VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

AMOR INCONDICIONAL



















AMOR INCONDICIONAL

Amor incondicional...
É o amor que ama sem impor condições...
É o amor que tem suas razões em Deus...
É o amor que sabe-se amado
até a última gota do Sangue Redentor...
Por isso, não teme carregar a cruz de cada dia...
porque já não vive para si,
mas para Aquele que o criou...

O que ocorre entre nós mortais...
é que nossa condição de mortalidade...
tem nos levado à paixões desordenadas...
como a busca desenfreada pela sobrevivência custe o que custar...
ou ainda a busca pelas satisfações que o viver natural nos oferece...
E assim, a grande maioria se esquece
que só quem ama é que permanece para sempre...

Vivemos num submundo, imundo...
Onde a lei do pecado impera...
Onde pensar em Deus e no Seu Reino é quimera...
Onde os vícios e a violência tornam-se rotina...
Como se fosse uma sina miserável que temos que carregar...
Desse modo não se cultiva mais os valores eternos...
Esse nosso mundo está se tornando um inferno...
E nem damos conta onde tudo isso vai chegar...

Então falar de amor, de fé em Deus, de virtudes...
Tornou-se “carolisse”...
E, para os zombadores, não passa de tolice...
É como eles dizem: “temos que aproveitar a vida...”
E a vida que aproveitam perdeu o sentido...
Porque a morte impera em todas as esferas
de nossa tão vilipendiada contingência...

Ao que parece quanto mais baixo o calão...
Nos programas de televisão...
Nas músicas...
Nas baladas...
Nas danças infernizadas...
Em tudo o que degrada o ser humano
Mais faz sucesso...

A grande maioria mesmo,
vive como se Deus não existisse...
Como se a vida fosse só o tempo presente
sem nenhum devir...
Decerto não faltam...
“Pregadores da Palavra”...
“Doutores da lei”...
“Pastores de almas”...
A fé, porém, virou comércio...
Cada um querendo ter mais...
Razões e cifrões...
Mas a salvação mesmo...
Não vemos...
Não a temos...

Todavia, cabe a pergunta,
que Jesus estão pregando?
Não é o Jesus da Cruz,
Filho de Deus muito amado...
Nem tão pouco é o Cristo do Calvário...
Do amor incondicional...
Que nos ensinou a carregar a cruz com ele...
Para com Ele ressuscitarmos ...

Então, atenção...
Muitos são os chamados...
Poucos os escolhidos e enviados...
Todavia o pequeno resto que sobrar...
Continuará amando como Jesus ensinou...
Continuará comungando o seu amor
na Santa Eucaristia...
Que por nós, noite e dia,
se imola no altar...

Senhor, contigo também nos sacrificamos...
Amando o Pai nosso com a obediência devida...
Não reclamando da vida...
Mas dando-nos inteiramente a Ti...
Que és o único sentido do viver eterno que nos espera...
Na santidade de tua glória...
Na vitória dos ressurretos...
Na alegria dos eleitos...
Que amaram a Ti e aos seus irmãos...
Incondicionalmente...

Paz e Bem!


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terça-feira, 29 de setembro de 2009

A LADAINHA DE NOSSA SENHORA



















A LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Ladainhas são cânticos de súplica, de louvor ou de intercessão, inspirados por Deus aos seus filhos e filhas com o intuito de relembrarem algum fato importante da história da salvação ou pedidos de ajuda divina para as várias necessidades do povo eleito. Assim sendo, vemos este estilo literário ser utilizado freqüentemente na Sagrada Escritura, seja nos Cânticos de vitória; ou nos Cânticos fúnebres dos profetas; ou ainda nos cânticos dos salmistas.

Vejamos alguns exemplos: após a passagem do mar vermelho, Moisés ensinou uma bela ladainha ao povo para que fosse cantada em honra do Senhor que fez brilhar a sua glória diante dos opressores egípcios que tinham a intenção de destruir o povo eleito; no entanto o mal que desejavam fazer caiu sobre eles mesmos; desse modo o povo de Deus saiu-se vitorioso dessa batalha pelas mãos do Senhor (Cf. Ex 15,1-4b.8-13.17-18). Outro episódio clássico de ladainha é o Cântico dos três jovens que foram jogados na fornalha ardente por ordem do rei da Babilônia, onde pela fé eles resistem ao fogo e saem vitoriosos, demonstrando, com isso, qual é a verdadeira fé e quem é o verdadeiro Deus (Cf. Dn 3,57-88.56). Essa ladainha é um cântico repetitivo convocando toda a criação a louvar o Senhor por seus feitos grandiosos, por suas maravilhas.

ORIGEM DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA*

Quando a casa na qual morou Nossa Senhora na Palestina foi transportada milagrosamente para a cidade de Loreto (Itália), em 1291, a feliz novidade espalhou-se rapidamente, dando início a numerosas peregrinações. Com o correr do tempo, uma série de súplicas a Nossa Senhora foi sendo composta pelos peregrinos que ali iam, os quais A invocavam por seus principais títulos de glória. Posteriormente essa ladainha era cantada diariamente no Santuário, e os peregrinos que de lá voltavam a popularizaram em todo o orbe católico. Chama-se lauretana por ter sua origem em Loreto.

Algumas invocações têm sido acrescentadas pelos Papas ao longo dos tempos, outras são agregadas para honrar a proteção de Nossa Senhora a alguma Ordem religiosa, como fazem os carmelitas, os quais rezam a ladainha lauretana carmelitana, com quatro invocações a mais. Mas o corpo central das ladainhas permanece o mesmo.

COMPOSIÇÃO DA LADAINHA

“No início da Ladainha Lauretana, as invocações não se dirigem a Nossa Senhora, mas a Nosso Senhor e à Santíssima Trindade, pois dizemos Senhor, tende piedade de nós, Jesus Cristo, ouvi-nos, etc. Depois invocamos o Padre Eterno, o Filho e o Espírito Santo. Por quê?

Tudo em Nossa Senhora nos conduz a seu divino Filho, e por meio dEle à Santíssima Trindade, que é nosso fim último. Isto é algo que os protestantes não entendem ou não querem entender: Maria Santíssima é o melhor caminho para se chegar a Deus [que é Pai, Filho e Espírito Santo].

Após essa introdução da ladainha, seguem-se três invocações, nas quais pronunciamos o nome da Virgem (Santa Maria) e lembramos dois de seus principais privilégios: o ser Mãe de Deus e Virgem das virgens. A seguir, há um grupo de 13 invocações para honrarmos a Maternidade de Nossa Senhora, e outras seis para honrar sua Virgindade. Em seguida, 13 figuras simbólicas; quatro invocações de sua misericórdia e, finalmente, 12 invocações d’Ela enquanto Rainha gloriosa e poderosa”.

Vejamos então o significado destas 13 invocações simbólicas.

Espelho de Justiça — Justiça, aqui, entende-se em seu sentido mais amplo de santidade. Nossa Senhora é chamada assim, porque Ela é um espelho da perfeição cristã. Toda perfeição pode ser admirada n’Ela, do mesmo modo como podemos admirar uma luz refletida na água.

Sede da Sabedoria — Nosso Senhor Jesus Cristo é a Sabedoria, pois, enquanto Deus, tudo sabe e tudo conhece. Ora, Nossa Senhora durante nove meses encerrou dentro de si seu divino Filho; Ela foi, portanto, a sede da Sabedoria. E continua a sê-lo, pois é n’Ela que encontramos infalivelmente a Nosso Senhor.

Causa de Nossa Alegria — a verdadeira alegria não é o riso. Rir muito nem sempre significa felicidade. É muito mais feliz a mãe carregando amorosamente seu filho do que um papalvo que ri à-toa. E a maior alegria que um homem pode ter é a de salvar-se e estar com Deus por toda a eternidade. Ora, antes da vinda de Nosso Senhor, o Céu estava fechado para nós. Foi o sacrifício do Calvário que nos reconciliou com o Criador e nos proporcionou a verdadeira e eterna felicidade. Como foi por meio de Nossa Senhora que o Redentor da humanidade veio à Terra, Maria Santíssima é, pois, a causa de nossa maior alegria.

Vaso Espiritual — Nada tem mais valor do que a verdadeira Fé. Na Paixão e Morte de Nosso Senhor, quando até os Apóstolos duvidaram e fugiram, foi Nossa Senhora quem recolheu e guardou, como num vaso sagrado, o tesouro da Fé inabalável.

Vaso Honorífico — Em nossa época, a honra quase não é considerada. Pelo contrário, muitas vezes a falta de caráter e a sem-vergonhice são louvadas. Mas a honra e a glória, na realidade, valem muito. E Nossa Senhora guardou cuidadosamente em sua alma todas as graças recebidas, e manteve a honra do gênero humano decaído. Se não tivesse existido Nossa Senhora, ficaria faltando na criação quem representasse a perfeição da criatura, fiel até o extremo heroísmo.

