
MEU
OLHAR SOB TEU OLHAR, SENHOR... (Lc 10,25-37)
Dá-me, Senhor, por amor de teu nome enxergar as tuas criaturas como Tu as enxergas...
Pois,
o que eu vejo
nelas? Com que olhar, olho as tuas criaturas, os acontecimentos e
tudo ao meu redor? E, qual a influência de tudo isso em minha vida?
O que preciso para enxergar a essência das pessoas e das cosias com
quem me relaciono? Será que preciso dá
mais tempo para isto?
Será que é preciso a mudança dos outros ou dos acontecimentos ou
ainda minha própria mudança, para que
eu atingir o âmago de
tudo e de todos? Ó Senhor, são tantas perguntas e tão poucas
respostas que penso: creio que estou errando o alvo onde devo mirar,
para encontrar as respostas que tanto desejo.
Lançar
só um olhar não é suficiente, porque muitos enxergam somente o que
querem enxergar, ou o que lhes agrada aos olhos. Talvez seja pela
curiosidade, ou quem sabe por interesses pessoais, ou ainda porque
buscam novidades. O fato é que, “o essencial é oculto aos olhos”.
Como seria bom que o nosso olhar fosse sempre um olhar de
misericórdia,
cheio de bondade ou quem sabe um olhar de fé, de compreensão, de
sabedoria, etc...
Ao
que parece, quando olhamos os outros e não temos familiaridade com
eles, enxergamos uma ameaça ou alguém que quer tirar nossa
liberdade ou mesmo nos importunar. Ou será por que não queremos nos
comprometer? Realmente, precisamos ficar atentos, porque muitas vezes
o que vemos e
ouvimos atentamente nos leva a enxergar o que nossa miopia espiritual
teima em não querer ver.
“Vinde
e vede”, é o convite do Senhor à vida comunitária, à comunhão
fraterna. De fato, nossa experiência existencial nos diz que
precisamos conhecer melhor para nos relacionar melhor, principalmente
aquilo que o amor nos ensina. A visão de Deus em nossa vida se dá
pela obediência, que significa para nós amor e fidelidade aos seus
mandamentos. Quando temos familiaridade com o Senhor, agimos a partir
de sua vontade em nossa vida, porque tudo o que Deus nos ensina é
agradável e nos faz bem. E para que isso aconteça, Deus nos deu o
dom da oração como a maneira mais fácil de termos familiaridade
com Ele, pois a oração é para a nossa alma, olhos, ouvidos e boca.
Por Ela, falamos com o Senhor, ouvimos sua vontade e contemplamos sua
glória.
O
que ou quem você encontra em sua oração? Com efeito, a experiência
de Deus é permanente nós é que a interrompemos com nossas
desventuras e infortúnios. Olhar o Sagrado com os olhos de nossa
alma pela oração é contemplar a Deus e participar de suas
maravilhas diretamente, pois a maior alegria da alma é ver a Deus
face a face e permanecer imersa Nele. Assim, posso dizer em minha
oração: Senhor, quando olho para Ti, não me falta nada, porque em
Ti tenho tudo.
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria, OFMConv.
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