VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

QUAL É A MISSÃO DA IGREJA NO MUNDO?














QUAL É A MISSÃO DA IGREJA NO MUNDO?

A missão da Igreja no mundo é ser e permanecer em Cristo e viver como Cristo viveu em tudo a Vontade do Pai (Cf. Jo 20,21-23). A Igreja é o Corpo Místico do Senhor do qual Ele é a Cabeça e nós somos os seus membros (Cf. Ef 1,22-23; 5,29-30; Col 1,24); então, nada mais justo do que os membros serem um em comunhão com a Cabeça, aliás, pela graça do Espírito Santo, este é um imperativo que se nos impõe tendo em vista a própria condição de membros, para assim permanecermos no Corpo do Senhor que é Sua Igreja.

Não podemos pensar a Igreja sem sua Cabeça que é Cristo, mesmo sabendo que homens frágeis estão à sua frente, e que estes homens podem falhar, mas Cristo não falha nunca, porque é Ele quem age sempre por meio do seu Espírito, dando suporte a esses membros em suas falhas, corrigindo o que precisa ser corrigido para que o seu Corpo permanece unido e assim leve a cabo o plano traçado por Deus Pai para a salvação de toda a humanidade.

Sem dúvidas todos nós temos uma identidade existencial, pessoal, isto é, temos a vida natural, um nome, um credo ou não; e é com a identidade que somos que desenvolvemos as capacidades naturais que recebemos do nosso Criador. Na verdade, muito mais que uma identidade, somos de fato, “imagem e semelhança” D’aquele que nos fez. Com efeito, escreve São João: “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro”. (1Jo 3,1-3).

Ora, tudo o que Deus criou é bom e tudo criou para o bem e somente para o bem; no entanto, os homens por distorcerem os dons de Deus, andam na contramão da plenitude destes mesmos dons e com isso deixam o mal se inserir na obra do Senhor, manchando assim o que não pode ser manchado, ou seja, a sua “imagem e semelhança” que somos; nem por isso, Deus deixou de levar à bom termo sua obra, enviando o Seu Filho, Jesus Cristo, para corrigir e cumprir a missão que, nós os homens recebemos de Deus, mas falhamos no seu cumprimento, ou seja, elevar a obra da criação de todas as coisas à plenitude de Sua Divindade.

Vejamos o que nos revela as Sagradas Escrituras a esse respeito: “Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus”. (Gal 4,4-7). E ainda: “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus...” (Heb 1,1-3).

“Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência. Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra. Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade, para servirmos à celebração de sua glória...”. (Ef 1,7-12a).

Logo, a Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade" (1Tm 3,15), guarda fielmente a fé uma vez por todas confiada aos santos (Cf. Jd 1,3). É ela que conserva a memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja Católica). Assim, a Igreja é, de fato, o Sacramento da salvação de todos os homens.

Portanto, nós que professamos a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, carregamos a identidade cristã em nossas almas, pelo batismo que recebemos, como sinal sagrado de nossa união com Cristo, que é o Senhor e Redentor de nossa vida. Por isso, ser Igreja é ser membros de Cristo conduzidos pelo Espírito Santo e alimentados por Seu Corpo e Sangue, na sagrada comunhão eucarística, até atingirmos a Plenitude do Reino de Deus, onde no seio da Santíssima Trindade seremos Um por toda a eternidade.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SEM MIM NADA PODEIS










SEM MIM NADA PODEIS

Em se tratando de poder,
todos nós o temos em pequena ou larga escala...
Poder de ser e existir no mundo...
Poder de decisão, pois, nada fazemos sem antes decidirmos...
Poder de pensar livremente e de expressar o que somos...
Poder de ir e vir, desde que não o percamos...
Mas, tudo isso em termos pessoais...

Porém, a partir desse poder pessoal,
temos os poderes constituídos...
Por exemplo: poderes político e jurídico,
baseados nas leis positivas, isto é, criadas pelo homem...
Poder monetário, midiático...
Poder de compra e venda...
baseado nas leis de mercado...
E todos os demais poderes que regem nossa sociedade...

Todavia, existem poderes com os quais os homens lidam...
mas nem sempre podem dominá-los...
O poder da natureza com suas surpresas...
muitas vezes desagradáveis por meio das catástrofes...
O poder do universo ainda muito além do ser humano...
O poder dos elementos físico-químicos com suas variantes...
E os inquietantes poderes ocultos invisíveis...
somente perceptíveis pelo discernimento espiritual...
Isto é, pelas almas em estada de graça...

Enfim, o Poder de Deus que sustenta todos os poderes...
Mas de todos exige o bem e somente o bem...
Porque foi para o bem que os criou em seu amor...
E ai de quem não cumpre seu desígnio bom e eterno...
Porque vai ater-se no inferno da negação do bem que deixou de cultivar...

