VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

terça-feira, 21 de julho de 2009























AS BEM-AVENTURANÇAS

“Bem aventurados sereis...”

As bem-aventuranças, antes de tudo, são um programa de vida traçado por Jesus para aqueles que abraçaram a fé; elas também servem de modelo para toda a humanidade, pois, uma vez que somente mediante a vivência desses conselhos eternos, os homens e mulheres poderão alcançar a felicidade e a verdadeira vida em Deus. Ser bem-aventurado para Jesus é ser um feliz cumpridor dos mandamentos da Lei de Deus, é viver de acordo com sua Santa Vontade, é buscar a santidade em toda obra que faz, nas palavras que fala e no modo de ser, como testemunha do Reino de Deus.

“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5,3). Esta Bem-aventurança nos mostra que existem duas espécies de riquezas, uma dos valores temporais e outra dos valores eternos. Ela mostra também que a riqueza temporal só tem sentido quando vivida tendo como fim último a riqueza eterna. Assim, “pobre em espírito” é aquela pessoa que cultiva os valores eternos: o amor, o perdão, a bondade, a fidelidade, a honestidade, etc.

A falta dos bens temporais gera uma certa insegurança externa que pode ser suprida pela ajuda dos irmãos, pela disposição pessoal e pelo trabalho; enquanto que a falta dos bens eternos gera insegurança interior, levando a criatura humana a se afastar do seu Criador, transformando os bens passageiros em ídolos mortais, devido ao apego do coração a estes mesmos bens; ela só pode ser suprida mediante a conversão à Deus e aos irmãos na fé. Desse modo, ser pobre em espírito e verdade é buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça para que tudo o mais nos seja acrescentado. (Cf. Mt 6,24-34).

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” (Mt 5,4). “Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros e o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniqüidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.”

Existem duas espécies de sofrimentos, um causado pelas conseqüências do pecado, este não traz mérito algum para quem o padece; e o outro causado àqueles que não querem o pecado e por isso choram clamando por justiça, estes, de fato, são os consolados dessa bem-aventurança.

“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5,5). Esta bem-aventurança diz respeito à herança eterna que caberá a cada justo na ressurreição dos mortos. Trata-se do corpo glorioso, imortal, pleno da natureza divina, incorruptível. Diz a Sagrada Escritura que Deus criou o homem do barro, e isto é verdade, pois a ciência moderna comprova que todos os elementos que existem na natureza também são encontrados no corpo humano. Logo, a posse a que se refere esta bem-aventurança não é algo passageiro ou fora do corpo; mas definitivo, isto é, a vida que não tem fim. É como expressa o Papa São Leão Magno: “A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranqüila e incorruptível possessão do homem interior”.

Caríssimos irmãos e irmãs, perseveremos na oração e na graça que nos é oferecida todos dias na Santa Eucaristia, porque é por meio deste Dom Eterno do Corpo e do Sangue do Senhor que participaremos da felicidade dos justos, da glória do Reino que está preparado para nós desde toda a eternidade! Assim seja!

Vem, Senhor Jesus!

Paz e Bem!

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS - QUARTO MANDAMENTO

OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS – QUARTO MANDAMENTO.

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.” (Ex 20,12)

Um mandamento da Lei de Deus é sempre fonte de libertação, é uma bandeira que nos aponta o caminho certo, uma via que nos leva ao encontro da realidade divina. Ele diz: “Deus está aqui, encontre-o. E quando o seguimos, descobrimos o porquê da vida e assim nos deleitamos com a dimensão eterna do nosso fazer.”

O quarto mandamento nos mostra a profunda necessidade da família como comunhão, como célula unificadora da sociedade. Um corpo só é corpo por causa das células. Quando este mandamento não é observado, a sociedade é esfacelada. A desobediência é como um câncer na célula familiar: gera divisão, ódio, discórdia e todo tipo de desequilíbrio, impedindo a harmonia nesta parte sublime do corpo social levando à falência os outros membros. Por falta da luz desse mandamento, nossa sociedade vive vegetando nos erros que as trevas do consumismo nos impõem. Por não se respeitar mais a família como antes, estamos vendo nossa sociedade sendo impregnando dos vícios mais vis e estes vícios estão se tornando, como que, “normas” para todas as camadas sociais.

“Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundícia de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em vez do criador que é bendito pelos séculos. Amém! Por isso, Deus os entregou as paixões vergonhosas: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens deixaram o uso natural com a mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida aos seus desvarios.

Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí, o seu procedimento indigno. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade, são difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldade, rebeldes contra os pais. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.” (Rm 1,24-32)

Caríssimos irmãos e irmãs, a verdadeira liberdade passa pela vivência dos mandamentos da Lei de Deus, especialmente este que é fonte de unidade da família e da sociedade; se falta observância a esse mandamento, falta também vida em certos membros do Corpo de Cristo, que perfazem a Igreja, pois, por causa da desobediência o pecado entrou no mundo, e não podemos perder a salvação por nos entregarmos aos nossos caprichos. Deus quis que, depois dele mesmo, honrássemos nossos pais, a quem devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. E não somente isso, devemos também honrar e respeitar todos aqueles que Deus, para nosso Bem, revestiu de sua autoridade para nos governar. Amém. Assim seja!

Paz e Bem!

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OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS - QUARTO MANDAMENTO



















OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS – QUARTO MANDAMENTO.

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.” (Ex 20,12)

Um mandamento da Lei de Deus é sempre fonte de libertação, é uma bandeira que nos aponta o caminho certo, uma via que nos leva ao encontro da realidade divina. Ele diz: “Deus está aqui, encontre-o. E quando o seguimos, descobrimos o porquê da vida e assim nos deleitamos com a dimensão eterna do nosso fazer.”

O quarto mandamento nos mostra a profunda necessidade da família como comunhão, como célula unificadora da sociedade. Um corpo só é corpo por causa das células. Quando este mandamento não é observado, a sociedade é esfacelada. A desobediência é como um câncer na célula familiar: gera divisão, ódio, discórdia e todo tipo de desequilíbrio, impedindo a harmonia nesta parte sublime do corpo social levando à falência os outros membros. Por falta da luz desse mandamento, nossa sociedade vive vegetando nos erros que as trevas do consumismo nos impõem. Por não se respeitar mais a família como antes, estamos vendo nossa sociedade sendo impregnando dos vícios mais vis e estes vícios estão se tornando, como que, “normas” para todas as camadas sociais.

“Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundícia de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em vez do criador que é bendito pelos séculos. Amém! Por isso, Deus os entregou as paixões vergonhosas: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens deixaram o uso natural com a mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida aos seus desvarios.

Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí, o seu procedimento indigno. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade, são difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldade, rebeldes contra os pais. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.” (Rm 1,24-32)

Caríssimos irmãos e irmãs, a verdadeira liberdade passa pela vivência dos mandamentos da Lei de Deus, especialmente este que é fonte de unidade da família e da sociedade; se falta observância a esse mandamento, falta também vida em certos membros do Corpo de Cristo, que perfazem a Igreja, pois, por causa da desobediência o pecado entrou no mundo, e não podemos perder a salvação por nos entregarmos aos nossos caprichos. Deus quis que, depois dele mesmo, honrássemos nossos pais, a quem devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. E não somente isso, devemos também honrar e respeitar todos aqueles que Deus, para nosso Bem, revestiu de sua autoridade para nos governar. Amém. Assim seja!

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS - TERCEIRO MANDAMENTO




















OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS. – TERCEIRO MANDAMENTO.

“Lembra-te de guardar o dia do sábado para santificá-lo” (Ex 20,8).

O dia é uma seqüência de horas, minutos, segundos, frações de segundos, etc. Mas não é só isso, ele é feito de acontecimentos, momentos que fazem da história da vida de cada pessoa humana, um desenrolar progressivo do sentido do existir. A cada instante estamos pensando, agindo, formulando projetos para que, postos em prática, estes transformem em plenitude aquilo que desejamos e o que intuímos que seja bom.

Diz a sagrada Escritura que: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado”; e para dizer tudo, o “Filho do Homem é Senhor, também do sábado” (Mc 2,27-28). Ora, aqui não se trata de observar o som de palavras específicas como querem alguns, a ponto de considerarem condenados aqueles que não seguem literalmente o som de tal ou qual palavra.

O dia do Senhor é o dia do Senhor. Aparentemente eu não disse coisa com coisa ou nenhuma novidade, porém, estou dizendo uma grande novidade: o dia do Senhor é o dia da Nova Criação que começa com a Ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana, isto é, Deus Pai em seu Filho amado recriou o que fizera e continua a renovação da humanidade até a consumação dos tempos.

Notemos que na Nova Criação, Deus não “descansa” como na antiga, mas Ele continua o seu trabalho até que atinjamos a estatura perfeita de Cristo. É como diz São Paulo em uma de suas cartas: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos ás coisas lá de cima, e não às da terra porque, estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória.

Mortificai, pois os vossos membros no que tem de terreno: a devassidão, as impurezas, as paixões, os maus desejos, a cobiça que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de Deus sobre os descrentes.

Outrora também vós assim vivíeis mergulhados como estáveis nesses vícios. Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, nem vos, enganeis uns aos outros. Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios, e vos revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixas contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.

Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos. A Palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vós possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo coração salmos, hinos e cânticos espirituais. Tudo quanto fizerdes, por palavras ou obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus dando por ele graças a Deus Pai.” (Col 3,1-10.12-17)

Caríssimos irmãos e irmãs, “ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas, ou sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que deveria vir. A realidade é Cristo.” (Col 2,16-17). E o dia do Senhor é o da Nova Criação, é o “Dies Dominica”, o Domingo: “porque é o primeiro dia, o dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, nesse mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos.” (S. Justino, apol. 1,67).

Cuidado, o dia do Senhor, não é dia da praia, das festas, da televisão, mas é dia de encontro com Deus que nos santifica em Cristo Jesus nosso Senhor!

“A todos que seguirem esta regra, a paz e a misericórdia, assim como ao Israel de Deus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito, irmãos”. Amém. (Gal 6,16.18).

Paz e Bem!

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sábado, 4 de julho de 2009

A DEVOÇÃO MARIANA DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE













"A DEVOÇÃO MARIANA DE SÃO MAXIMILIANO"

A vida é um dom de Deus e precisamos vivê-la como tal, pois, é para o encontro definitivo com o Senhor que estamos indo. Vivemos em meio ao Mistério da Criação como parte integrante de um Grande Plano de Amor que transcende o nosso entendimento; e para além do somos ou podemos, temos que cooperar de bom grado com esse Plano Divino a nosso favor. A Sagrada Escritura nos revela que somos “imagem e semelhança de Deus”, e certamente ainda não nos damos conta disso, dada à finitude que nos cerca e mesmo o que aparentamos ser.

São Maximiliano Maria Kolbe é um santo dos tempos atuais profundamente imbuído da vivência desse Plano Salvífico do Senhor para toda a humanidade. Desde a infância a “Mão do Senhor” já delineava o que haveria de ser esse filho e como daria o seu testemunho de sangue perante toda a criação. A experiência de fé polonesa passa, indubitavelmente, pelas mãos da Virgem Mãe, que além de Padroeira da Polônia e dos poloneses, é ainda padroeira de tantos outros países devotos que a ela recorrem para que interceda junto ao seu Filho, a fim de que sejamos prontamente atendidos em nossas necessidades e para que se cumpra em tudo a Santa Vontade de Deus em nossa vida.

Contam os biógrafos que o pequeno Raimundo Kolbe (nome de batismo de são Maximiliano) era de índole esperta e por isso mesmo um tanto travesso. Certa feita em uma de suas travessuras sua mãe, um pouco incomodada, o chamou a atenção dizendo-lhe: “Menino, o que será de sua vida?” Ao que, como de costume, o menino correu junto ao oratório em um dos cômodos de sua casa para rezar e perguntar em sua inocente oração à Virgem Imaculada o que seria de sua vida. Obteve como resposta a aparição da Santíssima Mãe do Senhor mostrando-lhe duas coroas, uma branca e outra vermelha - as mesmas cores da bandeira da Polônia, sua pátria amada e também as cores do Espírito Santo, doador de todos os dons - perguntando-lhe qual das duas queria para si. Ao que o pequeno infante, depois de breve hesitação, respondeu: quero as duas. E foi precisamente assim que se definiu sua vocação, ser totalmente consagrado a Deus na vida religiosa e ser mártir da caridade pela Imaculada em defesa da família e da salvação do maior número de almas possíveis.

Desse modo, como Davi e a própria Virgem Maria, o Espírito do Senhor apoderou-se também do menino Raimundo e fez dele um grande santo de alma devotada à Vontade de Deus por meio da Imaculada, a quem se entregou, como ainda todo o seu ministério. Seu lema era: “Ganhar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada”. Por isso, se refugiava no Imaculado Coração da Virgem Mãe e com o auxílio de suas preces procurou servir ao Reino de Deus difundindo-o em todo o mundo, fazendo jus ao lema que escolhera para sua vida. Movido por um incondicional amor a Maria, fundou o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. Trabalhou incansavelmente na confecção do Cavaleiro da Imaculada, pequena revista de evangelização mariana; fundou ainda jornais, rádio; e tencionava fundar também canais de televisão para difundir a devoção à Imaculada, a fim de levar a cabo todo o empreendimento evangelizador que Deus lhe confiara.

Destarte, no fim dos seus dias, recebeu das mãos da Beatíssima Mãe a segunda coroa que lhe destinara Deus, o martírio no campo de concentração nazista Auschwitz, tomando o lugar de um pai de família que estava para ser sacrificado no Bunker da fome, assumindo assim, até as últimas conseqüências, sua vocação mariana, o martírio do amor incondicional; a certeza do céu, a realização do Plano de Deus, por meio do Seu Filho Jesus Cristo, Fruto Bendito da Virgem Imaculada.

“Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”. (São Maximiliano Maria Kolbe – 1894-1941).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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