VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A SEMENTE É A PALAVRA DE DEUS, O TERRENO SOMOS NÓS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,1-20)(29/01/25)

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1. Caríssimos, na liturgia de hoje o Senhor Jesus nos ensina que a Sua Palavra é a semente divina que Ele semea nos corações dos habitantes deste mundo; porém, muitos a recebem na beira da estrada, isto é, sem dar a devida atenção, mas logo vem o maligno e a rouba de seus corações. 
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2. Outros a recebem em terreno pedregoso, ou seja, com superfialiade, por isso, ao sofrer provações desistem de seguir a Palavra que ouviram, isto é, a verdade salvífica; e por falta de perseverança, facilmente desistem dela preferido o comodismo que os aniquila.
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3. Existe ainda aqueles que a sufocam com os espinhos das preocupações e outros pecados que lhes causam muitos danos. Por outro lado, existem os corações fecundos que recebem a Palavra semeada, e dão frutos abundantes; são aqueles que a ouvem e logo a põe em prática; experimentando as graças derramadas.
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4. Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Sabemos que a Palavra do Senhor é uma ajuda indispensável para não nos perdermos, como oportunamente reconhece o Salmista que, dirigindo-se ao Senhor, confessa: "A vossa palavra é uma lâmpada que ilumina os meus passos, uma luz no meu caminho." (Sl 118,105). 
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5. Como poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e provações, sem ser regularmente alimentados e iluminados pela Palavra de Deus que ressoa na liturgia?
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6. Sem dúvida, não é suficiente escutar com os ouvidos, sem acolher no coração a semente da Palavra divina, permitindo que ela produza frutos. Lembremo-nos da parábola do semeador e dos vários resultados alcançados, em conformidade com os diversos tipos de terreno (cf. Mc 4, 14-20).
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7. A ação do Espírito, que torna eficaz a resposta, tem necessidade de corações que se deixem modelar e cultivar, de modo que quanto é ouvido na Missa passe para a vida de todos os dias, segundo a admoestação do Apóstolo Tiago: «Sede cumpridores da Palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós mesmos» (Tg 1, 22).
8. A Palavra de Deus percorre um caminho dentro de nós. Escutamo-la com os ouvidos e ela passa para o coração; não permanece nos ouvidos, mas deve chegar ao coração; e do coração às mãos, e às boas obras." (Papa Francisco, audiência geral, 31/01/18).
Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Cuidado com as falsas informações...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,31-35)(28/01/25)


1. Caríssimos, muitas vezes caímos na tentação dos falsos elogios ou informações fora de contexto pelo simples fato de querer sobresaírmos aos demais ou mesmos sermos bem-vistos por eles, quando na verdade não percebemos o quanto estamos sendo invasivos ou no mínimo "pagando mico". 
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2. No entanto, em se tratando da fé, o Senhor Jesus nos faz ver que para além do que dizemos, existe algo mais profundo e que ainda não compreendemos; é o que ocorre no Evangelho de hoje em que alguém da multidão traz uma informação fora de contexto, mas Jesus logo o corrige mostrando qual é o verdadeiro sentido da sua presença neste mundo, ou seja, levar todos os homens ao encontro com Deus Pai. 
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3. Comentando esse Evangelho disse o Beato Colúmbia Marmion (séc. XIX): "Quanto mais nos aproximarmos de Deus pela fé, a confiança e o amor, mais nos aproximaremos da nossa perfeição. Digamos muitas vezes, como o salmista: «A vossa face eu procuro, ó meu Deus. 
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4. Com efeito, que há para mim no céu e na Terra, que quero eu além de Vós? Vós sois o Deus do meu coração e a herança que escolhi para toda a eternidade» (Sl 26,8; 72,25-26). Se assim fizermos, encontraremos a Deus e, com Ele, todos os bens.
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5. "Procura-Me", recomenda Ele próprio à alma, "procura-Me com a simplicidade de coração que nasce da sinceridade; porque Eu deixo-Me encontrar por aqueles que não Me tentam e manifesto-Me àqueles que confiam em Mim» (Sab 1,1-2). Quando encontrarmos a Deus, também possuiremos a alegria. 
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6. Fomos feitos para a felicidade, para sermos felizes; o nosso coração tem uma capacidade de infinito, mas só Deus pode saciar-nos por completo. "Criaste-nos, Senhor, para Vós, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Vós" (Santo Agostinho). É por isso que, quando procuramos alguma coisa fora de Deus ou da sua vontade, não somos completamente felizes."
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7. Sem dúvida, vivemos num mundo de muitas informações, todavia, a maior parte delas são equivocadas ou mesmo cercadas de interesses mesquinhos, por isso, desliguemos os celulares e abramos os ouvidos da nossa alma para ouvirmos a Palavra de Deus e pô-la em prática, porque sem isso corremos o risco de nos perdemos no labirinto infindo das falsas informações.
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8. Destarte, se entrarmos na Internet que seja somente para evangelizar, ser evagelizados e rezar, isso nos basta para vivermos em estado de graça, isto é, na presença de Deus dando todo nosso tempo a Ele para realizarmos a sua Santa Vontade.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

O ÚNICO PECADO QUE NÃO É PERDOADO

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,22-30)(27/01/25)

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1. Caríssimos irmãos e irmãs, nenhuma criatura existe em si e por si mesma, muito menos fora do Senhor que nos criou por amor. E porque Deus é Eterno, tudo criou para a eternidade, assim como o tempo e tudo o que nele se encontra; é esse o grande mistério que nos desafia à todo instante.

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2. O fato é que, frequentemente o ser humano sofre a tentação de querer limitar o que não tem limite, principalmente em se tratando da fé; e quando não consegue o que quer, geralmente condena os que não são de acordo com o que pensa.