Vaso Insigne de Devoção — Devoto quer dizer dedicado a Deus. A criatura que mais se dedicou e viveu em função de Deus foi Nossa Senhora, tendo-o realizado de forma tal, que melhor é impossível.

Rosa Mística — A rosa é a rainha das flores. É aquela que possui de forma mais definida e esplêndida tudo quanto caracteriza uma flor. Igualmente Nossa Senhora, no campo da vida espiritual ou mística, possui de forma mais primorosa tudo aquilo que representa a perfeição.

Torre de Davi — Lemos na Sagrada Escritura que o rei Davi tomou a fortaleza de Jerusalém dos jebuseus e edificou a cidade em torno dela. "E Davi habitou a fortaleza, e por isso se chamou cidade de Davi" (Paralipômenos, 11-7). Naturalmente, o rei Davi fortificou a cidade, para torná-la inexpugnável, e a dotou de forte guarnição. A Igreja Católica é a nova Jerusalém, e nela temos uma torre ou fortaleza que nenhum inimigo pode invadir ou destruir, que é Nossa Senhora. Ela constitui o ponto de maior resistência e melhor defesa. Por isso, nesta invocação honramos a Nossa Senhora reconhecendo que nunca houve, nem haverá, quem melhor proteja os fiéis e defenda a honra de Deus do que Ela.

Torre de Marfim — O marfim é um material que tem características raras na natureza. Ele é ao mesmo tempo muito forte e muito claro. Igualmente Nossa Senhora é muito forte espiritualmente, a maior inimiga dos inimigos de Deus, e de uma pureza alvíssima. Assim Ela contraria a idéia falsa de que as coisas de Deus devam ser sempre muito doces, suaves e fracas, ou que a verdadeira força têm-na os impuros.

Casa de Ouro — O ouro é o mais nobre dos metais. Por isso, sempre que desejamos dar alguma coisa que seja insuperável, a oferecermos em ouro — uma medalha de ouro numa competição, por exemplo. Se tivéssemos que receber o próprio Deus, procuraríamos fazê-lo numa casa que não fosse superável, neste sentido uma casa de ouro. E a Virgem Santíssima é a casa de ouro que acolheu Nosso Senhor quando veio ao mundo.

Arca da Aliança — No Antigo Testamento, na Arca da Aliança ficavam guardadas as tábuas da lei dadas por Deus a Moisés e um punhado do maná recebido milagrosamente no deserto. Por isso ela lembrava as promessas e a proteção de Deus. Nossa Senhora é, no Novo Testamento, a Arca da Aliança que protege o povo eleito da Igreja Católica e lembra as infinitas misericórdias de Deus.

Porta do Céu — Nossa Senhora é invocada desse modo, pois foi por meio d’Ela que Jesus Cristo veio à Terra, e é por Ela que nos vêm todas as graças, as quais têm como finalidade nos levar ao Céu, nossa morada eterna. Assim, Ela favorece nossa entrada no Céu, como a porta favorece a entrada num local.

Estrela da Manhã — Pouco antes de nascer o sol, quando a escuridão é maior e vai começar a clarear, aparece no horizonte uma estrela de maior luminosidade. Depois, quando as outras estrelas desaparecem na claridade nascente, ela ainda permanece. Assim foi Nossa Senhora, pois seu nascimento significava que logo nasceria o Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. E quando a Fé se perdia até entre o povo eleito, Ela continuava a acreditar e esperar. Ela é o modelo da perseverança na provação e o anúncio da Luz que virá.

Temos assim, resumidamente, algumas explicações das invocações da Ladainha Lauretana. Esperemos que a compreensão delas nos ajude a rezar com maior fervor tão meritória oração.

* André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

domingo, 27 de setembro de 2009

O QUE É TER FÉ?



















O QUE É TER FÉ?

Bem...
Primeiro é preciso entender...
Que nada temos...
E se temos algo é porque agregamos à nós...
Mas esse agregamento
é temporário como o próprio tempo...
Que passa... Passa...
E não damos conta...
A não ser por seus efeitos estéticos...
que na maioria das vezes nem aceitamos...
se vaidosos somos...

Dizem os entendidos que o tempo cura tudo...
Duvido muito disso...
Mas concordo que ele é nosso aliado...
Principalmente se o nosso passado é fecundo...
Oriundo da Vontade de Deus...

Ora, e como sabemos isso?
Basta vermos os frutos de harmonia e de paz
que foram gerados...
Aí sim, esse passado é presente-futuro
que nos faz seguros, não do que temos,
mas do que somos e vivemos...

Porque a vida é feita de pequenos-grandes gestos
que revelam nosso universo interior...
afeito ao amor de Deus...
que nos sustenta...
a cada instante da vida...
vivida rumo ao seu encontro na eternidade...

É por isso que a fé, mais que um dom...
é vigor motriz que nos faz inabaláveis...
Incansáveis...
Perseverantes...
De um fervor inebriante...
Capaz de tudo, até do martírio...

Porque...
[É] “pela fé [que] reconhecemos
que o mundo foi formado pela palavra de Deus
e que as coisas visíveis se originaram do invisível”. (Hb 11,3).
Na verdade esse versículo está dizendo
que conhecemos o autor
por meio de sua obra...
E o mais feliz dessa fé motriz...
é reconhecer-se obra desse autor...
Expressão do Seu Amor...
Pertença sua como tal...

“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus,
pois para se achegar a ele
é necessário que se creia primeiro que ele existe
e que recompensa os que o procuram”. (Hb

Porque...
“A fé é o fundamento da esperança,
é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Hb 11,1).
Por ela, Deus se nos revela a Si mesmo...
Dá-nos seu convívio...
Seu abrigo...
Sua proteção...
Ela é luz pra nossa razão...
E nos faz enxergar
muito além da aparência que temos
ou que podemos alcançar...

Por fim, digo com o profeta...
A sentença certa sobre o que é ter fé...
Ter fé é ser justo...
Porque...
“O justo vive da fé”. (Hab 2,4).

“Já te foi dito, ó homem, o que convém,
o que o Senhor reclama de ti:
que pratiques a justiça,
que ames a bondade,
e que andes com humildade
diante do teu Deus”. (Miq 6,8).

Paz e Bem!


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sábado, 26 de setembro de 2009

PORTANTO...














PORTANTO...

Senhor, alegro-me em te falar...
E dizer do fundo de minha alma:
Amo-te, ó Pai Santo, amo-te...
Amo-te na simplicidade do que sou...
Porque sei que És Amor...
O Único Amor que deveríamos ter e viver...
Porque nos santificas...

E como não te amar Senhor?
Pois tudo o que somos e temos
devemos unicamente à Ti
que nos amaste primeiro...
Não te amar é um grande erro...
Uma terrível ingratidão...

Alguém me disse: a vida é muito complicada...
Eu, então, lhe respondi: a vida é maravilhosa,
nós é que a complicamos...
Porque erramos o alvo
no qual deveríamos nos atirar...
O alvo é o teu altar Senhor,
lugar da sublime oblação...
Que é o Santo Sacrifício incruento,
Onde o Teu Filho amado se imola todos os dias...
Na Santa Eucaristia...
Pela nossa salvação...

Por isso, perdão Senhor...
Perdão por tudo...
É o que precisamos pedir...
Nesse altar do nosso viver...
Porque sem graça do arrependimento
a vida não passa de tormento...
Uma espécie de agonia letal...
onde o mal faz sua festa tenebrosa....
pelas coisas horrorosas que praticamos
nos distanciando de Ti...

E aqui fica um alerta...
Cuidado com o tempo que temos,
ele pode se esgotar a qualquer momento...
Esse tempo que nos é dado
é pelos santos chamado: tempo de conversão...
Lugar do perdão de nossos pecados...
Fora desse tempo,
não há mais remissão...
não há mais salvação...
Nada mais há...

Ó Senhor, nos conceda esse favor...
Ele é fruto do Seu Amor...
e a última chance que temos...
Porque muitos estão se perdendo...
Afastando-se de Ti...
É como nos diz Jesus:
“De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro...
se vier perder a sua vida?”(Mc 8,36).

Portanto...
“Na qualidade de colaboradores de Deus,
exortamos-vos a que não recebais a graça de Deus em vão.
Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável
e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8).
Agora é o tempo favorável,
agora é o dia da salvação”. (2Cor 6,1-2).

“Por isso, enquanto temos tempo, [nos convertamos]
[e] façamos o bem a todos os homens,
mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,7).

Paz e Bem!


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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ORAÇÃO PARA ALCANÇAR O PERDÃO

 



















ORAÇÃO PARA ALCANÇAR O PERDÃO

Senhor, dói demais a dor de pecar...
Ou de ver o pecado nosso e dos outros...
Dói porque o pecado é desgosto que te causamos...
Ele não passa de um engano que cometemos...
Porque o que o pecado nos oferece aqui,
é tirar o devir da nossa salvação...

Então...
De que adianta cometer qualquer ação pecaminosa?
Meu Deus!
As ações pecaminosas são tão venenosas
que ficam gravadas em nossas almas
como prova de nosso desvario...
Dá arrepio só em pensar nos males que já cometi,
agindo como um infeliz...
que ignora o peso que os pecados têm...