Daí não tem como voltar...
visto que o arrependimento é agora...
Porque agora é a hora da graça do perdão
que nos livra da danação que está prestes a chegar...
Por isso, vem Senhor, vem nos salvar...
Porque sem Ti nada somos, nada podemos...
Porque somente em Ti...
é que haveremos de ser eternamente...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O MISTÉRIO DA MORTE










O MISTÉRIO DA MORTE

Dentre todos os mistérios que nos cercam, a vida e a morte, naturalmente, são os mais experimentados por nós a cada instante e são também os que nos dão o real sentido de todos os outros mistérios. Mesmo assim, tudo continua Mistério insondável, incompreensível, inviolável, pois, o nosso saber em nada muda os mistérios do Senhor, porque a Sua Sabedoria é Única e para sempre e ninguém fora do Espírito Santo, pode sondá-la. No entanto, quando a Ele nos aliamos, nos unimos à Fonte Inesgotável do seu Amor, e é isso que nos faz permanecer para além da finitude que vivemos.

O ser humano, em sua naturalidade, só pode conhecer a Deus por meio de suas obras; é o que nos ensina São Paulo: “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar”. (Rom 1,20). E ainda: “Porquanto o que se pode conhecer de Deus os homens o leem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência”. (Rom 1,19).

Ora, tudo o que Deus criou é bom, por isso, criou para a eternidade; não viver essa verdade é distorcer os dons de Deus, é torná-los impotentes, é como que andar na contramão desses mesmos dons e chegar a lugar nenhum por nós mesmos, ou seja, é retroceder; mas não tem como, porque o dinamismo do Senhor não nos deixa parados até que todos tenham o encontro definitivo com Ele no dia eterno e esse encontro, indubitavelmente, passa pelo mistério da morte.

Então, como desvendar esse mistério? Ou como entendê-lo? Todo mistério só pode ser especialmente compreendido e vivido por meio da fé; não a fé natural, pois esta existe em vista da fé sobrenatural, dom do Espírito Santo de Deus, recebida no batismo, como nos ensinou Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito”. (Jo 3,5-6). Ou seja, trata-se do nascimento na ordem da graça, isto é, para a vida eterna. Assim e somente assim, pela ação do Espírito Santo, conhecemos esse mistério, acreditamos em Jesus e experimentamos a sua ressurreição.

Então, o que é a morte para nós cristãos? Escutemos o Senhor Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. E vós conheceis o caminho para ir aonde vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Jo 14,1-6). Ou seja, o Batismo nos une a Cristo e uma vez unidos ao Senhor e fiéis ao seu chamado, temos a certeza de que por sua ressurreição nos ressuscitará também e nos conduzirá ao Reino dos Céus, morada definitiva dos redimidos. Portanto, para nós cristãos, a morte foi vencida por Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo, e tornou-se Páscoa, isto é, passagem, encontro definitivo com o Senhor e Salvador de nossa vida.

Por fim, uma palavra de exortação de São Paulo para nós que estamos aqui vivendo este mistério:Meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. (Fil 1,20-21).

...
Mas, atenção: “Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma.          Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal. Mas, (a morte), os ímpios a chamam com o gesto e a voz. Crendo-a amiga, consomem-se de desejos, e fazem aliança com ela; de fato, eles merecem ser sua presa”. (Sb 1,12-16).
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Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ASSUNÇÃO: ESPERANÇA DOS QUE CAMINHAM NA TERRA


















ASSUNÇÃO: ESPERANÇA DOS QUE CAMINHAM NA TERRA

Lemos na Carta aos Hebreus que: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Heb 11,1). De fato, a fé católica na assunção de Nossa Senhora é uma revelação, é uma graça especial de Deus à humanidade, visto que, por ela experimentamos em nós a realização de todas as promessas do Senhor, desde Antigo Testamento, à começar pelos cinco primeiros livros, passando pelos juízes, e reis; os livros sapienciais e os profetas até chegarmos à vinda de Jesus e a formação do Novo Testamento.

Ora, lendo atentamente estes livros, vemos que o maior de todos os desejos dos santos patriarcas era a vinda do Messias a este mundo para que se cumprisse a promessa feita por Deus a Abraão (Cf. Gen 12,1-3), o pai da fé de todos nós. Com a chegada do Messias, isto é, do Ungido do Pai, a Sagrada Revelação se cumpre integralmente, porque ao ser rejeitado pelos chefes de seu povo e sofrido a Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, como profetizado pelo Profeta Isaías (Cf. Is 7,14), nos deu participar de sua glória, ou seja, de sua natureza divina e fazermos parte do Novo Povo de Deus, nós que antes nada éramos além de simples criaturas de Deus ou simples mortais. E quem experimentou primeiramente todo este esplendor? Sem dúvida alguma Maria Santíssima a Virgem Mãe do Eterno Senhor e Salvador de nossas almas.

De fato, os benefícios da Encarnação do Verbo, no seio da Virgem Maria pela ação do Espírito Santo, atinge toda a humanidade, pois, como explica o Catecismo da Igreja Católica "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (CIC 966). A glorificação celeste do corpo de Maria é o elemento essencial do dogma da Assunção. Ele ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida neste mundo, foi elevada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos bem-aventurados e com todas as qualidades e dotes próprios dos corpos gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação de Maria, na sua alma e no seu corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe tenham sido concedidas sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição. O fato é que o sinal da gloriosa assunção da Mãe de Jesus mostra claramente qual é o propósito divino para nós que ainda caminhamos nesta terra.

Então, qual é mesmo a esperança que carregamos, tendo como exemplo a assunção de Nossa Senhora ao Céu? É claro, semelhante glorificação, conforme nos ensina Jesus no Evangelho de São João: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais”. (Jo 14,1-3).

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados”.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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