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3. A liturgia de hoje trata do pecado contra o Espírito Santo, para o qual não existe perdão nem neste mundo nem no vindouro. De fato, quem comete este pecado, tem plena consciência do mal praticado contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo, e por isso, se fecha em si mesmo e nunca se arrepende. 

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4. Então, o que é esse pecado e como se comete ele? Trata-se da blasfêmia contra o Espírito Santo. É uma espécie de rejeição à terceira Pessoa da Santíssima Trindade; e isso acontece quando a alma perde toda noção do Sagrado por se encontrar imersa nas insídias do maligno passando a viver como ele. 

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5. Em outras palavras, a alma desligada de Deus, perde todas as suas graças, entre elas o santo temor, a contrição do coração e a esperança da salvação eterna. Desse modo, começa atribuir a Deus o que em Deus não existe, ou seja, o mal. 

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6. Decerto, este pecado além de ser a maior ofensa contra Deus, é também uma terrível tragédia para as almas que o comete, pois nelas não existe o mínimo arrependimento, ou seja, só existe a impetência eterna; de fato, o mal tem os dias contados e será destruído para sempre, "porque o futuro pertence somente a Deus." (Papa Francisco). 

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7. Portanto, caríssimos, que nenhuma criatura se arvore em querer julgar o Senhor, pois Ele nos ama, e por isso nos dar a vida, nosso bem mais precioso; desse modo, aí daqueles que o rejeitam e o acusam como se fosse culpado pelos males advindos dos nossos pecados. Por outro lado, felizes os que se arrependem de coração, porque alcançarão misericórdia e o perdão que tanto precisam para serem salvos.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Homilia do 3° Dom do Tempo Comum...


 Homilia do 3°Dom do tempo comum (Lc 1,1-4;4,14-21)(26/01/25)

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1. Caríssimos, as obras de Deus são os meios pelos quais Ele se revela e nos comunica a Sua Presença Divina; desse modo, Ele nos dá conhecer que tudo sustenta com o Seu Poder, e aquilo que não revela sua bondade e misericórdia, tende à um fim trágico, porque se desliga do Seu Infinito Amor.
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2. Com efeito, o nosso modo de ser é como que o espelho de nossa alma que reflete a fonte da qual bebemos o conteúdo que vivemos. Quem bebe da Fonte da água viva que jorra para a vida eterna, reflete sempre a vontade de Deus por palavras e por obras; ao contrário, quem não bebe da Fonte do Senhor, reflete somente o resultado do pecado que cultiva com sua prática de vida.
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3. No Evangelho de hoje, vimos qual é a missão do Senhor Jesus pela qual reflete a vontade do Pai: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor. 
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4. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Ou seja, a presença do Senhor Jesus entre nós assumindo a nossa natureza para glorifica-la com a imortalidade, inicia o Reino de Deus neste mundo. 
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5. Portanto, caríssimos, nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo, é a Única Fonte de libertação que o Pai deu à toda humanidade. Bem como Ele nos ensinou: "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). (Jo 7,37b-38). 
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6. De fato, por Ele vencemos o pecado e o mal que está no mundo tentando impedir a nossa salvação. Todavia, cabe à nós vivermos tudo o que o Senhor nos ensina, pois Ele está vivo no meio de nós; recebe-lo na Santa Eucaristia em estado de graça, é receber o céu em nossas almas; e viver a vida eterna desde já.
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7. Destarte, o Senhor Jesus caminha conosco no hoje eterno do Pai nos conduzindo por seus ungidos tendo a frente o Santo Padre, os bispos, sacerdotes e diáconos em comunhão com ele, formando o seu Corpo Místico, a Igreja, que é Sacramento Universal da salvação e a parte visível do Reino de Deus neste mundo. 
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 25 de janeiro de 2025

Festa da conversão de São Paulo...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 16,15-18)(25/01/25)

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1. Caríssimos irmãos e irmãs, hoje a Igreja celebra a Festa da Conversão de são Paulo, que aconteceu à caminho de Damasco, quando ele perseguia os cristãos para prende-los e puni-los à mando dos mesmos perseguidores e executores do Senhor Jesus. 
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2. Bem como ele mesmo relatou na primeira leitura: "Persegui até à morte os que seguiam este Caminho, prendendo homens e mulheres e jogando-os na prisão." Ou seja, de perseguidor tornou-se ardente seguidor morrendo martirizando por seu amor. 
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3. De fato, desde a vinda do Senhor Jesus, que foi enviado a nós por Deus Pai para nos salvar, que as perseguições se multiplicam, e os inimigos da fé, a começar pelos os anjos decaídos, lutam com todas as forças para levarem consigo o maior número possível de almas para o inferno. E as armas que eles usam são as tentações, as perseguições e todo tipo de maldade que vemos proliferar na face da terra.
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4. Por outro lado, com a conversão de são Paulo, entendemos que o Senhor Jesus conhece a intenção e o zelo daqueles que caem nas tentações do maligno, e os livra delas assim que eles se abrem à conversão e a vivência da verdadeira fé. 
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5. Ora, isso nos mostra que Jesus Ressuscitado caminha conosco nos conduzindo ao Reino dos Céus, assim como o povo eleito foi conduzido à terra prometida. De fato, Deus age por sua graça no invisível de nossas almas por meio do Espírito Santo que recebemos no batismo, até que cheguemos à terra prometida do Reino dos Céus.
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6. São Paulo ao perceber a grandeza da revelação que recebera deixou tudo para seguir o Senhor e anunciancia-lo como única via de salvação para toda a humanidade. Sem dúvida, todos os que seguiram fielmente a sua evangelização, encontraram o Senhor Jesus e também se dedicaram a Ele e ao anúncio do Seu Reino de Justiça, de amor e de paz.
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7. Portanto, caríssimos, vivamos como são Paulo a maravilha de ter encontrado o Senhor Jesus, e assim sigamos as suas pegadas por uma vida de oração, de escuta e da prática da Sua Palavra, para que pelo nosso testemunho muitos se convertam e o conheçam como aconteceu com são Paulo e com todos os santos e santas que o seguiram.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