Senhor, quanta vezes já te pedi perdão?
Quantas vezes caí nos mesmos erros?
Sabe Senhor,
creio que falta humildade na minha oração...
Creio que falta ainda assumir
a entrega a Ti de todo o meu ser...
sem deixar nenhum espaço...
para o ranço do pecado
que insiste em não ceder...

Ó Senhor,
às vezes me canso de lutar contra mim mesmo...
Porque sei que contigo não há segredos...
Porque nada se oculta de Tua Divina Face...
És tão maravilhoso, que sempre nos perdoas,
mesmo sem merecermos perdão algum de tua parte...
Somos tão rudes contigo, Senhor...
que nem mesmo tememos o castigo
que nos impomos quando pecamos...

Senhor...
E o pior é que sabemos
que qualquer ato pecaminoso...
tira-nos todo gozo que nos dás...
Visto que sem Ti não há paz...
Não há nada de bom...
Há somente uma estrada de sofreguidão...
Sem alento...
Sem vida...
Perdida...
Sem salvação...

Por isso, Senhor...
peço-te humildemente...
Transforma esse demente que sou...
Faz-me experimentar de tal forma o teu amor...
Que o ardor dos santos e profetas...
esteja em meu coração...
Por fim, dá-me a tua mão...
e tire-me do abismo do meu nada...
Concede-me caminhar na Tua Estrada...
Sem jamais me afastar dela...
Assim terei lugar entre os justos, teus eleitos...
que tiverem a coragem de carregar no peito e na vida
a cruz do teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo...

Paz e Bem!

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

















ITINERÁRIO DA ALMA

Todos nós buscamos um sentido de vida...
Ninguém vive por acaso...
Talvez até viva...
Mas, quem nunca se questionou por alguma escolha?
Creio que, de certa forma, buscamos segurança interior...
Ou quem sabe a satisfação permanente do viver...

Porém, não podemos esquecer
que o modo de ser como pomos em prática os nossos projetos...
é que define o sucesso ou o fracasso de nossas escolhas...
Por isso, quem quer que sejamos...
precisamos da inspiração divina...
Porque pra tudo na vida,
se faz jus que Deus seja o ponto de partida
e de chegada dos nossos empreendimentos...

Nenhum projeto humano tem seu fim justo
se esse fim não for à maior glória de Deus...
Porque Deus em seu silêncio e invisibilidade...
é a única realidade que fundamenta os seres que criou...
Por isso, tudo em nós tem que ser amor...
Só e unicamente amor...

Perdido está quem não faz do viver
um permanente encontro com Deus...
Experiência única em cada instante vivido...
Em cada aspiração do sentido de vida...
Como é bom sentir-nos em Deus...
Como é agradável sermos movidos por seus dons...
e termos a certeza de que sua Vontade está sendo realizada...
Verdadeiramente realizada...

Visto que, as almas conduzidas pela Vontade de Deus...
nunca se enganam...
Porque a Luz de Sua Sabedoria as ilumina...
na vida infinda de oração...
Que nada mais é do que absorção
de todas as graças que precisamos...
para sermos e fazemos somente aquilo que convém
e nos mantém na salvação eterna...

"Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus!
Quão impenetráveis são os seus juízos
e inexploráveis os seus caminhos!
Quem pode compreender o pensamento do Senhor?
Quem jamais foi o seu conselheiro?
Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído?
Dele, por ele e para ele são todas as coisas.
A ele a glória por toda a eternidade! Amém". (Rm 11,33-36).

Paz e Bem!

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

AS QUINZE ORAÇÕES DE SANTA BRÍGIDA





















AS QUINZE ORAÇÕES DE SANTA BRÍGIDA

(REVELADAS POR JESUS À SANTA BRÍGIDA NA IGREJA DE SÃO PAULO EM ROMA)

Estas orações foram APROVADAS pelo PAPA PIO IX em 31/05/1862, que as reconheceu como autênticas e de grande proveito para as almas.

VEJA AS PROMESSAS DE JESUS

Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que Jesus levara durante a Paixão, certo dia Ele lhe apareceu dizendo:

"Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejais honrar as chagas que eles ME produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pai Nossos e 15 Ave-Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas. Quem recitar estas orações durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos.

A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte Eu lhe darei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. Eu lhe darei também de beber o Meu Precioso Sangue, afim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos.

Antes da sua morte, Eu virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, Eu lhe darei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações.

Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente.

No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações, Deus estará também presente com as Suas Graças".

Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro.

PERGUNTA : É necessário recitá-las sem interrupção?

RESPOSTA : Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se por força maior não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.

REZE ASSIM:

Comece, sempre, com o Sinal da Cruz!
+Pelo sinal da Santa Cruz
+Livrai-nos Deus Nosso Senhor
+ Dos nossos inimigos. Em Nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Amém.

Faça uma oração inicial ao Espírito Santo e depois diga:

1ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina.

Lembrai-Vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: "a Minha Alma está triste até a morte".

Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angústias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa.

Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes.

Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

2ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhado de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram a porfia.

Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!

3ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso..... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, transpassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros.

Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!

4ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso..... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, médico celeste, que fostes elevado na Cruz afim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-LHE: "PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem".

Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

5ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados.

Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: "Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso", eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!

6ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de Vossa mãe bem amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: "Mulher eis aí o teu filho"! e a João: "Eis aí a tua Mãe!"

Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de, Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

7ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: "Tenho sede!", mas sede de salvação do gênero humano.

Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!

8ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte afim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!

9ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: "Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?"

Por esta angústia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!

10ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-Vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça.

Em consideração da extensão das Vossas chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos estes que são caminhos espaçosos e agradáveis para aqueles que Vos amam. Assim seja!

11ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-Vos, em memória de Vossas Chagas, que penetraram até a medula dos vossos ossos e atingiram até as vossas entranhas, que vos digneis afastar esse(a) pobre pecador(a) do lodaçal de ofensas em que está submerso(a) conduzindo- o(a) para longe do pecado. Suplico-Vos também, esconder-me de Vossa face irritada, ocultando-me dentro de Vossas chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado. Assim seja!

12ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura do Vosso Sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em Vossa Carne virginal por nosso amor! Ó Dulcíssimo JESUS, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito?

Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas chagas em meu coração, afim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, o fruto dos Vossos Sofrimentos seja renovado em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente, Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó Dulcíssimo JESUS, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!
13ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, fortíssimo Leão, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do Coração como do Corpo e inclinastes a cabeça dizendo: "Tudo está consumado!"

Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico, Senhor JESUS, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e o meu espírito cheio de aflição. Assim seja!
14ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, Filho Único do PAI, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-Vos da humilde recomendação que LHE dirigistes dizendo: "Meu PAI, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!" Depois expirastes, estando Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração transpassado e as entranhas da Vossa Misericórdia abertas para nos resgatar.

Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais, para resistir ao demônio, a carne a ao sangue, afim de que, estando morto(a) para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, recebei, eu Vos peço, minha alma peregrina e exilada que retorna para Vós. Assim seja!
15ª ORAÇÃO:

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS, vide verdadeira e fecunda, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer. E, enfim, como um ramalhete de mirra elevado na Cruz, Vossa Carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de Vossas entranhas e secou a medula dos Vossos ossos.

Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom JESUS, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja!

ORAÇÃO FINAL:

Ó Doce JESUS, vulnerai o meu coração, afim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento. Convertei-me inteiramente a Vós. Que o meu coração Vos sirva de perpétua habitação; Que a minha conduta vos seja agradável e que o fim da minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no Vosso Paraíso, onde, com os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja!


CONSAGRAÇÃO DIÁRIA À NOSSA SENHORA

(Faça-a todos os dias)

Ó Santa Mãe Dolorosa de Deus, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração a fim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado.

Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza e verdade.

Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de Deus.

Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino FILHO, para purificação da minha vida.

Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minha negligências.

Escutai-me ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade. Assim seja!

Paz e Bem!

Fonte: (21/09/09) http://www.cot.org.br/igreja/santa-brigida.php

ORAÇÃO PARA ALCANÇAR A HUMILDADE

















ORAÇÃO PARA ALCANÇAR A HUMILDADE

Composta por Santa Teresinha

Ó Jesus, estando Vós sobre a terra, dissestes: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para a vossa alma." Ó poderoso Monarca dos Céus, a minha alma acha o seu repouso contemplando-Vos revestido das aparências e da natureza de escravo, abaixando-Vos até lavar os pés aos Vossos discípulos.

Recordo, ó Jesus, as palavras que, para me ensinardes a humildade, pronunciastes nessa ocasião: "Eu vos dei o exemplo, para que, assim como eu vos fiz, assim vós também façais. Não é o discípulo maior do que o seu mestre... Se sabeis estas coisas, bem-aventurados se as praticardes".

