A PRÁTICA DA FÉ É O NOSSO ENCONTRO COM DEUS...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 13,10-17)(30/10/23). 

Amados irmãos e amadas irmãs, a prática religiosa é um encontro com Deus e entre nós, e para isso o Senhor escolhe líderes que facilitam esse encontro repleto de oração, piedade, escuta e prática da sua Palavra que gera unidade, concórdia e o bem estar de todos. 

Porém, quando tais líderes tornam-se rígidos impondo a própria interpretação da Lei de Deus, ao invés de favorecer o encontro com o Senhor, eles o dificultam por conta da hipocrisia que distilam por sua prática em nada piedosa.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje. 

1. Caríssimos, o legalismo farisaico é uma doença espiritual muito pior do que imaginamos, pois enrigesse a alma de tal forma que a impede de agir com sabedoria e bom senso; embora o legalista diga que só quer fazer cumprir a lei, na verdade, por sua má interpretação dela, se põe em contradição por falta da caridade devida, e com isso se opõe ao próprio Deus, autor e consumador da Lei. 

2. Com efeito, é bem como escreveu são Tiago: "Quem julga a lei já não é observador da lei, mas seu juiz." (Tg 4,11). E são Pedro confirma essa assertiva em sua segunda epístola: "Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus." (2Pd 1,20-21).

3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus curou em dia de sábado uma mulher que há dezoito anos vivia encurvada por influência do maligno, mas logo foi contestado pelo chefe da Sinagoga, que disse: "Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.

4. Ao que Jesus replicou: "Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado? Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia." (Lc 13,14-17)

5. "E dizia-lhes: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado; e, para dizer tudo, o Filho do homem é senhor também do sábado." (Mc 2,27-28). Ou seja, toda atitude ou decisão que não leva o ser humano encontar a misericórdia de Deus e libertar-se dos males que o escraviza, não passa de intransigência e falta de amor.

6. Portanto, caríssimos, todo argumento legalista já nasce envolto pela hipocrisia, pois lhe falta discernimento, caridade, misericórdia, bondade e todas as virtudes necessárias para se fazer o bem que deve ser feito. 

7. Destarte, a função da lei, é conduzir as almas para Cristo e nesse encontro elas se tornam uma só com Ele no amor. Sem esse sentido a lei se torna letra morta, porque não cumpre sua missão devido a má interpretação lhe foi dada.

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, "Jesus, que veio recriar o homem, coloca-se imediatamente do lado deste; recusa descer ao terreno da polêmica moralista dos fariseus e restitui ao sétimo dia o espírito genuíno das suas origens. 

9. Ou seja, um dia em que o homem se encontra no seu ambiente familiar e entre os seus entes queridos; um dia de repouso de todas as fadigas e um dia de liberdade interior" (Pe Ubaldo Terrinoni) onde se encontra com Deus e o reverencia. É esse o verdadeiro sentido da Lei. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 
 

A VERDADE VENCE SEMPRE...

 Homilia do 30°Dom do TC (Mt 22,34-40)(29/10/23)

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Amados irmãos e amadas irmãs, o argumento central da liturgia de hoje trata dos Santos Mandamentos da Lei de Deus, e de como os fariseus tentam pôr a prova o próprio Senhor da Lei como se Ele não a conhecesse. 

Com efeito, esse tipo de argumento ou atitude revela o quanto as más intenções são nocivas para quem as cultiva. Em outras palavras, a Verdade posta à prova vence sempre por mais que queiram cercea-la.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do 30°Dom do Tempo Comum. 

1. Caríssimos, quem quer seguir o Senhor usando os próprios critérios, torna-se juíz de tudo e de todos até mesmo do próprio Deus, pondo-o à prova, duvidando do seu amor, do seu poder e de sua divina misericórdia. É isso o que vemos nessa liturgia de hoje, em que Jesus é posto à prova para saber se realmente conhecia a lei de Deus.

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2. É como se perguntasse a Deus quem criou o mundo visível e invisível; ou o interrogasse por quê o bem e o mal existe, duvidando que Ele nos ama e nos protege. 