A VERDADE EXPULSA O MAL DE NOSSAS ALMAS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,7-12)(23/01/25)

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1. Caríssimos, examinando o testemunho dos santos e santas percebemos uma luta constante contra as forças maléficas que tentam persuadi-los a deixar o seguimento de Cristo, para abandonar-se à tentação de viver uma vida sem o Senhorio de Jesus ou então de vive-la dissimuladamente. 
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2. No entanto, jamais cederam à tais tentações, pelo contrário, perseveraram até o fim na luta contra o pecado dando a própria vida por amor a Cristo; bem como Ele disse: "Quem quiser salvar a sua vida, perde-la-á; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, salva-la-á." (Mc 8,35).
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3. De fato, se examinarmos a nossa vida veremos que existe esta mesma luta dentro de nós que recebemos o batismo e nos dispomos a seguir nosso Senhor Jesus Cristo, carregando com Ele a nossa cruz de cada dia, que consiste em lutar contra as forças do mal que tenta a todo momento persuadir-nos a deixar o seguimento de Cristo.
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4. No Evangelho de hoje uma enorme multidão aproximou-se do Senhor Jesus para receber os seus ensinamentos e ser curados por Ele dos males que lhes atormentava. Entre eles havia alguns endemoniados que "Vendo Jesus, caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” 
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5. Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era." Com isso o Senhor nos ensina a nunca escutar o demônio, mesmo quando tenta falar sobre Ele. De fato, a voz do maligno é inconfundível, porque é sempre contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. 
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6. Comentando este Evangelho disse o Papa Francisco: "Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Com efeito, acontece que «quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro alguém que atrai de forma contrária e faz guerra dentro de ti!. 
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7. Não é por acaso que São Paulo fala da vida cristã como de uma luta: uma luta de todos os dias. Para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal. E é precisamente por esta razão que Jesus veio, para destruir satanás! Para destruir a sua influência sobre os nossos corações. 
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8. Por conseguinte, cada cristão deve fazer este exame de consciência e perguntar-se: Sinto esta luta no meu coração? Este conflito entre o conforto ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra? 
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9. Sinto o desejo de fazer o bem ou há algo que me detém, que me torna rígido? E ainda: Penso que a minha vida comove o coração de Jesus? Se não acredito nisto, devo rezar muito para poder crer, para que me seja concedida esta graça." (Papa Francisco, meditação matutina, 19/01/17).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

A Lei existe para encontrarmos Cristo e segui-lo fielmente


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,23-28)(21/01/25)

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1. Caríssimos, a grande dificuldade que existe entre nós na vivência da fé consiste na má interpretação das leis e mandamentos que regem a sua prática, pois, o sentido da Lei é viver a caridade como a fonte de libertação e comunhão com Deus e com o próximo como a si mesmo, porque, o amor ao próximo nasce do amor a Deus sobre todas as coisas.
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2. No Evangelho de hoje, os fariseus querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntaram: “Por que os teus discípulos fazem o que não lhes é permitido no sábado?”. Ao que o Senhor respondeu: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é Senhor também do sábado”.
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3. De fato, querer "reduzir a fé a uma observância externa de normas, leis e preceitos é trair a experiência da fé. A norma foi criada para nos libertar, então, não façamos dela um ídolo, mas a vivamos devidamente como é preciso. 
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4. Só depois de experimentar a fé, encontrando Jesus que nos liberta do peso da norma, é que podemos fazer com que essa norma se torne vida diária; mas, só depois de ter conhecido a grandeza de sua misericórdia." (Pe. Armando Bazzicalupo).
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5. Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Quando os doutores da lei se queixaram com indignação hipócrita, Jesus recordou-lhes que Deus quer amor, não sacrifícios, e explicou que o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 
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6. Desse modo, "Enfrentou o pensamento hipócrita e presunçoso dos fariseus com a inteligência humilde do coração, que dá sempre a prioridade ao homem e não aceita que determinadas lógicas impeçam a sua liberdade de viver, amar e servir ao próximo." (Papa Francisco, trecho do seu discurso, em 5/11/16).
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7. Portanto, caríssimos, Deus nos deu um dia de repouso para encontra-lo e dedicarmos a Ele tudo o que somos e vivemos; porém, quando não fazemos isso, perdemos o real sentido da Lei que consiste em viver a fé que nos leva ao encontro de Cristo, o Filho de Deus vivo, para permanecermos Nele, realizando em tudo a Sua Santa Vontade.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 19 de janeiro de 2025

Homilia do 2°Dom Tempo Comum...

 Homilia do 2° Dom do tempo comum (Jo 2,1-11)(19/01/25)

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1. Caríssimos, a fé transpõe a natureza, assim como a vida divina sobrepõe a vida natural nos levando à felicidade eterna. Ora, tudo o que somos, vemos e temos são obras das mãos de Deus, porque tudo é expressão de sua bondade, beleza e perfeição; não crer nessa verdade é viver sem nenhuma esperança do encontro com Ele na vida eterna.

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2. É certo que o pecado humano tem causado muitas tragédias na face da terra, levando à perdição muitas almas que se deixam enganar pelas tentações do maligno. Todavia, o Senhor nunca nos deixou sozinhos, pelo contrário, por Seu Filho, Jesus Cristo, veio em nosso auxílio para levar à bom termo a obra que aqui começou e que tem seu fim na sua glória eterna.

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3. A liturgia de hoje é a revelação de como o Senhor nos ama e demonstra isso pelas mais diversas graças sobre nós derramadas, à exemplo do primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná da Galileia por intercessão de Sua Mãe, Maria Santíssima. Essa sua ação significa a renovação de todas as coisas, que só é possível mediante a Teofania Divina (ação direta de Deus).

