“CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ” (Jo 8,32).
Em meio às fraquezas humanas o homem sempre se perguntou pela verdade, isto depois do pecado; porque antes do pecado o homem não só via a Deus e falava com Ele, mas também convivia pessoalmente com Deus, porque fora criado em estado de graça, isto é, em plena comunhão com o Senhor. Ora, como o pecado é desligamento de Deus, Fonte Eterna de graça, de vida e verdade; assim, depois do pecado, o homem ficou à mercê do sopro de vida que recebera, porém, sob a supervisão de seu Criador, porque o plano de Deus sempre foi a plena comunhão de sua criatura mais eminente com Ele, que é Senhor de tudo e de todos.
Pilatos, quando do julgamento de Jesus, indagou dele: “Que é a verdade?” (Jo 18,38). Todavia, não foi capaz de olhar Jesus nos olhos, porque sabia muito bem que Jesus era inocente e estava sendo condenado injustamente, por isso, lhe deu às costas, por não aceitar a verdade que estava à sua frente. É exatamente o que está ocorrendo atualmente com a humanidade, todos sabem que Jesus Cristo é a verdade e somente Nele temos a vida eterna. Mas, a grande maioria dos homens prefere lhe dar às costas, porque não suportam a verdade, por cultivarem a mentira e o que dela resulta; assim, mergulham nas trevas do erro, servindo a satanás, o pai da mentira, por isso, amargam toda espécie de malícia, maldades e morte.
De fato, não precisamos ir muito longe para encontramos a Verdade, visto que só existimos por causa dela, desse modo, a Verdade se encontra em cada um de nós que somos sustentados por ela. Ora, diante de qualquer decisão a ser tomada por nós, a Verdade nunca deixa de estar presente – e quando digo: a Verdade, refiro-me à Deus, Criador e Pai de nossas almas – para que a encontremos e permaneçamos com ela aqui e por toda a eternamente. Logo, não podemos nos desculpar quando nossas decisões não são tomadas segundo à Verdade, que está sempre presente em todas as circunstâncias de nossa vida, nos pedindo para sermos verdadeiros.
Nós, que aqui estamos temporariamente, precisamos aprender a depender da providência divina, pois foi justamente para isto que Jesus veio até nós, para nos ensinar pela fé, a convivermos com Deus, amando-o acima de todas as coisas, e entregando-nos à Ele por meio da perfeita obediência aos seus mandamentos. Isto requer de nós renúncia de si mesmo e de tudo que nos impede tal obediência; requer ainda determinação, vida de oração, penitência, vida sacramental; escuta e prática de sua Palavra; dedicação e perseverança, isto é, nunca desanimar em meio à provações e desafios deste mundo, porque Deus não falha e cumpre tudo o que está prometido na Lei, nos profetas e nas santas Palavras de nosso Jesus Cristo, que é o autor e consumador de nossa fé católica.
Portanto, quem encontra Jesus Cristo, o Filho de Deus, encontra de igual modo a Verdade definitiva, o Caminho da perfeição que nos leva ao Reino dos Céus; e a Vida Eterna aqui e no mundo que há de vir, isto é, a Nova Criação.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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“[Em Cristo] é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade, para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo. Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória”. (Ef 1,11-14).
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“O temor do Senhor é o começo da sabedoria; sábios são aqueles que o adoram. Sua glória subsiste eternamente”. (Sl 110,10).
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