Senhor, eu compreendo estas palavras saídas do Vosso coração, manso e humilde, e quero praticá-las, ajudada pela Vossa divina graça. Quero humilhar-me e sujeitar a minha vontade à de minhas irmãzinhas, sem nunca contradizê-las, sem investigar se têm ou não sobre mim direito de mandar.

Ninguém, meu Deus, tinha este direito sobre Vós, e todavia obedecestes, não só à Santíssima Virgem e a São José, mas até aos Vossos algozes! E na Santa Eucaristia pondes o cúmulo ao Vosso aniquilamento.

Com que humildade, ó Divino Rei da glória, obedeceis a todos os sacerdotes, fervorosos ou tíbios no Vosso divino serviço! Eles podem apressar ou retardar a hora do sacrifício, e Vós estais sempre pronto a descer do Céu.

Ó meu bom Jesus, como Vos mostrais manso e humilde debaixo do véu da hóstia imaculada!

Ah! Não poderíeis Vos humilhar demais para me ensinar a humildade! Para corresponder, pois, ao Vosso amor, quero colocar-me no último lugar e partilhar Convosco as humilhações, afim de ter parte Convosco no reino dos Céus. Suplico-Vos, Divino Jesus, me mandeis uma humilhação toda vez que ousar elevar-me sobre os outros.

Mas oh! Como sou fraca; de manhã proponho ser humilde, e à noite reconheço ter pecado por orgulho.

Vendo-me tal, sou tentada a desanimar, mas sei que também o desânimo é orgulho. Portanto, quero fundar a minha esperança somente em Vós, meu Deus.

E já que Vós sois todo poderoso, concedei-me esta virtude, muito desejada. E para que eu seja atendida, repetirei: "Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao Vosso!"

Paz e Bem!

Fonte:
http://permanencia.org.br/revista/vida/SantaTeresinha/oracao.htm

domingo, 20 de setembro de 2009

ESCUTA SENHOR ESTA MINHA ORAÇÃO












Escuta Senhor esta minha oração...
E dá-me a graça de te ouvir sempre...
Não quero viver só por viver...
Tu, Senhor, me fizeste nascer
para proclamar tua vontade...
e fazer brilhar tua Glória
que é Infinita...

Que nada me atraia ou me prenda neste mundo...
Quero viver a liberdade dos teus filhos...
Quero ser tão somente o que queres que eu seja...
Assim estarei em constante comunhão contigo...
que me livras do castigo de não te amar,
de não te encontrar aqui e na eternidade...

Quanta necessidade tenho de Ti Senhor...
Tamanha é a minha sede e fome do teu amor...
Que desfaleço ao menor sentimento de tua ausência...
Por isso, clemência de mim que nada sou...
Clemência Senhor...
És tão Generoso, Poderoso e Santo...
Que me espanto de mim mesmo poder falar-te...
Poder dirigir-te a palavra e não sucumbir...

Porque aqui neste vale de lágrimas...
Ao que parece, só buscamos o que passa...
aquilo que perece e nunca nos satisfaz...
Por isso, Senhor, misericórdia...
é o que suplico, como refúgio, como abrigo...
contra o castigo que virá...
sobre esse nosso mundo enfermo de ingratidão...
Da falta de amor e de perdão...
Pois todos estamos mergulhados no nada do pecado...
que tenta tirar de nós o poder ver-te um dia...

Somente um coração que sabe escutar a Deus é que sabe também falar inspirado por Ele, visto que se deixa inebriar por sua Sabedoria.

Nada mais profundo nesta terra do que a escuta do Senhor e nada se compara às suas palavras eternas; pois elas são fonte de iluminação das almas santas.

Portanto, escuta, escuta e deixa-te tomar pelo alento eterno do Senhor que nos criou para a santidade.

Paz e Bem!

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sábado, 19 de setembro de 2009

A VIDA E SUAS INTERPELAÇÕES

















A VIDA E SUAS INTERPELAÇÕES

Quando a vida te interpelar não fiques te lamentando ou inseguro, como é costume em nosso meio, mas busca respostas que atendam aos seus anseios. Porque quem te fala à consciência é Deus que te criou e se faz presente em todos os movimentos do teu ser. Aprende a escutá-lo no mais íntimo do teu viver, assim poderás ser conduzido por ele que te ama com amor eterno.

Eu sei que deveríamos nos questionar sempre, sobretudo no que diz respeito ao bem viver, mas não só basta pormos questões, é preciso que tenhamos respostas convincentes, capazes de nos ater seguros quanto à realidade que estamos vivendo. A vida, enquanto dom de Deus, continua a nos interpelar, seja por aquilo que empreendemos, seja por aquilo que outros empreendem; certamente na eternidade seremos, de fato, cobrados pelo muito que recebemos de Deus nesse dom.

Deus, porém, não é um fiscal carrancudo que nos diz a todo instante: “olha, vou te cobrar por isso”... Ao contrário, Ele é o nosso Pai amoroso e maior incentivador; é Ele quem nos sustenta pela mão e nos faz viver o seu Mistério, seja pela fé consciente, seja pela nossa naturalidade imatura, insegura ou coisa assim. O importante é vivermos em sua companhia amorosa, conduzidos pelas inspirações do Espírito Santo, como viveram todos santos e santas de nossa fé católica, como bem nos ensinou nossa Senhora, a Virgem mãe do Salvador: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra”.

Sabemos que vivemos em meio ao mistério da iniqüidade, pois, não é possível constatarmos tanta maldade em nosso meio e não reconhecermos que o maligno se faz presente em todas essas ações pecaminosas. Porém, a melhor maneira de combater o mal é não lhe dá ouvidos; para isso, precisamos escutar o Senhor que nos fala por meio dos Mandamentos, pelo Seu Filho Jesus Cristo e pelo exemplo de todos aqueles que viveram essa interação com o Senhor que nos dá a vida eterna.

De uma coisa temos certeza, só o bem que vem de Deus é que prevalece, porque Deus nunca esquece aqueles que o amam, por isso, os acompanha sempre nessa trajetória rumo ao Seu Reino de Amor, a Nova Criação. E quando a vida te interpelar, corre para os braços do Senhor por meio de tua oração e encontrarás as respostas de que precisas para teus anseios; assim compreenderás melhor qual é o sentido de tua vida e qual a missão que Deus te dá, para seres feliz aqui e eternamente em Sua Glória.

Paz e Bem!

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

GRAÇA E JUSTIFICAÇÃO




















GRAÇA E JUSTIFICAÇÃO

A palavra Justificar significa “Perdoar os Pecados”. Assim, a Justificação é o resultado da força de regeneração da Graça do ESPÍRITO SANTO, que atuando nas pessoas neutraliza todo efeito causado pelo mal, para curá-las do pecado e santificá-las para a vida. (Cf. Ef 2, 1-8)

Recebemos a Graça Santificante do ESPÍRITO SANTO em todos os Sacramentos. De modo especial, ela age no interior das pessoas purificando o coração e a alma, propiciando-lhes participarem dos benefícios de DEUS e da Vida Divina.

Pelas Graças recebidas no Sacramento do Batismo, obtém-se a Justificação, isto é, o perdão dos pecados e são infundidas na alma do batizando as Virtudes Teologais: a fé, a esperança e a caridade, além de conceder ao fiel o caráter sacramental de Filho de DEUS.

O Catecismo da Igreja acrescenta que, pela graça do Batismo "em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28,19), somos chamados a compartilhar na vida da SANTÍSSIMA TRINDADE, aqui na terra, na obscuridade da fé, e para além da morte, na Luz Eterna.
A Justificação, isto é, o perdão de nossos pecados, nos foi merecida pela morte de NOSSO SENHOR na Cruz. JESUS, derramando o seu Sagrado Sangue no alto de um madeiro lavou a alma da humanidade de todas as gerações, neutralizando a influência nefasta do Pecado Original e perdoando os Pecados Subseqüentes cometidos até aquele dia. Esta realidade nos mostra a impressionante dimensão da Justificação, que é a obra mais excelente do amor de DEUS, manifestado em JESUS CRISTO e concedido a cada fiel pelo ESPÍRITO SANTO.

Por essa razão dizemos que a Justificação e a Conversão apresentam dois aspectos sob a ação da Graça: a pessoa se volta para DEUS e se afasta do pecado, acolhendo, dessa forma, o perdão e a justiça que vêm do alto.

Compreendemos assim que o perdão de nossos pecados é essencialmente Obra de DEUS, embora seja indispensável a colaboração de cada criatura pela fé, buscando o Sacramento, sinceramente arrependida de suas transgressões, conforme escreveu São Paulo aos Romanos:

"Tendo sido, pois, justificados pela fé, estamos em paz com DEUS por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, por quem tivemos acesso, pela fé, a esta Graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS". (Rm 5, 1-2)

Isto porque, todos nós somos chamados à santidade, seja qual for o estado civil e o regime de vida; porque também todos os fieis são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.