Decerto, fomos criados a sua imagem e semelhança e jamais Ele despreza aqueles que o amam e lhe obedecem. Por isso, nos enviou o seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, para sermos salvos por seu sacrifício de cruz. Não amar essa verdade, é perde-la.

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3. De fato, quando os homens julgam Deus conforme o próprio raciocínio e não segundo aquele que vem da sabedoria do Espírito Santo, terminam desprezando-o como se o último critério para aderir ao Seu infinito amor e vivê-lo, fosse humano e não divino.

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4. De fato, quem quer impor a Deus a própria vontade morre afundado na lama fétida do egoísmo sem jamais experimentar o Seu Amor. Pois, dentro da palavra "Deus" está a palavra "eu", e tirar o "eu" de Deus, é querer viver uma autossuficiência que não existe, e isso chamamos egoísmo.

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5. Portanto, caríssimos, sabemos que o tempo passa e com ele todas as coisas presentes; no entanto, felizes são os que seguem fielmente o Senhor Jesus, pondo em prática a sua Divina Palavra, ou seja, tudo o que nos ensina com o seu exemplo de amor ao Pai por sua obediência a Ele.

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6. Destarte, seguir o Senhor Jesus confiantes e sem preocupação alguma, é ama-lo sobre todas as coisas e amar-nos uns aos outros como Ele nos ensina, para darmos os frutos da nossa permanência Nele, vivendo em justiça e santidade todos os dias de nossa vida neste mundo (cf. Jo 15,1-8).

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7. Amados irmãos e amadas irmãs, será que não dá pra entender que somos limitados? E que somos dependentes cem por cento? E que, de fato, somente pela renúncia ao egoísmo é possível amar a Deus de verdade e amar-nos uns aos outros como a nós mesmos? 

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8. É bem como nos ensina são Paulo: "Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)." (Gl 5,13b-14). Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria, OFMConv.

CHAMADOS E ENVIADOS PARA ANUNCIAR JESUS E O REINO DE DEUS, CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO SANTO...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,12-19)(28/10/23)

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1. Amados irmãos e amadas irmãs, a Igreja hoje celebra a Festa dos Apóstolos são Simão e são Judas Tadeu, escolhidos pelo Senhor para fazerem parte do Colégio Apostólico representantes das doze tribos de Israel, e no Novo Testamento, da Santa Igreja, o novo povo eleito. 

2. Eles foram martirizados, pois, como disse Senhor: "O discípulo não é mais que o mestre, o servidor não é mais que o patrão. Basta ao discípulo ser tratado como seu mestre, e ao servidor como seu patrão. Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. (Mt 10,24-25.28). 

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3. De fato, os discípulos por si mesmos não poderiam realizar qualquer prodígio, todavia, por se deixarem conduzir pelo Espírito do Senhor, tornaram-se testemunhas fiéis da sua ressurreição e o anunciaram à todas as nações à ponto de darem a vida por Ele e pelo Santo Evangelho da nossa salvação.

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4. Decerto, o Senhor Jesus ao chamar e enviar os seus discípulos o fez com a mesma missão que o Pai lhe confiou: "reconciliar todos com Ele e recompor a unidade do gênero humano. Agora cabe aos seus discípulos continuar a edificação da Igreja. 

5. Assim como Jesus pôde cumprir o desígnio do Pai porque era uma só com Ele, assim também eles poderão continuar sua altíssima missão porque o Ressuscitado está neles." (Chiara Lubich).

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6. Portanto, caríssimos, escutemos humildemente o Santo Padre, o Papa Francisco: "Pensemos hoje na missionariedade da Igreja: naqueles discípulos que, esquecidos de si mesmos, partiram, e também naqueles que tiveram a coragem de anunciar Jesus aos gregos, algo quase escandaloso naquele tempo (cf. At 11, 19-20).

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7. Pensemos na Mãe Igreja que cresce, cresce com novos filhos, aos quais Ela dá a identidade da fé, porque não se pode crer em Jesus sem a Igreja. Ouvimos Jesus mesmo dize-lo no Evangelho: Vós não acreditais, porque não fazeis parte das minhas ovelhas (cf. Jo 10, 26). 

