CRÔNICAS DE MINHA ALMA
QUANTO TEMPO DEDICAMOS A DEUS?
Será que Deus precisa do nosso tempo? Terá
o Senhor alguma necessidade dele? Na verdade, nós é que precisamos dar tempo a
Deus para Ele fazer um santo uso de nosso tempo, caso contrário, perderemos
todo o tempo que de Deus recebemos, deixando de nos relacionar intimamente com
o Senhor, dedicando-lhe a vida e tudo o que pode acontecer nela; para nos
ocuparmos com coisas fúteis e banalidades que só nos fazem tragar o ranço do
pecado nosso e dos outros.
Existe um tempo mais mal empregado do que o
tempo perdido com o pecado? Vejamos alguns desses pecados que toma tanto nosso tempo
e nossa vida, e só deixam em nossas almas um rastro de insatisfação e de vazio
existencial: “Nota bem o seguinte: nos
últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas,
avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados,
desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho,
amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas
desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!” (2Tim 3,1-5). Isto
porque, quem perde tempo com o pecado, deixa o bem viver e a santidade de lado,
para cultivar conflitos intermináveis que só trazem desolação, perca de tempo e
da paz interior que Deus nos dá com o estado de graça.
Falando ainda do tempo que empregamos, quanto
tempo dedicamos, por exemplo, à televisão ou outros meios de entretenimento, alimentando
nossas almas com todo tipo de lixo televisivo/midiático, seja com filmes, novelas
e outras baboseiras tipo CQC, Pânico na Tv, BBBs e outros Reality Shows; os
mais diversos programas de auditórios e outras coisas do gênero? Vejamos o que diz
São Paulo sobre isto: “Eu te conjuro em
presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por
sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e
importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de
instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da
salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades,
ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às
fábulas.” (2Tim 4,3-4).
Agora, vejamos, quanto do nosso tempo
dedicamos ao Senhor? Para respondermos a essa pergunta observemos: Quanto tempo
dedicamos à oração, à escuta de Sua Palavra, à participação nas Santas Missas; aos
exercícios de penitência e piedade; aos serviços pastorais e práticas das
virtudes; enfim, à tudo o que diz respeito a nossa fé, ou seja, à formação
pessoal e também dos nossos. Pois o homem e a mulher de Deus, tudo fazem para
agradar a Deus, assim, torna todo o seu viver um ato permanente de amor e comunhão
com o Senhor. Por exemplo: Se estiver no trabalho, lá está dedicando-se a Deus;
se estiver no lazer, também seu lazer é encontro de vida e comunhão com o
Senhor e os seus, porque nossa vida e o que dela fazemos, precisam da graça
santificante do Senhor, para termos a certeza de que sua vontade está se realizando
no meio de nós.
Porquanto, quem dá tempo, à quem está dando
o tempo, está dando também seu esforço, sua vida e tudo o que é. Então, vamos
dar a Deus o que é de Deus, nossa vida, nosso tempo e a nossa dedicação, desse
modo, estaremos em plena sintonia com o Senhor, fazendo em tudo a sua vontade e
obtendo como resultado a felicidade e a paz.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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