Assim sendo, a Justificação atua providenciando a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do interior da pessoa, “destruindo o homem velho, corroído pelo pecado; fazendo nascer um homem novo para a vida em DEUS”. (Ef 4, 22-24)

A primeira obra da graça do ESPÍRITO SANTO é a conversão que opera a justificação segundo o anúncio de JESUS no princípio do Evangelho escrito por São Mateus: "Arrependei-vos (convertei-vos), porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17). Sob a moção da Graça, o homem se volta para DEUS e se afasta do pecado, acolhendo, assim, o perdão e a justiça Divina. Em conseqüência, conforme mencionamos acima: "a justificação abrange a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior.” (Catecismo da Igreja)

Por outro lado, a salvação é também um dom da Graça de DEUS, mas que somente podemos recebê-la em resposta à nossa fé, ou seja, se temos a convicção de que vamos alcançá-la.

Para compreender corretamente o processo da salvação, precisamos entender que “a fé em JESUS CRISTO é a única condição prévia que DEUS requer para a salvação de uma pessoa”. Isto porque, a fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas é também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que acredita e quer seguir a CRISTO como o NOSSO SENHOR e como nosso SALVADOR. (Cf. Mt 4,19; Mt 16, 24); (Lc 9,23-25); (Jo 10, 4;Jo 10, 27; Jo 12, 26).

As pessoas justificadas vivem a sua fé na palavra de CRISTO: “Pois, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da Palavra de CRISTO”. (Rm 10, 17) E ela age pelo amor, conforme São Paulo escreveu na carta aos Gálatas: “Pois, em CRISTO JESUS, nem a circuncisão tem valor, nem a incircuncisão, mas a fé agindo pela caridade (ou seja, pelo amor). (Gl 5, 6). Porque o amor é fruto do ESPÍRITO SANTO. (Cf. Gl 5, 22).

Entretanto, devemos lembrar que a força do poder, a cobiça e a ambição atribulam a existência das pessoas no cotidiano (Cf. Rm 8, 35-39) e fazem com que elas caiam em pecado (1 Jo 1, 8.10), necessitando repetidamente de ouvirem as recomendações Divinas e a confessarem as suas transgressões. (Cf. 1 Jo 1, 9). Visto que, só assim poderão participar dignamente da Sagrada Eucaristia e serem exortadas a viverem uma vida justa, em conformidade com a vontade de DEUS. Por isso o Apóstolo diz às pessoas justificadas: "Desenvolvei vossa salvação com temor e tremor; porque é DEUS quem opera em vós tanto o querer quanto o realizar, segundo a sua vontade" (Fl 2, 12).

E permanece a boa notícia: "Não existe nenhuma condenação para aqueles que estão em CRISTO JESUS" (Rm 8, 1). E isso acontece por intermédio da obra admirável e justa de CRISTO que gerou a justificação que dá vida para todos os seres humanos. (Rm 5, 18)

RELACIONAMENTOS DA GRAÇA

Graça e Justificação – “A Justificação é um ato livre de DEUS que perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos, pelo fato de acolhermos pela fé a justiça de CRISTO.” Em síntese, esta doutrina garante que o SENHOR não requer qualquer valor pessoal do fiel, assim como nenhuma ação para alcançar mérito, isto porque, agindo a justificação na esfera espiritual, as pessoas com seu limitado intelecto, não têm meios de prover uma recompensa para fazer jus à Graça Divina. Porém, nós que vivemos a conversão no amor, precisamos dar frutos da redenção e da justificação recebidas. (Cf. Ef. 2,8-10).

Vejamos agora um exemplo clássico de justificação, relembramos o benefício recebido pelo “bom ladrão” na cruz. No último momento de sua vida conseguiu a salvação, apesar de uma existência de crimes e de pecados. Na condição de crucificado ao lado de JESUS, reconheceu o SENHOR como o Verdadeiro Messias através de suas palavras, atestando a sua fé e assim, alcançou a Graça de DEUS e foi justificado.

A paga pelo débito eterno, ou seja, o perdão pelos pecados mortais cometidos, foi justificada por CRISTO na Cruz, que estendeu o seu sacrifício a toda humanidade. (Rm 3, 24) (Rm 5, 18-19). Para que assim pudéssemos viver neste mundo sem ser deste mundo, ou seja, darmos um verdadeiro testemunho da graça da justificação recebida.

Graça e Redenção - O desejo do PAI ETERNO de redimir a humanidade ficou manifesto na citação de São João: “Pois DEUS amou tanto o mundo que entregou o seu FILHO Único, para que todo o que NELE crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna”, (Jo 3,16) e primordialmente, pela realização do sacrifício de JESUS na Cruz, com sua entrega decidida e voluntária. (Cf. Gl 2,20; Ef 5,2)

Graça e Purificação – A graça capacita o fiel a afastar-se do mal e a procurar viver com dignidade, trilhando o caminho do bem, da justiça e do amor fraterno. São Lucas apresenta em (Cf. Lc 11, 24-26) uma ilustração feita por JESUS, em que ELE coloca o assunto de um modo bem claro e acessível, falando a respeito de uma “casa” que foi “varrida e adornada”. A “casa” simboliza o corpo humano, a morada de Deus a partir da conversão da pessoa (1 Co 3,16); “varrida” significa limpa, isenta de toda imundície que acumulava pelos pecados cometidos; e, “adornada”, refere-se a um estado que excede a simples “limpeza” , que faz com que esta “casa” se torne mais bela do que efetivamente era através de uma purificação, que no nosso caso abrange um aspecto essencialmente espiritual.

JUSTIFICAÇÃO COMO PERDÃO DOS PECADOS

DEUS, por sua Graça, perdoa o pecado do ser humano, e ao mesmo tempo o liberta do poder do maligno, dando-lhe oportunidade de ter uma nova vida em CRISTO. Desse modo, o ser humano cultiva a fé no Senhor JESUS, e pelo Espírito Santo, DEUS infunde nele um amor ativo que o faz dar frutos para sua glória. (Cf. Jo 15,1-8).

Esses aspectos da ação da Graça Divina não devem ser separados. Eles estão correlacionados de tal maneira que o ser humano, torna-se um só com CRISTO no Espírito Santo; assim, pela Vontade de DEUS PAI, JESUS se torna para nós tanto perdão dos pecados quanto presença santificadora do próprio DEUS.

“É por sua graça que estais em Jesus Cristo, que, da parte de Deus, se tornou para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito: quem se gloria, glorie-se no Senhor (Jr 9,23).” (1 Cor 1, 30).

No Sacramento do Batismo o ESPÍRITO SANTO une o batizando a CRISTO, o justifica e realmente o renova. Não obstante, a pessoa estar justificada pelo Sacramento, durante toda a vida permanece dependente da Graça de DEUS que sempre o justifica em todas oportunidades, de modo incondicional. Isto porque o fiel está também continuamente exposto ao poder do pecado e das investidas do maligno, não estando isento da terrível luta cotidiana entre o “bem” e o “mal” que faz oposição a DEUS.

“Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço. O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça.”. (Rm 6, 12-14)

A pessoa mesmo justificada, precisará sempre do perdão de DEUS e deve se conscientizar de que é chamada à uma conversão constante e ao arrependimento de suas transgressões, caso venha a cometê-las, recebendo assim o perdão Divino. “Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.” (1 Jo 1, 9).

O ser humano é justificado na fé do evangelho "independentemente das obras da lei" (Rm 3, 28). Isto porque JESUS cumpriu a lei e, por sua morte e ressurreição, a superou como caminho para a salvação. Da mesma forma que os mandamentos de DEUS permanecem em vigor para a pessoa justificada (Cf. Mt 5,17-19); CRISTO, em sua palavra e vida, expressa a vontade de DEUS e se constitui padrão de conduta e exemplo a ser imitado pela humanidade justificada em todas as gerações. (Cf. 1Jo 2,6).

Paz e Bem!

Fonte: http://www.angelfire.com/nv/novaes/graju.html

Colaborador: Frei Fernando

terça-feira, 8 de setembro de 2009

















A GRAÇA DE DEUS NA SAGRADA ESCRITURA

DEUS fez a criatura ser perfeito. O equilíbrio interior, a posição harmoniosa dentro do Universo Divino, além da amizade e perene comunhão com o SENHOR, constituem o dom que podemos chamar de “Graça-Original” ou “Graça-Inicial”. Todavia, o Pecado Original veio neutralizar os efeitos deste “dote” Divino, ou seja, da “Graça Original”, perdendo a humanidade aquela situação confortável e privilegiada propiciada pela “oferta-inicial”, sendo o coração das pessoas ocupado pelo descalabro, à insensatez e a desordem das paixões, causados pela transgressão de nossos primeiros pais.

Em conseqüência do Primeiro Pecado foi aberto o espaço para os Pecados Subseqüentes, e por isso, só a paciência, a misericórdia, a bondade e o infinito amor de DEUS é que poderiam atuar fazendo reduzir a intensidade do mal, proporcionando condições para a existência de uma nova “Graça”, que no Antigo Testamento é representada pela “Benção”transmitida na pessoa e na obra dos Patriarcas.

Para um melhor entendimento, vamos acompanhar as manifestações da “Graça Divina”, no Antigo e no Novo Testamento.