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8. Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar». 

9. E peçamos ao Senhor este desassombro, este ardor apostólico, que nos impulsiona a seguir em frente todos como

irmãos. A caminhar avante, levando o nome de Jesus no seio da Santa Mãe Igreja, como dizia Santo Inácio, hierárquica e católica. Assim seja." (Papa Francisco, Capela Paulina - Vaticano, 23 de abril de 2013).

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10. Amados irmãos e amadas irmãs, a Igreja Católica, Apostólica Romana, é a única que tem como fundador Cristo, e por isso, é e sempre será o Sacramento Universal da salvação da humanidade. 

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11. Qualquer outra denominação é mera criação humana com suas incontáveis divisões, cuja única missão, por incrível que pareça, é combater a Santa Igreja. Que o Senhor Jesus tenha misericórdia e compaixão, perdoe o escandaloso pecado das divisões, nos liberte de todo mal e nos conduza à vida eterna. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

O VIVER SEM APEGOS, É UM VIVER FELIZ...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 12,13-21)(23/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Qual é realmente o sentido da nossa vida? Por que existimos ou qual o sentido que damos ao nosso ser e estar no mundo? De fato, se todo o nosso viver for por amor a Deus, com Deus e para Deus, é esse o sentido eterno da nossa vida, porque em Deus tudo é eterno.

Bem como nos ensina são Paulo: "É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a). Isso significa nunca tirarmos o nosso EU de DeuS, ou seja, nunca fazer coisa alguma sem a Sabedoria do Espírito Santo. 

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje. 

1. Caríssimos, vivemos em três mundos diferentes; um é o mundo dos ricos, dos famosos, dos poderosos, dos consumistas inveterados e muito mais. Um outro é o mundo dos que têm pouco, e apesar do desejo de possuir muito, não conseguem, por isso, buscam as facilidades que o maligno lhes oferece só para satisfazer seus intentos usando todo tipo de violência e perversidade para isso. 

2. Por fim, vem o mundo daqueles que vivem, não para satisfazerem seus instintos, mas sim, para realizarem a vontade de Deus; estes sofrem muito por causa das desgraças causadas por aqueles que vivem nos dois mundos anteriores; todavia, a força motora que os conduz é o poder de Deus que os sustenta com sua graça para além de todas as tentações e desafios de fé que enfrentam.

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3. Com efeito, desde que o pecado entrou na história humana pela via da desobediência, que as disputas matérias passou a fazer parte dela igualmente, e tudo indica que, enquanto o ser humano aqui existir essa disputa continuará.

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4. No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus dá um alerta a todos seja qual for o mundo em que estamos vivendo, mostrando que o verdadeiro Bem com o qual devemos nos apresentar a Deus, são os valores eternos ou as santas virtudes, isto é, amor, justica, bondade, humildade, doçura, paciência, solidariedade, etc. pois são esses valores que realmente nos fazem felizes. 

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5. Decerto, por meio da parábola que o Senhor Jesus nos conta hoje, Ele nos ensina que o nosso devir, isto é, a nossa existência eterna se fundamenta na vivência da fé, por isso precisamos ter muito cuidado para não nos deixar enganar pela ganância, pois tudo o que existe naturalmente um dia torna-se-a poeira que se esvai para o nunca mais, isto é, para o vazio infinito. 

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6. Portanto, caríssimos, "Bem-aventurados os pobres de coração, porque deles é o Reino dos céus!" (Mt 5,8). Ora, isso significa o desapego a tudo, pois tudo o que existe são meios para fazermos o bem e somente o bem a todos sem acumular coisa alguma, isso parece muito difícil, mas não para quem vive da providência divina. 