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4. Com efeito, todas as palavras e gestos de Jesus têm um profundo significado teológico, espiritual e salvífico; desse modo, a festa das bodas representa a aliança de amor entre Deus e o seu povo; a água transformada em vinho, representa os Sacramentos da Igreja, sinais visíveis da nossa salvação, pois ao morrer na cruz o Senhor verteu sangue e água do seu Divino Coração ferido pelos nossos pecados. 

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5. Portanto, caríssimos, o Senhor Jesus não faz milagre por fazer ou por marketing, mas, porque é uma expressão do poder de Deus que nos liberta de todo o mal que existe neste mundo que causa tanta tristeza e desolação.

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6. Destarte, quais outros significados deste primeiro milagre de Jesus? Reforçar a fé dos discípulos; revelar o poder da intercessão de Nossa Senhora e gerar a verdadeira alegria em nossas almas como gerou naqueles que beberam o vinho novo da salvação.

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7. Enfim, o que mais vimos de extraordinário neste primeiro milagre do Senhor? A revelação de que Ele é Deus, pois somente Deus pode transformar água em vinho e essa transformação permanecer tal qual Ele realizou, ou seja, "o vinho melhor", símbolo do seu sangue derramando no Patíbolo da Cruz. 

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Teus pecados estão perdoados...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,1-12)(17/01/25)

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1. Caríssimos, o pecado é uma prisão espiritual que mantém os pecadores sob o domínio do maligno, e somente o perdão que o Senhor Jesus lhes dá é capaz de liberta-los e conduzi-los ao perfeito estado de graça e à reconciliação com o Pai celestial; e uma vez reconciliados, também são curados dos males do corpo e da alma.
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2. No Evangelho de hoje por conta de uma enorme multidão postada diante do lugar onde o Senhor Jesus se encontrava, quatro homens carregando um paralítico subiram no teto da casa e o apresentaram a Jesus, que vendo a disposição e a fé deles, o perdoou; e diante da contestação dos mestres da lei que o acusava de blasfêmia em seus corações, curou-o da paralisia fazendo prevalecer o poder da Sua Divina Misericórdia.
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3. De fato, na prisão do pecado só existe espaço para as tentações e as frequentes quedas; o único dom que liberta tais prisioneiros é o arrependimento sincero com o desejo de não mais pecar, uma vez que esse dom atrae a misericórdia do Senhor que lhes concede a reconciliação e a paz, para não voltar mais à antiga condição pecaminosa.
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4. Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Nós que estamos habituados a experimentar o perdão dos pecados, talvez “a um preço muito baixo”, deveríamos recordar-nos de vez em quando o quanto custamos ao amor de Deus. Cada um de nós custou bastante: a vida de Jesus! Ele tê-la-ia dado até por um só de nós. 
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5. Jesus não vai para a cruz porque cura os enfermos, porque prega a caridade, porque proclama as bem-aventuranças. O Filho de Deus vai para a cruz sobretudo porque perdoa os pecados, porque quer a libertação total e definitiva do coração do homem. 
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6. Porque não aceita que o ser humano consuma toda a sua existência com esta “tatuagem” indelével, com o pensamento de não poder ser recebido pelo coração misericordioso de Deus. E é com estes sentimentos que Jesus vai ao encontro dos pecadores, que somos todos nós." (Papa Francisco, audiência geral, 9/8/17).
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7. Portanto, caríssimos, quem quer o perdão dos pecados para não mais comete-los, precisa reconhce-los a partir do estado de alma em que se encontra; buscar a confissão e o perdão que o Senhor Jesus oferece no Sacramento da Reconciliação, e recomeçar sua história de vida totalmente libertos, como fizeram o paralítico e seus amigos de fé que o trouxeram ao Senhor.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A cura da lepra espiritual...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,40-45)(16/01/25)

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1. Caríssimos vivemos num mundo em que se privilegia tanto o viver de aparências, que ele passa a ser o sentido da vida daqueles que o cultiva. Com isso, caí-se na cultura do relativismo e do descarte, em detrimento do que é autêntico, verdadeiro; gerando-se com isto uma sociedade egoísta, hedonista, consumista, doente do corpo e da alma. 
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2. Ora, essa é a nova lepra espiritual, doença tão contagiosa e perigosa quanto a lepra física. Com efeito, os leprosos do tempo de Jesus, eram escarnecidos e desprezados, postos à margem da sociedade, tidos como malditos e rejeitados por Deus. 
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3. No entanto, como vimos no Evangelho de hoje, o Senhor Jesus jamais rejeita quem quer que seja, pelo contrário, escuta a oração por mais miseráveis que pareçam, e os cura, como vimos acontecer nesse episódio do leproso. 
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4. Voltemos, então, à lepra espiritual do viver de aparências tão presente nesta nossa era tecnológica; de fato, os leprosos espirituais do nosso tempo costumam infectar a muitos, com suas extravagâncias e outros impropérios, e isso se dá por imitação e não mais pelo contato físico. 
5. Sem dúvida, essa enfermidade tem sido uma arma poderosa do maligno, que leva consigo para o abismo infernal inúmeras almas que se deixam infectar por essa escabrosa doença espiritual advinda dos leprosários da Internet.
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6. Portanto, caríssimos, como vimos nesta liturgia, a oração confiante alcança todas as graças que pedimos ao Senhor, mas precisamos seguir fielmente a sua Palavra para permanecermos em estado de graça, caso contrário, nos faltará a unção para darmos um testemunho preciso, que faça a obra da salvação chegar a todos que dela necessitam, uma vez que o número de leprosos espirituais tem aumentado assustadoramente.
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7. Destarte, olhemos para dentro do nosso coração e vejamos se fomos contaminados por essa lepra cibernética, e caso isso tenha acontecido, peçamos humildemente ao Senhor Jesus, como pediu o leproso: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Então, cura-me Senhor Jesus, cura-me.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

O que mais podemos dizer sobre oração?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,21b-28)(14/01/25)