ANTIGO TESTAMENTO

No início o CRIADOR revelou-se como o DEUS da graça e da misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque ele merecesse, mas por causa da Sua Divina fidelidade ( hesed) à promessa que ELE Mesmo fez a Abraão, Isaac e Jacó. (Gn 18, 17-19) e (Gn 22, 15-19).

O reino de DEUS concretiza-se através da Aliança feita por JAVÉ com o povo eleito, o povo judeu. A “Graça” situa-se dentro do relacionamento pessoal entre o povo e JAVÉ e é representada pela “Benção Divina” , ou seja, a promessa do SENHOR multiplicar a vida dos judeus, tanto na existência terrena como na vida após a morte, sendo as criaturas tão felizes na Terra como no Céu. (Sl 89, 29-30)

Mas para que pudessem alcançar esta “Benção”, JAVÉ exigia que tivessem uma fé sincera, que o povo eleito se abrisse a DEUS e fizesse sua entrega pessoal, inclusive da própria vida. (Dt 30,19-20) Como resultado, a “Benção” produziria de certa forma a “justificação” (o perdão dos pecados) do fiel perante o SENHOR, fazendo com que ele fosse “reto” , isto é, fosse digno das promessas Divinas e das manifestações misericordiosas que emanavam da bondade do CRIADOR. (Dt 6,17-19) . Dessa forma, a “Benção” prometida é a “Graça” do SENHOR para Abraão e o povo eleito, e concretizava-se na Aliança de DEUS com os patriarcas e os israelitas. (Ex 34,10) (Sl 103, 8)

Na Aliança celebrada no Sinai, a promessa da “Benção” e salvação do povo judeu ficou condicionada à livre aceitação por parte dos israelitas, dos Mandamentos de DEUS, e naturalmente, de sua observância cotidiana. Assim, o Decálogo (Os Dez Mandamentos) evidenciou sua real importância e a necessidade das pessoas se portarem com dignidade, organizando a vida e seguindo a Lei como norma de viver, para que fossem merecedoras da “Benção” Divina. (Dt 7, 9-14) (Sl 112,1-2)

Assim sendo, a “Graça”, representada pela “Benção” recebida, significava o Amor do PAI aos que LHE eram fieis que procuravam corresponder em amor humano à grandeza do Amor Divino. (Sl 25, 6-7) (Sl, 24, 5-6) (Is 63,7-8)

Muito embora, em algumas oportunidades a “Benção” fosse apresentada como a “salvação messiânica”, ou seja, relacionada com a vinda do Messias que acabou com a injustiça e o desamor através dos ensinamentos Divinos, não deixa de ser uma manifestação do Amor de DEUS, porque segundo os avisos e as profecias, a vinda do Salvador propiciou ao povo uma paz verdadeira, fazendo nascer um fraterno e proveitoso relacionamento entre as pessoas em si, e entre elas e o CRIADOR. (Sl 132, 8-10) (Is 7, 14) (Is 9, 1-6) (Is 11, 1-9) (Is 28, 16-17)

Então, a “Benção” era um dom muito especial que paternalmente o SENHOR DEUS conferiu à humanidade e que realizava uma união mais íntima entre o CRIADOR e suas criaturas, propiciando-lhes amor, benevolência e misericórdia. (Sl 66,16-20)

Por outro lado, a “resposta” das pessoas deveria suceder por uma decidida entrega a DEUS na fé, que incessantemente professada e estimulada, transpunha a esfera existencial humana e alcançava o PAI ETERNO. Com isso, a criatura tornava-se “reta” aos olhos do SENHOR, porque se afastando do pecado, revelava que se submeteu a um sincero processo de conversão e conseguia de certa forma, a sua “justificação” perante o CRIADOR e inclusive, o dom da própria salvação, porque se tornava uma criatura que agia conforme a vontade Divina, caminhando para ser de fato, à imagem e à semelhança de DEUS.

Embora esta mencionada “justificação” dava segurança e salvação ao fiel, ela não tem a grandeza e nem o valor da “verdadeira justificação” alcançada por JESUS com a Obra de Redenção da humanidade, quando derramou o seu Sagrado e Precioso Sangue na Cruz, lavando os pecados de todas as gerações.

NOVO TESTAMENTO

Aqui a “Graça” gerada pelo precioso e sagrado sangue derramado na Cruz, lavou e beneficiou toda humanidade, redimindo-nos perante o CRIADOR, libertando-nos da ação maléfica do primeiro pecado e perdoando os pecados subseqüentes, revelando que JESUS em Pessoa, é a “Graça” salvífica do DEUS ETERNO UNO e TRINO. (Rm 4, 24-25)

As pessoas recebem a “Graça” Divina através dos Sacramentos. É assim, que pelo Sacramento do Batismo, os catecúmenos recebem o primeiro sacramento da iniciação cristã, são santificados em JESUS CRISTO pela vontade do PAI ETERNO e pela ação renovadora do ESPÍRITO SANTO, que coloca e estimula a “Graça” no interior de cada fiel.

Os demais sacramentos são recebidos depois do Batismo e cada qual, tem a sua “Graça” específica, que o ESPÍRITO DO SENHOR concede as criaturas, sempre com o mesmo objetivo, de santificar o povo de DEUS.

Pelos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), observamos também que a “Graça” é manifestada nos muitos milagres que JESUS fez: exorcizando os possessos, curando cegos, coxos, epilépticos e todos os tipos de enfermidades e até ressuscitando pessoas mortas. (Mt 4, 23) (Mt 9, 18-26) (Lc 7, 11-16) Revela ainda, que a “Graça” beneficia os perdidos e marginalizados com um amor de misericórdia, que abrange todos, sem distinção, colocando em destaque o valor da pessoa humana, da mesma forma que fraternalmente convida as pessoas ao aprimoramento do conhecimento de DEUS como o PAI amoroso que verdadeiramente ELE é e as criaturas como verdadeiros irmãos, filhos deste mesmo PAI repleto de bondade, ao qual temos acesso por meio de JESUS.

Em São João Evangelista, a “Graça” é a Vida que procede de DEUS: do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. JESUS disse: “EU sou o Caminho, a Verdade e a Vida”... (Jo 14,6) Então podemos compreender que a Vida é uma “Graça Especial” que emana de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

Em São Paulo, a “Graça” está ligada estreitamente com a “justificação” , ou seja, com o perdão dos pecados. A morte cruenta de JESUS na Cruz foi o arcano instrumento usado pelo PAI ETERNO, para “justificar” e redimir o pecador, oferecendo-lhe a salvação definitiva, abrindo-lhe as portas do Céu. (Rm 3, 24)

São Paulo também nos revela em suas epístolas, uma quantidade admirável de carismas que as pessoas recebem como Dom Divino, que na verdade são “Graças Especiais" necessárias à existência das pessoas e elas tem origem na comunhão de amor eterno que existe entre o PAI e o FILHO pela ação do ESPÍRITO SANTO. (1 Cor 12, 4-11)

Entretanto, é importante não entender a “Graça” de modo incorreto. Sim, porque ela não é uma manipulação que transporta o fiel para a esfera de DEUS, como se fosse uma mágica. Não é assim. Ela só acontece, atua e salva as pessoas que tem “Fé”. É um dom preciosíssimo cuja intensidade cresce tantas vezes, quanto maior for à grandeza da “Fé” de quem a recebe. São Paulo define este acontecimento assim:

“O justo vive pela fé”. (Rm 1,17) e (Gl 3,11)

Paz e Bem!

Fonte: http://www.angelfire.com/nv/novaes/saes.html

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

AS ARMAS CONTRA O MAL

AS ARMAS CONTRA O MAL

O que são as armas defensivas e ofensivas da alma?
São dons potentíssimos com os quais Deus nos dotou
para enfrentarmos o inimigo de nossa salvação...
A começar: precisamos ficar atentos
aos apelos instintivos dos nossos sentidos...
E depois ouvirmos...
E ouvirmos...
As moções do Espírito Santo em nós...
para calarmos as vozes dos nossos impulsos carnais...

Essa potencialidade que Deus nos deu...
é a chave do segredo de nossa liberdade...
Nenhum veneno diabólico penetra em nós
se não o permitimos...
Por vontade de Deus nada de mal nos acontece
quando nos conservamos em estado de graça...

O pecado é o nosso pior inimigo...
Porque é ele quem nos expõe ao perigo
de sermos tragados pelo mal...
Todo pecado, seja ele de que natureza for,
se constitui em ninho infernal
onde o mal deposita o joio da confusão...
Da discórdia e divisão...
Da violência e do medo...
Da impureza e perversão...
Das doenças psicossomáticas...
Que em muito nos enfraquece na luta contra ele...

Jesus nos ensina: “Em verdade, em verdade vos digo:
todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo”. (Jo 8,34).
Assim, só é possível vencermos o mal
se eliminarmos o meio que ele utiliza para nos atingir...
Ou seja, se eliminarmos o pecado...
E só é possível isso por meio de Jesus,
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...(Cf. Jo 1,29)
Desse nosso mundo interior e exterior...