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7. Destarte, eis o que diz o Senhor Jesus àquele faz da ganância o fundamento da sua existência neste mundo: "Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. (Lc 12,20-21).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, a nossa felicidade é um dom de Deus, ela não se encontra nas coisas ou nas pessoas, mas unicamente em Deus que nu-la dá por seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que ofereceu-se em sacrifício pela nossa salvação. Fora disso a felicidade não existe, porque aqui neste mundo tudo é transitório, e somente em Cristo tudo é definitivo.

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

O QUE É DE CÉSAR, E O QUE É DE DEUS?

 Homilia do 29°Dom do TC (Mt 22,15-21)(22/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, sejam bem-vindos à nossa meditação diária. Deus nos criou à sua imagem e semelhança e não podemos em hipótese alguma manchar a sua imagem com os nossos pecados. Viver em estado de graça, é manter a sua imagem tal qual Ele nos criou, pois, somos o que somos aos seus olhos e nada mais.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do vigésimo nono domingo do Tempo Comum.

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1. Caríssimos felizes os filhos e filhas de Deus que se põem sob a sua proteção e nunca o contestam por nada desta mundo, porque sabem que Ele é a única Fonte de vida eterna. Bem como escreveu são Tiago: "Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade." (Tg 1,17).

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2. Na segunda leitura são Paulo nos mostra que as virtudes teologais: da fé, esperança e caridade, são graças advindas do Espírito Santo que nos santifica à medida que as vivemos em nosso de cada dia. Pela fé fazemos acontecer as Palavras do Senhor Jesus como Ele mesmo disse: "Tudo é possível ao que crê." (Mc 9,23b).

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3. De fato, é essa virtude que firma a nossa esperança na vida eterna, como vemos na Carta aos Hebreus: "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." (Hb 11,1). Ou seja, sem a virtude da esperança a vida natural perderia o sentido de ser, pois tudo terminaria com a morte.

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4. No entanto, por essa virtude compreendemos que a morte natural na verdade é o início da vida eterna. E no que diz respeito à virtude da caridade, ela é o esplendor e coroamento de todas as virtudes, porque é justamente ela que nos identifica como Imagem e semelhança de Deus, que é puro amor. 

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5. No Evangelho de hoje os poderes religioso e político, representados pelos Fariseus e herodianos, se juntam para pôr à prova o Senhor Jesus, com o propósito de condena-lo. Disseram eles: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências.

6. Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22,18-21).

7. Decerto, a mentira, a hipocrisia e a maldade, são atitudes próprias dos que servem ao maligno, e por isso, não vivem segundo a vontade de Deus, embora se apresentem como doutores e mestres versados na Lei, quando na verdade, por falta de caridade, vivem mergulhados na lama fétida da incoerência e da perdição eterna. 

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8. Portanto, caríssimos, por esse Evangelho o Senhor Jesus nos ensina que todos aqueles que servem ao maligno usam de suas artimanhas para julgar e condenar os inocentes; todavia, o Senhor nos auxilia sempre com a sua sabedoria para não caírmos em tais artimanhas.

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9. De fato, ser conduzidos pelo Espírito Santo consiste no que disse são Paulo ao referi-se à prática da fé por parte dos Tessalonicenses: "Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.

10. Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso, com toda a abundância." (1Ts 1,3-5b)

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11. Amados irmãos e amadas irmãs, depois do que vimos nesta liturgia não resta dúvida que o único meio de vencer o maligno e o seu modo de agir, é rejeitar totalmente todas as tentações e insídias que chegam à nossa mente, para nos mantermos em comunhão com o Senhor Jesus, e assim realizarmos em tudo a vontade de Deus, nosso Pai celestial. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

CUIDADO COM A PRÁTICA APARENTE DA FÉ...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 12,1-7)(20/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Não basta dizer que acreditamos em Cristo, mas, é preciso ser coerentes com a fé que professamos, pois, eis o que escreveu são Tiago a esse respeito: "Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem." (Tg 2,19).

Mas, não lhe obedecem, porque tudo o que fazem é sempre contrário a Sua Santa Vontade; por isso prestemos atenção com a prática da nossa fé diante do Senhor, porque Ele realmente nos ama, porém, não tolera nenhuma maldade, porque tudo o que é mal vem do maligno por meio daqueles que o seguem.

