A AUTENTICIDADE DA FÉ...
A fé cristã católica não é uma teoria, mas uma
força divina comunicada pelo Espírito Santo para a nossa salvação; por ela
alcançamos todas as graças e bênçãos necessárias para vivermos a plena comunhão
com a Vontade de Deus. De fato, por ser dom de Deus, a fé precisa ser vivida
como tal, caso contrário, se torna pedra de tropeço para quem falsamente a
professa. Porque, não só basta dizer: “creio em Deus”, mas se faz necessário vivermos
em conformidade com o querer de Deus nos seus mandamentos e por meio do Seu
Filho Jesus Cristo; e ainda pelo exemplo dos santos e santas que seguiram Jesus
ao longo da história da salvação.
Falando a respeito da fé, a carta aos Hebreus diz
o seguinte: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que
não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos, antepassados. Pela fé
reconhecemos que o mundo foi formado pela palavra de Deus e que as coisas
visíveis se originaram do invisível”. (Hb 11,1-3). Ou seja, a fé, além de
fundamentar a esperança humana é uma fonte de conhecimento e revelação das
coisas que diz respeito a Deus e à todas as suas obras.
Ora, quando a fé é vivida falsamente?
Primeiramente, quando os homens fazem dela uma fonte de lucro; e ao que parece
isso já virou moda, visto que, descaradamente se funda uma “igreja” em cada
esquina, como se fosse uma casa de comércio ou um meio de vida; então, para
estes, eis o que diz o Senhor: “Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade,
porém quando acompanhada de espírito de desprendimento. Porque nada trouxemos
ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário,
contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas
armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam
os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o
amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se
enredaram em muitas aflições.” (1Tim 6,6-10).
Segundo, quando os dons de Deus são usados para a
autopromoção; mirem o exemplo dos propagadores da fé eletrônica: fábricas de
curas e milagres, shows da fé, sessões de descarrego e desencosto, etc.,
verdadeiro sincretismo autopromocional. Então, para estes, eis o diz o Senhor:
“Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve
manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele
que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no
templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus. A manifestação do ímpio
será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais
e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que
se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar.
Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar
no erro. Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito
à verdade, mas consentiram no mal.” (1Tess 2,3-4.9-12). "Guardai-vos,
pois, dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por
dentro são lobos arrebatadores." (Mt 7,15).
Terceiro, quando há incoerência na vivência da fé.
De fato, o homem de Deus quando fala, o faz sempre inspirado pelo Espírito
Santo, por isso o que anuncia acontece, porque é porta voz do Senhor e fala de
acordo com a sua vontade aquilo que diz respeito ao Seu Reino. Pelo contrário,
os falsos profetas falam das coisas de Deus, mas não nada se cumpre, porque os
seus interesses são outros, ou seja, muito distantes da vontade de Deus. Assim,
acumulam seguidores para si, não para o Senhor. Logo, estes terão um julgamento
mais severo, porque não entram no Reino de Deus, e ainda impedem que outros
entrem nele. (Cf. Mt 7,15.21-23; 23,1-12).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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