1. Caríssimos irmãos e irmãs, as potências do universo e as forças da natureza jazem sob o infinito poder de Deus que tudo criou, sustenta e governa com a sua Onipotência. Por isso, nada escapa ao Seu fulgor, por maior ou menor que seja, porque a tudo conhece perfeitamente por Sua Oniciência.
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2. Por outro lado, constatamos que existe um poder contrário que tenta se impor ao infinito poder de Deus, mas como isso é impossível; tal inimigo em sua revolta se volta contra as criaturas do Senhor tentando destruir o maior número delas como vingança, por saber que já foi julgado e condenado ao inferno eterno, sendo extirpado para sempre de nosso meio da mesma forma como o joio é extipardo do trigo e tem um fim trágico. 
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3. No Evangelho de hoje Jesus entra numa Sinagoga e anuncia o Reino de Deus com autoridade, expulsa o demônio da alma de um homem, e com isso todos os presentes se admiraram da autoridade e do poder que manifesta com suas palavras e ações; desse modo, Ele revela que é o Messias enviado por Deus Pai para libertar o seu povo do pecado e de todo o mal que o pecado gera. 
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4. De fato, como vimos nessa passagem do Evangelho, vivemos em meio à uma terrível guerra espiritual em que o maligno, nosso inimigo mortal, age sutilmente por meio de tentações e outros artifícios maléficos tentando nos afastar do convívio com Jesus, com Sua mãe, Maria Santíssima e são José, com os santos anjos e todos os santos e santas que já gozam da Sua Presença no Reino dos céus.
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5. Portanto, caríssimos, que fique bem claro, não estamos sozinhos em meio à essa guerra, porque o Senhor Jesus caminha conosco e combate conosco nos iluminando com a sabedoria do Espírito Santo, nos dando a força necessária para superarmos todas as dificuldades e provações, e assim sairmos ilesos delas rumo à Glória do Seu Reino.
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6. Comentando a ação do maligno no mundo, eis o que diz o Catecismo da Igreja Católica: "Mas livrai-nos do mal." Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. 
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7. Nesta última petição, a Igreja leva à presença do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da espera perseverante do regresso de Cristo. 
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8. Orando assim, antecipa na humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo naquele que tem «as chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1,18), «Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo» (Ap 1,8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

O Senhor Jesus nos libertou de todo mal...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 1,21b-28)(14/01/25)


1. Caríssimos irmãos e irmãs, as potências do universo e as forças da natureza jazem sob o infinito poder de Deus que tudo criou, sustenta e governa com a sua Onipotência. Por isso, nada escapa ao Seu fulgor, por maior ou menor que seja, porque a tudo conhece perfeitamente por Sua Oniciência.
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2. Por outro lado, constatamos que existe um poder contrário que tenta se impor ao infinito poder de Deus, mas como isso é impossível; tal inimigo em sua revolta se volta contra as criaturas do Senhor tentando destruir o maior número delas como vingança, por saber que já foi julgado e condenado ao inferno eterno, sendo extirpado para sempre de nosso meio da mesma forma como o joio é extipardo do trigo e tem um fim trágico. 
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3. No Evangelho de hoje Jesus entra numa Sinagoga e anuncia o Reino de Deus com autoridade, expulsa o demônio da alma de um homem, e com isso todos os presentes se admiraram da autoridade e do poder que manifesta com suas palavras e ações; desse modo, Ele revela que é o Messias enviado por Deus Pai para libertar o seu povo do pecado e de todo o mal que o pecado gera. 
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4. De fato, como vimos nessa passagem do Evangelho, vivemos em meio à uma terrível guerra espiritual em que o maligno, nosso inimigo mortal, age sutilmente por meio de tentações e outros artifícios maléficos tentando nos afastar do convívio com Jesus, com Sua mãe, Maria Santíssima e são José, com os santos anjos e todos os santos e santas que já gozam da Sua Presença no Reino dos céus.
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5. Portanto, caríssimos, que fique bem claro, não estamos sozinhos em meio à essa guerra, porque o Senhor Jesus caminha conosco e combate conosco nos iluminando com a sabedoria do Espírito Santo, nos dando a força necessária para superarmos todas as dificuldades e provações, e assim sairmos ilesos delas rumo à Glória do Seu Reino.
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6. Comentando a ação do maligno no mundo, eis o que diz o Catecismo da Igreja Católica: "Mas livrai-nos do mal." Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. 
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7. Nesta última petição, a Igreja leva à presença do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da espera perseverante do regresso de Cristo. 
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8. Orando assim, antecipa na humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo naquele que tem «as chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1,18), «Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo» (Ap 1,8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

domingo, 12 de janeiro de 2025

Festa do Batismo do Senhor...


 Homilia da Festa do Batismo do Senhor (Lc 3,15-16.21-22)(12/01/25)

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1. Caríssimos, hoje a Igreja celebra a Festa do Batismo do Senhor. Com efeito, Seu Santo Batismo é repleto dos sinais que nos leva à compreender o essencial deste Sacramento, pois Jesus é Deus e pede o Batismo para santificar a água e todos os que forem batizados. 
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2. Desse modo, se cumpre toda a justiça como Ele disse a são João Batista; para assim enviar o dom do Espírito Santo ao coração dos neos (novos) batizados e os fazer participantes de sua família divina por meio do Seu Corpo Místico, a Santa Igreja.
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3. Vejamos, então, os sinais significativos do Santo Batismo do Senhor e também do nosso: o céu se abre, visto que estava fechado por causa do nosso pecado; o Espírito Santo desce sobre Jesus em forma de pomba, símbolo da reconciliação e da paz que o Senhor nos traz; o Pai se faz ouvir a todos por sua teofania, isto é, sua ação direta: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer”.
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4. De fato, de agora em diante, no coração de uma pessoa batizada não existe espaço para a dúvida ou para o medo, porque recebeu o dom do amor de Deus, o Espírito Santo, Paráclito. Bem como nos ensinou São João: "Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. Deus é amor e quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele." (1Jo 4,13.16b).
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5. Portanto, caríssimos, conservemos sempre viva a memória do nosso Batismo. Pois nele estão as raízes de nossa vida em Deus, as raízes de nossa participação na sua Natureza Divina, cuja essência é a imortalidade.
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6. Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso que, sendo o Cristo batizado no Jordão, e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo." Amém!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 11 de janeiro de 2025