Meditemos com amor e atenção este pequenos sermão de hoje.

1. Caríssimos, a prática da fé, requer que sejamos transparentes em tudo o que vivemos, isto é, transparecendo sempre a vontade de Deus. Bem como o Senhor nos ensinou: "Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno." (Mt 5,37). Sem dúvida precisamos desse discernimento preciso para nos mantermos seguros, sem culpa alguma.

2. No Evangelho de hoje, ouvimos o Senhor Jesus, dizer: "Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados." (Lc 12,3).

3. Com efeito, é muito simples compreender isso, porque tudo o que vivemos por mais comum que seja fica gravado em nossas almas. Por isso, escreveu são Paulo: "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor. Servi a Cristo, Senhor." (Cl 3,23-24).

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4. Decerto, isto significa que ser cristão é não viver de aparências ou da imitação dos maus costumes deste mundo, mas somente da vontade de Deus, como nos ensina são Paulo: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Rm 12,1-2).

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5. Com efeito, eis o que disse o Santo Padre, o Papa Francisco, em uma de suas homilias: "Tenham cuidado com os rígidos. Tenham cuidado com os cristãos – sejam eles leigos, padres, bispos – que se apresentam como “perfeitos”, rígidos. Tenham cuidado. 

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6. Não há o Espírito de Deus ali. Falta o espírito da liberdade." De fato, ser livre é querer sempre o que Deus quer, porque não existe liberdade fora da vontade divina. "Ser livre é querer o Bem, o Sumo Bem, e o Sumo Bem é Deus." (Beato João Duns Scott) 

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7. Portanto, caríssimos, aprendamos com Maria Santíssima a viver a liberdade que o Senhor nos concede, por meio da santa obediência; seguindo fielmente o que ela aconselhou nas bodas de Caná: "Fazei tudo Ele vos disser." Exatamente como ela seguiu em tudo o seu amado Filho: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, quando não nos deixamos conduzir pelo Espírito de Deus; facilmente caímos nas tentações que chegam a nossas mentes, porque são sutis e enganosas. Por isso, escreveu são Paulo: "Pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (Rm 8,14). E disso jamais podemos duvidar.

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv.

REZEMOS PELA PAZ NO MUNDO...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,47-54)(19/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

A prática da fé e das virtudes eternas recebidas no batismo, é o que nos faz vencer as tentações e o maligno. Por isso, deixemos fora das nossas ações tudo o que é contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos; jamais dialoguemos com qualquer pensamento vão, desordenado ou estranho que chegue a nossa mente.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos, a Lei e os profetas fazem parte da Pedagogia divina para conduzir toda a humanidade a Cristo, Palavra viva do Pai, para que seja salva por Ele. No entanto, como vimos no Evangelho de hoje, não foi esse o entendimento dos mestres da Lei; por isso, o Senhor lhes disse: "Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. (Lc 11,52).

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2. Com efeito, tudo o que se refere a Deus, tem como fundamento o amor, a verdade, a justiça e a santidade; desse modo, a verdadeira prática da Lei consiste na vivência e comunicação dessas virtudes, sem as quais todo esforço devocional não passa de prática inútil. Porque a Lei sem a graça é letra que mata.

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3. Comentando este Evangelho de hoje, disse o Papa Bento XVI: "Desde a flagelação até à perfuração do lado, depois da morte na cruz, Cristo derramou todo o seu sangue, como verdadeiro Cordeiro imolado para a redenção universal. Está escrito no Gênesis que o sangue de Abel, morto pelo seu irmão Caim, clama a Deus desde a terra (cf. 4, 10). 

4. E infelizmente, hoje como ontem, este grito não cessa, porque o sangue humano continua sendo derramando por causa da violência, da injustiça e do ódio. Quando é que os homens aprenderão que a vida é sagrada e pertence somente a Deus? Quando é que vão compreender que somos todos irmãos? 

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5. Ao grito do sangue derramado, que se eleva de tantas partes da terra, Deus responde com o sangue do seu Filho, que deu a sua vida por nós. Cristo não respondeu ao mal com o mal, mas com o bem, com o seu amor infinito. 