O pecado é uma ofensa de origem espiritual
que nos afasta de Deus...
Ele gera a incredulidade e o desamor...
a indiferença, a impaciência e o torpor da alma...
Pois ele nos priva da graça do Senhor que nos protege...
nos expondo aos caprichos do inferno,
tornando-nos inimigos de Deus...

O meio mais fácil de se atingir e destruir a alma humana
é mantê-la escrava da mentira...
Porque a mentira é a porta voz
de todas as escravidões do humano...
Disse Jesus: “Vós [que mentis] tendes como pai o demônio
e quereis fazer os desejos de vosso pai.
Ele era homicida desde o princípio
e não permaneceu na verdade,
porque a verdade não está nele.
Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio,
porque é mentiroso e pai da mentira”. (Jo 8,44).

Por outro lado,
a verdade é a fonte perene e segura de nossa liberdade...
“E Jesus dizia aos [...] que nele creram:
Se permanecerdes na minha palavra,
sereis meus verdadeiros discípulos;
conhecereis a verdade e a verdade vos livrará”. (Jo 8,31-32).

Portanto, quem permanece na verdade
pode até sofrer perseguição, injustiça e calúnia...
mas nunca perde a batalha...
porque a injustiça e a calúnia quando se apresentam
já se apresentam derrotadas...
porque não passam do que são: injustiça e calúnia...

Vejamos, então, os dons do Senhor
que nos mantém no seu amor, na sua proteção...
Essas são as armas defensivas e ofensivas
na luta contra o mal...

Armas Defensivas:
Obediência aos mandamentos...
Vida de oração...
Vivência dos Sacramentos...
Prática das Virtudes do Espírito Santo:
amor, alegria, paz, paciência, afabilidade,
bondade, fidelidade, brandura, temperança. (Cf. Gal 5,22-23).
Penitência...
Perdão...

Armas Ofensivas:
Exorcismos...
Não consentir nas tentações...
Invocação do Nome de Jesus...
Invocação do Sangue de Jesus...
Intercessão da Virgem Maria:
oração do terço, Novena, Ofício de Nossa Senhora...
Intercessão dos Santos...
Uso dos sacramentais:
medalhas, escapulários, Terço dos Anjos,
água benta,consagração e bençãos...

Atenção...
Nunca confundir Sacramentais com superstições...
Os Sacramentais são sinais de fé
que nos conferem graças atuais...
que são estímulos especiais para evitarmos o pecado
e nos mantemos em conformidade com a vontade de Deus...

As superstições são crendices populares
onde se atribui poderes mágicos ou proteção
à objetos, palavras ou gestos...
Decorrendo daí os desvios de fé...
Ou seja, deixa-se de confiar em Deus
para pôr confiança em coisas, pessoas ou palavras...

Os Sacramentais foram instituídos pela Igreja
com a autoridade que o Senhor lhe conferiu na pessoa de Pedro:
“Eu te darei as chaves do Reino dos céus:
tudo o que ligares na terra será ligado nos céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Cf. Mt 16,17-19).
Eles ajudam a manter-nos em comunhão com o Espírito do Senhor...

Já as Superstições têm sua origem no espírito das trevas,
do qual brotam todos os embustes e enganos deste mundo...
“Ora, as obras da carne são estas:
fornicação, impureza, libertinagem,
idolatria, superstição, inimizades,
brigas, ciúmes, ódio, ambição,
discórdias, partidos, invejas, bebedeiras,
orgias e outras coisas semelhantes.
Dessas coisas vos previno, como já vos preveni:
os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” (Gal. 5,19-21).

Destarte, não tenhamos medo,
Digamos, pois, com o salmista:

Salmo 120

Para os montes levanto os olhos:
de onde me virá socorro?
O meu socorro virá do Senhor,
criador do céu e da terra.
Ele não permitirá que teus pés resvalem;
não dormirá aquele que te guarda.
Não, não há de dormir,
nem adormecer o guarda de Israel.

O Senhor é teu guarda,
o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.
De dia, o sol não te fará mal;
nem a lua durante a noite.
O Senhor te resguardará de todo o mal;
ele velará sobre tua alma.
O Senhor guardará os teus passos,
agora e para todo o sempre.

Paz e Bem!


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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A DOUTRINA DA GRAÇA

A DOUTRINA DA GRAÇA

O Catecismo define a Graça como sendo “uma participação na Vida de DEUS.Ela nos introduz na intimidade da Vida Trinitária, do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO”. É um dom gratuito e sobrenatural que o CRIADOR outorga as pessoas para a salvação das almas, pelos méritos de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

Alcançar uma Graça significa receber um favor do PAI ETERNO, um socorro que o SENHOR nos concede. Ela é-nos dada objetivando capacitar-nos a responder ao convite Divino e procurarmos viver em santidade, exercitando em plenitude o “dom” de ser Filhos de DEUS, que recebemos no Sacramento do Batismo. Podemos dizer ainda, que a “Graça” é um favor ou uma aceitabilidade de DEUS, de acordo com a citação extraída no Antigo Testamento:

“Mas Noé encontrou graça aos olhos do SENHOR”. (Gn 6, 8)

Também no Novo Testamento, onde a citação mostra que a “Graça” é uma dádiva espontânea de DEUS, pela qual uma pessoa se torna aceita por ELE ou é por ELE auxiliada a fazer algo que seja agradável ao próprio DEUS. São Paulo dizia:

“Pela Graça de DEUS sou o que sou”. (1 Cor 15, 10)

A Graça é na realidade uma preciosa vocação para a Vida Eterna e por isso mesmo, depende integralmente da iniciativa de DEUS, pois somente ELE pode SE revelar ou SE dar a SI Mesmo.

A NECESSIDADE DA GRAÇA

Todas as pessoas são dotadas de inteligência e vontade e com uma natural inclinação para a verdade e o bem, apesar da interferência do maligno. Todavia, a verdade e o bem podem pertencer a duas esferas distintas: a natural e a sobrenatural, de acordo se for uma manifestação própria à natureza humana ou se pertencer a Vontade de DEUS.

Apesar do pecado Original e de suas conseqüências, a criatura humana pode conhecer, só com sua razão natural, as verdades naturais e a existência de DEUS. Mas evidentemente, para ter uma reta convicção, fugindo do erro e da heresia, é necessário o auxílio da Revelação Divina através da “Graça”. Isto porque, a Revelação é a autoridade de DEUS que infunde a fé, e como sabemos, a fé é um dom sobrenatural procedente da “Graça Divina”. Significa dizer que a “Graça” é imprescindível na vida de cada pessoa e absolutamente necessária à salvação eterna.

As pessoas recebem de DEUS pela primeira vez a “Graça Santificante” através do Sacramento do Batismo. Por essa razão, a Igreja recomenda que as crianças sejam Batizadas o mais cedo possível, a fim de que recebam desde o início do nascimento, as graças necessárias a sua vida.

SIGNIFICADO DA GRAÇA

Podemos inicialmente definir que a “Graça” tem dois significados: “Graça Santificante” e a “Graça Atual”.

A “Graça Santificante” é uma qualidade permanente que DEUS dá a alma, e que permanecerá nela, desde que ela não a destrua pelo pecado mortal. Este dom transforma a alma e a eleva a um plano sobrenatural, de tal modo que, uma pessoa em “estado de graça” tem preciosas prerrogativas:

1 – É santo e agradável a DEUS. (Hb 12,28)

2 – É chamado filho de DEUS. (1 Jo 3,1)

3 – É templo do ESPÍRITO SANTO. (1 Cor 3, 16)

4 – E em conseqüência, tem o privilégio de entrar no Céu.

Assim sendo, podemos afirmar que a “Graça Santificante” é uma nova vidadada por DEUS à alma. Uma vez que esta nova vida é uma participação criada pelo próprio DEUS, pode-se dizer que a alma com a Graça Santificante participa da Natureza Divina. (2 Pdr 1,4)

Também podemos afirmar que a Graça é o dom do ESPÍRITO SANTO que nos justifica e santifica, que nos faz agradável a DEUS e nos convida ao serviço da Caridade, e por conseguinte, nos torna participantes da Vida Divina.

A “Graça Atual” é um dom transitório, ou seja, é como se fosse uma “luz” para a mente ou uma “força”, um “estimulo” para a vontade, a fim de que a pessoa faça o bem e evite o pecado. Não é um dom permanente como a Graça Santificante. É um “impulso Divino” que ajuda cada um a fazer ações acima de suas forças naturais.

Como exemplo externo de “Graça Atual” pode-se mencionar: uma boa mãe, um lar cristão, um bom conselho de um confessor, um bom livro, no sentido de que, sob a providência de DEUS, as mencionadas citações ocasionam a prática de boas ações.

Além dos dois significados abordados acima, há que se considerar: a “Graça Sacramental” , a “Graça Habitual” e os “Carismas” ou “Graças Especiais”.