Convém que o Senhor Jesus cresça e que eu diminua...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,22-30)(11/01/25)
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1. Amados irmãos e irmãs, Deus é o Único autor e Senhor de todas as coisas, a Ele todas as criaturas devem o ser e o existir em meio à criação; sem Ele nada subsiste, e quem não vive em comunhão com a Sua vontade, se desliga do Seu amor, perdendo totalmente o sentido de ser, destinando-se ao caos eterno que cultivou. 
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2. No entanto, enquanto a humanidade existir, haverá sempre esperança e nem tudo está perdido, pois, a Sua Divina Misericórdia é o porto seguro das almas que desejam serem salvas. Ou seja, todos os homens têm a oportunidade de converter-se, como nos ensinou o Profeta Isaías: "Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto." (Is 55,6).
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3. São Paulo, se referindo a isso, escreveu: "Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção." (Gl 4,4-5).
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4. São João, na sua primeira carta, nos dá o entendimento do que significa a vinda de Cristo: "Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho. 
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5. E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus." (1Jo 5,9-13).
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6. No Evangelho de hoje, São João Batista compreendeu perfeitamente qual era a finalidade da sua missão; de modo que quando desafiado a se opor à missão de Cristo, respondeu: "Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. 

7. Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. Esta é a minha alegria, e ela é completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”. (Jo 3,27-29b.30). 
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8. De fato, o nome dado à esta atitude de São João Batista, é obediência sem limites, humildade à toda prova, ou seja, é a mesma atitude de Maria Santíssima quando da encarnação do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Antes de tudo, a oração é uma atitude interior que busca a realização da vontade de Deus


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 5,12-16)(10/01/25). 

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1. Caríssimos irmãos e irmãs, a oração que fazemos é um encontro com o Senhor, um diálogo filial, uma interação espiritual, onde falamos com Ele, mas também o escutamos; ocorre que muitas vezes só nós falamos, e ainda por cima com pressa e a mente cheia de distrações; por isso, nada escutamos além do barulho de nossas mentes. E o resultado é uma oração sem frutos, confusa, estéril.
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2. No Evangelho de hoje, um leproso vem ao encontro do Senhor Jesus e lhe dirige uma prece que, na verdade, é uma belíssima catequese sobre o dom da oração. Ora, nos chama a atenção sua postura orante: "Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés." 
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3. Decerto, oração é isto, abandono, entrega, confiança de alguém que se abre para dar o que tem ainda que seja os limites de sua contingência, que no caso deste homem, era a lepra que carregava no corpo e na alma.
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4. Uma outra atitude dele que nos leva a refletir é esta: sua oração não é uma exigência, mas um ato de dependência, de alguém que se entrega e confiante espera a resposta: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 
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5. De fato, essa atitude orante comove até mesmo quem não tem a mesma sensibilidade de Jesus, por isso, sua cura serviu de testemunho para muitos se aproximarem do Senhor, como vimos neste Evangelho: "Numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades."
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6. Portanto, caríssimos, a vida vivida na presença de Deus tem na oração o espaço sagrado onde o encontramos e nele permanecemos para assim obtermos a sua misericórdia e todas as graças que precisamos. Por isso, antes de tudo, a oração é uma atitude interior que busca tão somente a realização da vontade de Deus.  
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7. Destarte, eis o que nos ensinou o Senhor Jesus a esse respeito: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos. (Jo 15,7-8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A fé não é uma teoria, mas sim um dom do Espírito Santo...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,14-22a)(09/01/25). 

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1. Caríssimos, quem não sentiria a maior alegria ao encontrar pessoalmente o Senhor Jesus como fizeram os habitantes de Nazaré na Sinagoga? Imaginem vê-lo face a face; ouví-lo pregar a boa nova; ver os sinais que realizava demonstrando que era o Messias enviado pelo Pai!
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2. Ora, tudo isso aquele povo teve a graça de contemplar, no entanto, nem todos o acolheram como deveriam acolher. Mas, por que todos não creram Nele? A resposta se faz presente também hoje nesta nossa sociedade hodierna. 
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3. Com efeito, a fé é um dom do Espírito Santo que todos os batizados receberam, para fazer parte do povo de Deus; no entanto, é preciso vivê-la intensamente, caso contrário, ela não passa de uma bela teoria que muitos aceitam, mas não experimentam o seu resultado prático. 
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4. São João na primeira leitura de hoje bem nos mostra isto: "Caríssimos, quanto a nós, amamos a Deus porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê." (1Jo 4,19-21).
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5. De fato, estamos acostumados a viver naturalmente, mas não espiritualmente; ora, isso equivale a dizer que a maior parte da humanidade vive mergulhada no hedonismo, isto é, na busca de prazer, fama, poder, extravagância e quase nenhuma comunhão com a vontade de Deus pela prática da fé. 
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6. E o resultado de tudo isso, é uma sociedade dominada pelo inimigo de nossas almas; e cada vez mais afastada da fé, da esperança, do amor fraterno e de todos os valores cristãos que nos proporciona viver a unidade e à paz interior que tanto precisamos. 
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7. Portanto, caríssimos, a única solução para todo esse desvario que se faz presente no mundo de hoje é voltar-se de todo coração para o Senhor Jesus por meio do arrependimento sincero e da conversão; sem isso, este mundo está perdido, destinado ao caos eterno. 
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8. Destarte, escutemos, então, o que diz o Profeta Isaías: "Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente." (Is 55,6-7).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

A graça de Deus nos é dada muito além do necessário...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 6,45-52)(08/01/25).

