"ANTES DA ASSUNÇÃO, HOUVE MORTE"?
A morte é uma realidade presente na natureza humana, quem nasce nesse nosso habitat natural, seguramente há de morrer; porém, Aquele que criou a lei natural e todas as coisas, pode tudo, porque seu poder não tem limites, por isso, na história da salvação humana, vemos acontecimentos que transpõe os limites das leis físicas e nos dão a certeza da “Teofania Divina”, isto é, da intervenção de Deus sobre o tempo e as leis físicas que nos regem, como sinal de Sua revelação sobrenatural.
Dentre esses acontecimentos temos, no Antigo Testamento: a passagem do mar vermelho; a água que jorra da pedra em pleno deserto; o maná caído do céu como alimento para todo o povo de Deus; a queda das muralhas de Jericó, etc; já no Novo Testamento, temos: Jesus andando sobre as águas; a cura instantânea do paralítico, do homem da mão seca, da mulher com fluxo de sangue; a ressurreição da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim e de Lázaro, etc.
Todavia, no tocante à morte dos filhos e filhas de Deus, essa “Teofania” se dá no que chamamos de “páscoa”, o mesmo que passagem, ou seja, a mudança da condição de limite à condição de não limite, que é a nossa participação na Sua Glória; em outras palavras, todas as virtudes da filiação divina atinge em nós a plenitude de suas potencialidades pela graça da Redenção operada por Cristo Jesus. Ora, em se tratando da Santíssima Virgem Maria, aquela que trouxe o Salvador dos homens em seu seio, esse acontecimento se dá de imediato (Cf. At 2,31), porque Deus, em Seu Plano de amor, se uniu a Ela perfeitamente, fazendo-a experimentar a plenitude das virtudes teologais pela unidade da natureza humana com a Sua Natureza divina. Desse modo, pela ação do Espírito Santo, Deus se fez Carne no seio da Virgem Mãe; e, por esse Mistério de Amor, a fez experimentar Sua divindade plenamente, levando-a a vivenciar todos os benefícios da Encarnação do Verbo, tendo como desfecho sua Assunção aos céus.
Portanto, se antes da assunção houve morte ou não, pouco importa; o importante é que houve a “Teofania Divina”, isto é, a intervenção de Deus na Páscoa da Virgem Mãe; como nos ensina o Papa Pio XII na Constituição Apostólica “Magnificentissimus Deus”. “Neste documento, o Papa se refere as relações entre a Imaculada Conceição e a Assunção, as petições recebidas para a definição dogmática, a consulta feita ao Episcopado, a doutrina concorde com o Magistério da Igreja. Resume os testemunhos da crença na Assunção, a devoção dos fiéis e o testemunho dos Santos Padres, dos teólogos escolásticos desde os primórdios, passando depois pelo período áureo e atingindo a escolástica posterior e os tempos modernos. Pondera o fundamento escriturístico e a oportunidade da mesma, e logo pronuncia, declara e define ser dogma divinamente revelado que “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. (http://www.paroquias.org/noticias.php?n=6702).
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ASSUNTA AO CÉU (Composta pelo Papa Pio XII)
“Oh Virgem Imaculada, Mãe de Deus e dos Homens. Cremos com todo o fervor de nossa fé em Tua triunfante Assunção em alma e corpo ao céu, onde és aclamada rainha por todo o coro dos anjos e por todos os Santos, e a eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que Te exaltou sobre todas as demais criaturas: para oferecer-se a veemência de nossa devoção e de nosso amor”.
“E nós, que Te invocamos, Mãe nossa, nós Te tomamos como o fez João, como guia forte e consolo de nossa mortal vida. Nós temos a vivificante certeza de que teus olhos, que choraram na terra, banhada pelo sangue de Jesus, voltar-se-ão uma vez mais para este mundo presa da guerra, de perseguições, de opressão dos justos e dos fracos. E, em meio à escuridão deste vale de lágrimas, nós esperamos de Tua luz celestial e de Tua doce piedade, consolo para as aflições de nossos corações, para atribulações da Igreja e de nosso país.
“Cremos finalmente que na glória, na qual Tu reinas, vestida de sol e coroada de estrelas; Tu és, depois de Jesus, o gozo de todos os anjos e todos Santos. E nós, que nesta terra passamos como peregrinos, animados pela fé na futura ressurreição, olhamos para Ti, nossa vida, nossa doçura, nossa esperança. Atraí-nos para Ti com a mansidão de tua voz, para entregar-nos um dia, depois de nosso exílio, a Jesus, bendito fruto de Teu seio, ó graciosa, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.
(http://www.paginaoriente.com/titulos/dogmaass1508.htm)
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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ResponderExcluirEu Te bendigo, ó Pai, (...) porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25).
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