuoso na condução administrativa e evangelizadora. Se antes, comentam os vaticanistas, muitos iam à Roma para ver o Papa (especialmente o carismático e midiático João Paulo II) agora se vai à Roma para ouvir o Papa. E isso é muito importante!

É, deveras, o Papa necessário à Igreja Católica nesta atual circunstância da humanidade. Evidentemente que com o peso histórico de mais de dois mil anos a Igreja não é nenhuma instituição que se possa mudar ou alterar seu percurso de forma rápida. E é justamente por isso que lhe vem a credibilidade, apesar da debilidade de seus membros, e que retifica os descaminhos que toma a humanidade. Afinal, quem haverá de interpelar e de questionar a sociedade diante de certos "avanços" que confrontam e afrontam o ser humano em sua estrutura?

Sim, estamos diante de uma época de mudanças e não apenas uma mudança de época como assinalava grande pensador brasileiro. O horizonte do futuro, em seu mistério, é uma grande incógnita.

Agora em toda a Europa e, especialmente, aqui na Itália muito tem se falado de "Testamento biológico". Até que ponto poderemos decidir sobre a nossa própria vida quando tanto fazemos para cuidá-la e em tantos lugares ela ainda não é bem amparada? Não são apenas questões éticas. São questões ontológicas e antropológicas sobre as quais a humanidade é interpelada e a Igreja convocada no auxílio à reflexão. Não se trata de uma argumentação de fé. São questões de vida ou morte que se impõe ao homem moderno que não pode prescindir da reflexão filosófica e teológica.

Este é um grande momento da história da humanidade em que se está forjando a identidade do mundo pós-moderno. A proposta cristã de um homem novo, é e sempre será nova. Novo céu e nova terra somente serão possíveis na medida em que o ser humano se descobre como homem pacificado e redimido pelo amor.

Que venham os desafios e que a "Mater Eclesiae" nos interpele. Que para além da novidade, descubramos o novo que muito podemos ser.

Paz e Bem!

Fonte: http://www.bahiaja.com.br/noticia.php?idNoticia=15350
(data: 07/05/2009)

quarta-feira, 6 de maio de 2009


















ENCONTRO ESSENCIAL

Oração...
Feita silêncio...
Solidão...
Encontro essencial...

Abre-te comportas da alma...
Deixa entrar quem te criou...
Deixa habitar em ti o Amor...
Porque desse modo...
Jamais estarás sozinha...

Quando dialogamos com Deus...
Esse diálogo-oração...
é comunhão perfeita de Vontades
realidade que nos faz ouvi-LO
no mais íntimo de nosso ser...

Isto porque, oração sem escuta
é só palavreado sem intimidade...
Sem união de Vontades...
Sem consistência alguma...

Ocorre que, muitas vezes...
Causamos os problemas...
E queremos...
E insistimos...
e pedimos pra que Deus os resolva...

Quando, de fato,
deveríamos viver na Sua Presença
e dá Sua Presença simplesmente...
para não errarmos tanto...

Portanto,
precisamos aprender...
Oração é dom de unidade...
Unidade que lembra sempre do amado...
Do amado de nossa vida...
Do amado de nossa alma...
Porque é Nele e Dele que vivemos...
Aqui e por toda eternidade...

Se isso ainda não responde aos nossos anseios...
Bom mesmo é nos convertemos...
Do contrário, ficaremos sempre queixosos:
Parece que Deus não me ouve...
Será Deus mesmo ou somos nós
que não paramos para ouvi-LO?

Paz e Bem!

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

A DIVINA PROVIDÊNCIA
















A PROVIDÊNCIA DIVINA.

“Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós.” (Mt 10,30-31).

A confiança é a virtude pela qual o Espírito Santo realiza em nós a vontade de Deus. Com ela nos pomos à sua disposição e nos abrimos para a ação da graça santificante que nos capacita para o céu. É por meio dessa virtude que permanecemos com o nosso olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus Cristo; pois, como diz a Escritura: “O justo vive da fé.”

Viver em Deus, por Deus e para Deus é o sentido último de nossa existência; creio que seja por isso que Jesus diz no Evangelho de São Mateus: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” (Mt 6,33-34). A isto chamamos Providência Divina.

O novo Catecismo da Igreja Católica (CIC) assim se refere a este assunto: “Chamamos de divina providencia as disposições pelas quais, Deus conduz sua criação para a perfeição última: Deus conserva e governa com providencia tudo que criou; ela se estende “com vigor de um extremo a outro e governa o universo com suavidade”. (Sb 8,1). Pois “tudo está nu e descoberto aos seus olhos” (Hb 4,13), mesmo os atos dependentes da ação livre das criaturas.

Com efeito, o testemunho da Sagrada Escritura é unânime: a solicitude da divina providência é concreta e direta, toma cuidado de tudo, desde as mínimas coisas até os grandes acontecimentos do mundo e da história. Com vigor, os Livros Sagrados afirmam a soberania absoluta de Deus no curso dos acontecimentos: “O nosso Deus está no céu e faz tudo que deseja”(Sl 115,3); e de Cristo se diz: “O que abre e ninguém fecha, e, fechando, ninguém mais abre” (Ap 3,7). “Muitos são os projetos do coração humano, mas é o desígnio do Senhor que permanece firme” (Pr 19,21).

Caríssimos, Jesus pede que nos entreguemos confiantemente à providência do Pai Celeste, que cuida das mínimas necessidades de seus filhos e filhas: “Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? ...Vosso pai celeste sabe que tendes necessidade de todas essas coisas.” (Mt 6,31-33). Em outras palavras, confiar na divina providência é entregar-se sem vacilar nas mãos d’Aquele que tudo pode e quer sempre a nossa salvação.

Às vezes, diante dos acontecimentos adversos de nossa história ou da nossa vida, ficamos a nos perguntar: Se Deus Pai Todo Poderoso, Criador do mundo ordenado e bom, cuida de todas as criaturas, por que então o mal existe? Somente o conjunto da fé cristã responde a esta pergunta: pela bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que se antecipa ao homem por suas alianças; pela Encarnação redentora de seu Filho; pelo dom do Espírito Santo; pelo congraçamento da Igreja; pela força dos sacramentos; pelo chamado a uma vida bem-aventurada à qual as criaturas livres são convidadas antecipadamente a assentir; mas da qual podem, por um terrível mistério, abrir mão também antecipadamente.

“Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis são os seus caminhos! Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído? Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas. A ele a glória por toda eternidade! Amém!” (Rm 11,33-36).

Portanto, quem em Deus espera e Nele confia plenamente, saber-se protegido contra as ciladas do mal, que tenta a todo custo dizimar a bondade e o bem presente nas criaturas. Por isso, sejamos vigilantes e compassivos, trilhemos o caminho da justiça e do amor, conservando em nossa vida o temor do Senhor até que Ele venha.

Paz e Bem!

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