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1. Caríssimos, o fazer de Deus difere infinitamente do fazer humano, porque em Deus tudo é eterno e Supremo Bem; todavia, quando o fazer humano é um fazer para Deus há sempre uma recompensa em tudo o que faz, porque não busca a própria vontade, mas sim a vontade do Senhor. 
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2. É isso o que meditamos na primeira leitura de hoje, em que São João nos exorta: "Caríssimos, se Deus nos amou assim [nos dando o seu único Filho], nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós." (1Jo 4,11-12).
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3. Ora, o fazer do Senhor Jesus no Evangelho de hoje, nasce precisamente de sua comunhão com a vontade do Pai pela oração. Desse modo, "a oração para Jesus não é um dever, não é um rito, nem um hábito, mas, é como o oxigênio que respira", ou seja, é a vida de sua alma, de suas ações, por isso, permanece com Ele a noite toda num colóquio santo.
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4. Desse modo, ao caminhar sobre o mar, este sinal extraordinário, é uma revelação de quem Ele é e o poder que exerce sobre as leis naturais, porque tudo nele nasce do encontro com o Pai por meio da oração; e, por ser um com o Ele, reina sobre todas as coisas desde já. 

5. Também com o povo da Antiga Aliança aconteceu um fato extraordinário, que foi a passagem do mar vermelho, em que Moisés, obedecendo ao Senhor, bateu três vezes com o bastão nas águas e elas se dividiram ao meio permitindo ao povo eleito passar à pé enxuto rumo à terra prometida.
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6. Ora, o que isso significa? Significa que quando vivemos o tempo que temos como encontro com o Senhor pelo o dom da oração, tudo o que nos acontece tem como fundamento a realização de Sua Santa Vontade em nossa vida. 
7. Portanto, caríssimos, escutemos o que nos diz o Senhor: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos." (Jo15,7-8).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Conduzidos pela Luz da graça de Deus...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 4,12-17.23-25)(06/01/25)

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1. Caríssimos, à medida que vai se cumprindo o que Deus anunciou pelos profetas, vai também se aproximando o julgamento deste mundo e a vinda da plenitude do Seu Reino. Com efeito, meditando o Evangelho de hoje, pensemos como seria maravilhoso ver o Senhor Jesus como aquelas multidões o viram, usufruindo de suas palavras e de seus milagres e prodígios. 
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2. Na verdade, o Senhor Jesus se faz presente em Sua Igreja realizando as suas obras por meio da celebração dos Sacramentos, onde escutamos a Sua Palavra e experimentos interiormente seus milagres e prodígios como aquelas multidões que o seguia na terra santa. 
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3. É bem como como está escrito na Carta aos Hebreus: "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade." (Hb 13,8) Em outras palavras, Ele está realmente presente conosco a cada instante do nosso viver, porque sem essa graça já teríamos perecido a muito tempo, ou seja, nada mais existiria. 
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4. E para entendermos isso, a única diferença existente se encontra no véu da fé, pois aqui vivemos sensivelmente a sua presença na Santa Eucaristia e nos outros Sacramentos, que a Igreja chama de teofanias, isto é, ações diretas e sensíveis de Deus. 
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5. O grande problema que enfrentamos é que muitos professam a fé, mas só intelectualmente e não por meio do testemunho coerente da vivência da Sua Palavra. Por isso, Ele disse: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mt 7,21).
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6. Com efeito, são João na primeira leitura de hoje nos dá o discernimento do que seja a fé autêntica, diz ele: "Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu." (1Jo 3,24).
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7. "Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo que proclama que Jesus Cristo se fez carne, é de Deus; todo que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo." (1Jo 4,2-3).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 5 de janeiro de 2025

A LUZ DE DEUS VEIO AO MUNDO...


 Solenidade da Epifania do Senhor (Mt 2,1-12)(05/01/25)

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1. Caríssimos, a Solenidade da Epifania é a revelação de Cristo ao mundo a fim de prepara-lo para o dia da Redenção; de fato, cumprindo todas as profecias do Antigo Testamento, Deus enviou o Seu Filho com o Santo propósito de nos fazer participantes do Seu Reino, por meio do perdão dos nossos pecados para vivermos desde já em estado de graça na sua presença.
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2. Na primeira leitura vimos o Profeta Isaías anunciando a Epifania do Senhor como o dia em que a Luz de Deus resplandecerá sobre Jerusalém revelando à todas as nações da terra o que Ele está preparando para aqueles que o amam. 

3. Assim disse o Profeta: "Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora."
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4. No Evangelho de hoje os reis magos ao oferecerem seus presentes proféticos ouro, insenso e mirra, anunciam que o menino Jesus é Rei e reinará sobre todas as nações; que é Deus e por isso recebe as nossas orações representadas pelo insenso, e que a sua Vitória se dará por meio do Seu sacrifício expiatório representado pela mirra.
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5. Ora, ao enviar o Seu Filho, nosso Senhor Jesus a este mundo, Deus o fez a fim de permanecer conosco para sempre; e isso acontece por meio dos Sacramentos em que Ele continua nos salvando a cada momento que os celebramos. 
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6. Portanto, caríssimos, estamos a caminho da vida eterna de modo que mais dias menos dias, chegará o tempo de nossa partida, peçamos então ao Senhor Jesus que nos ajude na preparação para esse dia, pois é nesse dia eterno que veremos cumpridas todas as promessas que o nosso Pai celestial nos fez.
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Destarte, quais lições a Epifania do Senhor nos ensina para nos manter fiéis até o dia em que o mal será destruído para sempre e não mais existirá no meio de nós? Deus nasceu em nossa natureza, para glorifica-la, livrando-nos do pecado e da morte. "A luz divina que inundou o coração da Virgem Maria e de São José, e guiou os passos dos pastores e dos reis magos, brilha também hoje para nós". (Papa Francisco). 
Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Memória do Santíssimo Nome de Jesus...



PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,29-34)(03/01/25)
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1. Caríssimos, hoje a Igreja faz memória do Santíssimo nome de Jesus. Ora, o nome de uma pessoa na Sagrada Escritura significa não somente a sua identidade, mas também a missão que Deus lhe confia para que se realize as suas maravilhas na vida de quem o traz e de todos. 
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2. Foi o que revelou o anjo Gabriel à são José ao anunciar-lhe o nascimento do menino Jesus. Disse ele: "José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados."
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3. Decerto, o Santíssimo Nome de Jesus que todos os batizados trazem gravado em suas almas, é o selo da redenção para que vivamos a plena comunhão com Ele e assim sigamos fielmente os seus passos rumo ao Reino dos Céus. 
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4. Pois, o Senhor Jesus foi enviado por Deus, nosso Pai celestial, para perdoar os pecados da humanidade e nos dar o Espírito Santo para reconciliar-nos com Ele; e nessa condição, nos mantermos fiéis até o fim dos nossos dias neste mundo.
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5. No Evangelho de hoje João Batista quando avistou Jesus vindo ao seu encontro, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Isso significa que o nome de Jesus tem todo poder sobre o céu e sobre a terra e sobre toda a criação. 
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6. Bem como nos ensinou são Pedro: "Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos." Por isso, "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (Jl 3,1-5).
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7. Escutemos então o que escreveu são Paulo a esse respeito: "Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo." 
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8. Desse modo, compreendemos que a invocação do Nome de Jesus é uma graça que nos é dada pelo Espírito Santo para sermos fiéis até o fim na luta contra o pecado, e para a maior glória do Santíssimo Nome de Jesus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

A humildade é a virtude pela qual recebemos todas as graças e bênçãos de Deus


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 1,19-28)(02/01/25)

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1. Caríssimos, Deus é amor, é Santo, é o Sumo Bem, é Eterno; tudo sem Ele, é vazio infinito. Ora, os que negam que Deus existe, fazem isso porque o expulsaram dos seus corações por querer submete-lo à seus caprichos, por não obedecerem aos Seus Santos Mandamentos. Por isso, negam também o Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
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2. São João na primeira leitura de hoje, nos ensina que essa negação de Deus é fruto da mentira. Diz ele: "Caríssimos: Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. 
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3. Quem confessa o Filho possui também o Pai." E acrescenta: "Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna."
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4. Com efeito, "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" diz o salmista (Sl 110,10), e se é o princípio da sabedoria, também é o início do bom caminho que precisamos percorrer. É ele que provoca o verdadeiro arrependimento, a confissão e o perdão dos pecados. 
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5. De fato, o temor do Senhor leva o orgulhoso arrepender-se e lhe permite escutar a voz daquele que prega no deserto, mandando percorrer o caminho e mostrando por onde começar: «Arrependei-vos, porque está próximo o Reino do Céu» (Mt 3,2; cf 4,17).
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6. Comentando o Evangelho de hoje disse o Papa Francisco: "A voz do Batista continua a clamar nos desertos da humanidade de hoje, que são as mentes fechadas e os corações duros, e provoca-nos a interrogar-nos se estamos realmente a percorrer o caminho certo, vivendo uma vida segundo o Evangelho. 
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7. Hoje como então, admoesta-nos com as palavras do profeta Isaías: "Preparai o caminho do Senhor!" (v. 4). É um convite premente a abrir o coração e a acolher a salvação que Deus nos oferece sem cessar, quase obstinadamente, porque quer que todos sejamos livres da escravidão do pecado."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA...


 Sol. de Santa Maria, Mãe de Deus (Lc 2,16-21)(01/01/25).

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1. Caríssimos, a compreensão do grande mistério da maternidade divina de Maria Santíssima, só é possível mediante a revelação que Deus faz na Sagrada Escritura nos dando a fé para compreendê-lo. 

2. Ora, em nossa naturalidade a mãe é aquela que gera a vida natural com a colaboração do pai, tornando assim possível a nossa existência como acontece a cada nascimento de uma nova vida.

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3. Tadavia, em se tratando da Fonte Eterna da Vida, somente Deus é o seu autor, e nossos pais seus colaboradores nessa grande dádiva do seu mistério criador. Desse modo, no momento em que é gerada a vida natural, no mesmo instante Deus cria a alma imortal nos dando a possibilidade de vivermos em comunhão com Ele aqui e por toda a eternidade.

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4. Porém, com o advento do pecado essa comunhão com o Senhor ficou estremecida, mas, não rompida definitivamente, pois, ao dizer, "crescei-vos e multiplicai-vos," Ele manteve a sua Palavra nos dando a esperança da salvação por meio da encarnação do seu Filho, nascido da Virgem Maria, sem a incursão do homem, por isso, nasce sem pecado, porque em Deus não existe pecado.

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5. Portanto, caríssimos, Maria Santíssima é a Mãe de Deus, porque Deus em seu infinito amor, e a redimiu, isto é, a tornou imaculada em vista do nascimento do seu Filho amado, gerado pelo Espírito Santo, como redentor de toda a humanidade. 

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6. De modo que, em Maria tudo é santo, porque Deus é infinitamente Santo e se uniu à ela, para nos gerar em Cristo como seus filhos e filhas, para a vida eterna. Por isso, Maria Santíssima é o Modelo Perfeito da Santa Igreja da qual nascemos no batismo pela água e pelo Espírito Santo.

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7. Destarte, não tem como compreender esse grandíssimo mistério de nossa fé, só com as luzes da razão sem o auxílio da graça de Deus; pois, é o Espírito Santo, que recebemos no batismo, que nos dá a compreender e a participar dele diretamente.

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Paz e bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

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