6. O sangue de Cristo é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade. Olhando para as chagas do Crucificado, todo o homem, mesmo em condições de extrema miséria moral, pode dizer: Deus não me abandonou, Ele me ama, deu a sua vida por mim; e assim encontrar a esperança."

7. Certa feita, disse o Senhor: "O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida. E prosseguiu: Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido." (Jo 6,63-64). E ainda: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia." (Jo 6,44).

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8. Com efeito, a tendência daqueles que tentam se defender atacando por não aceitar a verdade que revela quem são e os erros que cometem, é odiar e perseguir os expositores de sua má conduta. E foi isso o que fizeram os algozes do Senhor: "Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pega-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca." (Lc 11,53-54).

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9. Portanto, caríssimos, quem acredita na Verdade e a põe em prática, eterniza-se com ela e por ela, pois, a sua prática é a via que nos leva à felicidade eterna; a Verdade é Cristo.

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10. Amados irmãos e amadas irmãs, apesar de todos os pecados cometidos na face da terra, Deus jamais deixou de nos amar e nos proteger mesmo se não temos plena consciência disso. 

11. Nas revelações que o Senhor Jesus fez a santa Faustina, apóstola divina misericórdia, ao lhe mostrar qual seja a primeira pena dos que são condenados, diz Ele: "é o sentimento da total ausência de Deus."

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12. Oremos: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus amado, tende piedade de nós pecadores, e da-nos a graça do verdadeiro arrependimento e conversão, para nunca mais pecarmos, porque só possível sermos felizes amando-te sobre todas as coisas, e amado-nos uns aos outros como a nós mesmos. Amém! Assim seja! 

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

A NOSSA MISSÃO É ESTA :VIVER O EVANGELHO, ANUNCIAR CRISTO E O REINO DE DEUS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,1-9)(18/10/23).

1. Amados irmãos e amadas irmãs, hoje a Igreja celebra a Festa de são Lucas, fiel colaborador de São Paulo em sua missão e autor consagrado do Evangelho que leva o seu nome e dos atos dos Apóstolos baseados nas atividades missionária de São Pedro e São Paulo, e da Igreja primitiva como um todo.

2. Caríssimos, todos nós estamos a caminho do Reino dos Céus e ao longo da sua trajetória o anunciamos à todos na certeza de o Senhor caminha conosco concedendo-nos, por meio do Seu Santo Espírito, todas as graças necessárias para anuncia-lo com intrepidez. 

3. Ora, dentre essas graças estão a paz, a cura das enfermidades e a libertação das almas feridas pelos pecados. Todavia, não podemos esquecer que caminhamos na mesma fé e na unidade do Corpo Místico de Cristo, a Santa Igreja, sob a autoridade dos nossos pastores constituídos por Ele, para o governo do seu rebanho.

4. Com efeito, convém lembrar ainda que nem sempre seremos aceitos ou compreendidos, e por isso mesmo, seremos caluniados, difamados, perseguidos, e quem sabe até mortos, sem que tenhamos culpa alguma, como aconteceu com o Senhor Jesus, os Apóstolos e os seus seguidores de todos os tempos. 

5. Mas, por que isso acontece? Porque a verdade sempre incomoda o reino da mentira, no entanto, aqueles que a acolhem no íntimo de suas almas, encontram nela a liberdade dos justos, a felicidade dos eleitos e a convicção de que estamos a caminho da terra prometida, o Reino de Deus. 

6. No Evangelho de hoje, ao enviar os discípulos, o Senhor Jesus deu-lhes algumas instruções, disse Ele: "Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho!" Ou seja, o objetivo principal é o anúncio do Reino de Deus e da sua justiça para a salvação das almas, por isso, não se pode perder tempo, porque tempo é vida.

7. De fato, quando nos concentramos nas instruções do Senhor não podemos perder tempo com distrações ou outros interesses para não nos afastar da missão que nos foi confiada, como vimos na primeira leitura em Paulo menciona um dos seus colaboradores que abandonou a missão por afeiçoar-se às coisas deste mundo. 