A “Graça Sacramental” é aquela recebida através de um Sacramento. É a Graça própria de um Sacramento e que só por ele pode ser conferida. Assim, cada um dos Sete Sacramentos, tem a sua Graça Especial. Para que o fiel receba os benefícios de uma Graça Santificante em plenitude, é necessário que ele esteja em “Estado de Graça”. Assim, ele deve recorrer ao Sacramento da Penitência, arrependendo-se de suas transgressões, para ser purificado pelos dons do ESPÍRITO SANTO.

“Graça Batismal” – É o conjunto de Graças recebidas pela alma do fiel no Batismo: a Graça Santificante, os dons do ESPÍRITO SANTO e as Virtudes Infusas (Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade); a Remissão de todos os pecados mortais e a santificação do batizando acompanham a Graça Santificante. Também redime todos os pecados veniais e a pena temporal devida aos pecados atuais; e ainda, o batizando recebe uma apreciável quantidade de Graças Atuais necessárias a poder cumprir os compromissos que assume ao receber o Sacramento, além de ser investido do caráter sacramental de “filho de DEUS”.

Na “Confirmação ou Crisma” – o ESPÍRITO SANTO infunde a Graça Santificante que ajuda a aumentar a fé e dá mais força, maior disposição e vontade ao fiel, ajudando a defendê-lo das insídias do maligno ao longo de sua existência.

Na “Eucaristia” – o ESPÍRITO SANTO nutre a alma do fiel com o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do próprio DEUS Sacramentado, unindo-a ao SENHOR e infundindo nela a “Graça Maior” da presença Divina, propiciando uma indizível alegria interior e fazendo aumentar a fé, do mesmo modo que concedendo-lhe mais sabedoria, inteligência e disposição para o fiel continuar cumprindo dignamente a sua missão existencial.

Na “Confissão ou Penitência” – o ESPÍRITO SANTO derrama a Graça Santificante do perdão através do sacerdote, revigorando a energia e a fé, para que o fiel tenha mais perseverança e coragem de não transgredir a Lei de DEUS.

Na “Unção dos Enfermos” – o ESPÍRITO SANTO infunde a Graça Santificante, através da “Benção” e do “Santo Viático” (Sagrada Comunhão ministrada aos doentes e idosos); caso o enfermo não esteja em estado grave ou terminal, esse Sacramento liberta e cura; caso esteja, ele ajuda a superar as tentações da hora derradeira além de preparar a alma para sua entrada no Céu.

No “Sacramento da Ordem” – o ESPÍRITO SANTO derrama a Graça Santificante que confere a Ordenação Presbiteral, ajudando ao recém Ordenado-Sacerdote exercer convenientemente o culto Divino e a administrar os Sacramentos.

“Sacramento do Casamento ou Matrimônio” – o ESPÍRITO SANTO infunde a Graça Santificante nos esposos, ajudando-os a permanecerem fieis e a cumprirem com retidão os deveres do estado conjugal e a criarem cristãmente os seus filhos.

“Graça Habitual” – É outro nome dado a Graça Santificante, porque é uma Graça que permanece e habita na alma. Significa dizer que ela induz as ações se tornarem um hábito e não uma atividade isolada, ou apenas um impulso Divino para uma determinada ação. Por isso dizemos, quem tem a “Graça Habitual” está em “estado de Graça”. Exemplos: rezar o Terço ou o Rosário todos os dias; ir a Santa Missa todos os domingos; ler trechos da Bíblia Sagrada diariamente; etc.

Deve-se distinguir a “Graça Habitual”, que é uma disposição permanente para viver e agir conforme o chamado de DEUS, das “Graças Atuais”, que designam as intervenções Divinas, quer na origem da conversão, quer no decorrer da obra de santificação de cada pessoa.

“Carismas” ou “Graças Especiais” - São graças do ESPÍRITO SANTO que, direta ou indiretamente, têm uma utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. (Catecismo da Igreja)

Existe uma grande quantidade de Carismas, os quais ajudam de maneira efetiva e preponderante a vida dos fieis e das Comunidades Eclesiais. Na primeira Carta aos Coríntios São Paulo apresenta um exemplo bem elucidativo e completo:

“Há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o SENHOR é o mesmo; diversos modos de ação, mas é o mesmo DEUS que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o ESPÍRITO para a utilidade de todos. A um o ESPÍRITO dá a mensagem da sabedoria; a outro a palavra da ciência segundo o mesmo ESPÍRITO; a outro, o mesmo ESPÍRITO dá a fé; a outro ainda o único e mesmo ESPÍRITO concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de interpretá-las. Mas, isso tudo, é o único e mesmo ESPÍRITO que o realiza, distribuindo a cada um os seus dons, conforme LHE apraz”. (1Cor 12, 4-11).

Paz e Bem!

Fonte: http://www.angelfire.com/nv/novaes/dougra.html

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ORAÇÃO DO SILÊNCIO

ORAÇÃO DO SILÊNCIO

Senhor cala em mim
todas as vozes do mundo...
Porque tudo me fala...
Mesmo aquilo que não vejo
e até desconheço...

Cala em mim, Senhor,
as vozes do orgulho e da soberba,
pecados horrendos que deformam as almas...
Cala em mim as vozes da imaginação fútil
e dos pensamentos vãos...

Cala, Senhor,
as vozes da ilusão e da solidão...
As vozes da impureza e das incertezas
e as outras vozes que não fazem sentido...
Porque só servem às acusações e castigo
para a culpabilidade que é tanta...

Por isso, peço-te, ó Senhor,
do mais profundo silêncio de minha alma...
Fale-me a voz do teu perdão...
que me traz absolvição
e a graça que me refaz...

Fale-me a voz de tua paz...
que pacifica todo o meu ser,
fazendo-me viver
sem confusão alguma...

Por fim, fale em mim, Senhor,
A voz do teu Silêncio Sagrado...
Que é ternura de um Deus apaixonado
Que nos livrou da morte e do pecado
Sacrificando-se pela nossa salvação...

Ah! Senhor!
Abre os ouvidos de nossas almas
como abristes o entendimento
dos discípulos de Emaús...
E faz com que vivamos em tal sintonia
com a harmonia do teu Silêncio...
que tenhamos o mesmo entendimento
da Vontade do Pai para a nossa vida,
como tiveste ao carregar
e morrer naquela cruz...

Senhor,
que aprendamos com o Silêncio de Maria,
a tua e nossa Santa Mãe, a silenciar também...
Ela, que Te guardava em seu coração...
Soube acolher com devoção
a vontade silenciosa do Pai...
que por Ti nos dá a Verdadeira Paz...
Definitivamente...

Paz e Bem!

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

NA LUTA CONTRA O MAL

NA LUTA CONTRA O MAL

Eis o que digo para afastar do perigo
As almas que se distanciam do estado de graça...
Voltem...
Voltem...
Ainda há tempo...
Porque é no tempo que temos agora...
que o Senhor nos dá a vitória sobre o mal...

O mal se esconde em cada esquina da vida...
Se não vigiarmos...
e se não tivermos cuidado...
Seremos suas presas fáceis...
Sem defesa alguma...
Porém, nossa maior defesa
é a permanência na inocência
e no amor do Senhor...

Às vezes não sabemos como...
Mas, o mal que se esconde...
Tenta passar sua maldade, seu veneno
sem que o percebamos....
Por isso, muita atenção...
O mal sempre será mal...
e terá o fim que escolheu...
Mas nós, os filhos de Deus,
precisamos ficar atentos
para não cairmos em seus enganos...

Então, como e onde o mal se esconde?
Nos desejos nefastos...
Nos desacatos e ilusões...
Na insensatez dos juízos de valores...
Nos rancores e mágoas...
Nos falsos amores...
Na infidelidade...
Na incredulidade...
No ocultismo...
No esoterismo...
Nas seitas e sociedades secretas...

E onde mais percebemos essa presença tenebrosa?
Nos sentimentos mórbidos...
Nas ganâncias e apegos...
Nas lascívias dos prazeres carnais...
Nas seduções e insatisfações...
Nas lamentações e blasfêmias...
Nos pensamentos vãos...
Na falta de oração e piedade...
Nas mentiras e maldades...
E em toda espécie de depravação...

E como vencer tudo isso?
Pelo arrependimento e volta para o Senhor Jesus...
Que pelo exemplo de sua cruz nos ensinou:
A amar a Deus sobre todas as coisas...
A confiar na Providência Divina que não falha...
A viver neste mundo sem ser deste mundo...
A querer e fazer somente aquilo que Deus quer...
Porque esta é a verdadeira liberdade...

Por último, escutemos São Paulo:
“Além disso irmãos,
tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é nobre,
tudo o que é justo,
tudo o que é puro,
tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama,
tudo o que é virtuoso e louvável,
eis o que deve ocupar vossos pensamentos.
O que aprendestes, recebestes,
ouvistes e observastes em mim, isto praticai,
e o Deus da paz estará convosco. (Fil 4,8-9).

Paz e Bem!

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