8. Decerto, quem recebe o Reino de Deus como herança o anuncia sem nenhum apego ou interesse, em conformidade com a instrução recebida: "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ Sem dúvida, os anunciadores do Reino de Deus, levam consigo sua paz e a concede à todos que estão aptos para recebê-la."

9. Com efeito, como nos ensinou são Paulo: "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza de estima dos homens. 

10. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação." Desse modo, compreendemos que o anúncio do Reino de Deus se dá mediante o testemunho de vida em obediência ao envio do Senhor.

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11. Amados irmãos e amadas irmãs, o chamado do Senhor Jesus abrange todos os foram batizados, mas isso não é algo aleatório ou por conta de cada um, tendo em vista que ele acontece no âmbito das nossas paróquias sob a custódia dos bispos, párocos e diáconos em comunhão com o santo Padre, que atualmente é o Papa Francisco. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

CUIDADO COM OS FALSOS JUÍZOS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,37-41)(17/10/23). 

1. Amados irmãos e amadas irmãs, normalmente quem vive para si mesmo se isola até na prática da fé que professa, e por isso, sofre a tentação de emitir juízos de valor contra tudo e contra todos sem jamais admitir os próprios erros. Cuidado, isso é muito perigoso para a alma, pois os falsos juízos são a porta de entrada do maligno nela.

2. Caríssimos, em nossa prática de vida frequentemente somos confrontados tendo em vista o viver que realmente agrade a Deus por estar de acordo com a sua vontade. E ninguém pode dizer que não conhece a sua vontade, pois, ela consiste em seguir a Cristo fielmente, como nos ensina são João: "Aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu." (1Jo 2,6).

3. Por isso, precisamos viver coerentemente os seus santos mandamentos, sem sermos fiscais uns dos outros na prática deles, mas sim, verdadeiros praticantes de suas normas; pois as obras de misericórdia são infinitamente superior a todos os juízos de valor que se possa emitir.

4. "Com efeito, em Jesus Cristo, o que vale é a fé agindo pela caridade," como escreveu São Paulo, pois, foi "para a liberdade que Cristo nos libertou." Por isso, "Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão" deste mundo, que são os vícios e todos os tipos de preconceitos, sempre contrários à caridade fraterna. 

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5. Decerto, amar como o Senhor Jesus nos ensina, significa perdoar tudo e a todos, porque o amor do Senhor é a única via que pacífica-nos a todos. Ora, não entender isso, é cair no abismo da incompreensão, das discórdias e divisões, que resulta nas mais terríveis lutas fratricidas, e com isso perdemos o verdadeiro sentido da vida que consiste no que o Senhor nos ensinou: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo." (Jo 15,12).

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6. O Evangelho de hoje nos mostra o exemplo oposto dessa verdade ensinada por Jesus. Um fariseu o convida para jantar em sua casa, mas logo o julga por não ter feito a ablução como de costume, no entanto, como o Senhor conhece todas as coisas, mostra-lhe o péssimo estado de sua alma, imersa na lama fétida da incoerência.

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7. De fato, quem vive julgando e condenando os outros, na verdade está apenas projetando neles os erros e contradições que cultiva com sua prática de vida. A estes diz o Senhor: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades." (Lc 11,39). 

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8. Decerto, essa sentença é do justo juiz que nos conhece por dentro e por fora, porque é o Senhor do céu e da terra. No entanto, quem diante Dele se arrepende ganha uma nova chance pra recomeçar em estado de graça; caso contrário, carregará na alma os pecados praticados como prova contra si mesmo no dia do juízo final.

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9. Por isso, muita atenção, porque muitos estão vivendo como se a sua prática de vida não fosse o seu devir eterno aqui no tempo, pois, como estamos vivendo neste mundo, é isso mesmo que seremos eternamente depois que formos julgados conforme as nossas obras.

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10. Entretanto, não podemos pensar que a salvação é obra nossa, porque seria enganar a nós mesmos, uma vez que ela é fruto do sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, que em tudo faz a vontade do Pai, como nos ensinou: "Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. (Jo 6,38-39).

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11. Portanto, caríssimos, todos sem exceção, seremos julgados, não segundo os nossos critérios, mas segundo os critérios divinos que são os santos mandamentos. Decerto, a fé consiste nisto: pôr em prática a Palavra de Deus, para usufruírmos das graças que Ele nos concede em vista da salvação de todos.

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Paz e Bem! 

Frei Fernando Maria OFMConv. 

PORQUE MUITOS SÃO CHAMADOS, E POUCOS SÃO OS ESCOLHIDOS...

 Homilia do 28°Dom do tempo comum (Mt 22,1-14)(15/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e por sua paixão, morte e ressurreição, Ele nos abriu as portas do Céu, e com o Pai nos enviou o Espírito Santo, para permanecer conosco e nos ajudar a entrar no seu banquete nupcial.

Todavia, cabe a nós acolher o seu convite por uma vida íntegra e digna das vestes nupciais que Dele recebemos no batismo.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do 28°Dom do Tempo Comum.

1. Caríssimos a liturgia deste domingo é um belíssimo convite que Deus nos faz para o banquete eterno das núpcias do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo. Na primeira leitura, por meio do Profeta Isaías, o Senhor aumenta a nossa esperança nos mostrando o que tem preparado para aqueles que o amam e aceitam o seu convite.

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2. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a seguinte parábola: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. 

3. O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: 'Já está tudo pronto, vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram." (Mt 22,2-7).

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4. Com efeito, fazendo uma analogia dessa parábola com o nosso viver neste mundo percebemos que todos, sem exceção, somos convidados pelo Senhor para participar do banquete do Seu Filho nos Reino dos céus; entretanto, por causa dos interesses mesquinhos, do apego material e do tempo perdido com futilidades e tantos outros pecados, muitos não aceitam o Seu convite.

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5. Não obstante, de uma coisa fiquemos certos, a cada momento vivido nos aproximamos do dia eterno da realização do banquete nupcial do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; a pergunta que nos fazemos é esta: estamos preparados para entrarmos no Seu festim real ou estamos perdendo tempo com as distrações e futilidades deste mundo?

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6. Escutemos, então, o que diz Senhor Jesus a este respeito: "Não seles o texto profético deste livro, porque o momento está próximo. O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais. 

7. Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras." (Ap 22,10-12). Ora, e quais são estas obras pelas quais o Senhor nos dará a recompensa? Trata-se das obras de misericórdia corporais e espirituais.

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Eis as obras de misericórdia Corporais:

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1ª Dar de comer a quem tem fome.

2ª Dar abrigo aos peregrinos.

3ª Assistir os enfermos:

4ª Dar de beber ao sedento.

5ª Vestir os nus.

6ª Socorrer os prisioneiros.

7ª Enterrar os mortos.

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Eis as obras de misericórdia Espirituais:

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1ª Dar bons conselhos;

2ª Ensinar os ignorantes

3ª Corrigir os que erram;

4ª Consolar os tristes;

5ª Perdoar as injúrias;

6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7ª Rogar a Deus pelos vivos e mortos.

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Convém lembrar que as obras de misericórdia não são uma obrigação que se nos é imposta, mas um serviço prestado ao Reino de Deus, para a salvação das almas sob a inspiração e o comando do Espírito Santo, conforme nos ensina são Paulo (cf. Ef 2,8-10; Cl 3,16-17.23-24). 

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, nada se compara à caridade oblativa, que se traduz pelo amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. É claro que não temos a solução para todos os problemas gerados pelos pecados cometidos neste mundo; no entanto, com o auxílio da graça de Deus, é possível pelo menos aliviar o sofrimento dos que estão ao nosso alcance.

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9. Peçamos ao Senhor Jesus que nos dê coragem, serenidade e determinação para servi-lo junto aqueles que mais necessitam do nosso auxílio, principalmente neste tempo tão difícil que estamos atravessando.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.