
QUEM
SOMOS NÓS SEM CRISTO?
O que temos neste mundo? A vida natural, um
tempo para vivê-la; algumas coisas materiais conquistadas; algum tempo para a
família, trabalho; e também para viver a fé; um tempo para amizades,
divertimentos, etc. O fato é que nem sempre sabemos dividir corretamente o
nosso tempo. Assim, priorizamos mais o que decidimos que é o melhor, o que nos
convém; mas nem sempre nos damos bem com isso, pelo contrário, quase sempre
perdemos tempo com vícios e outros malefícios da vida hodierna; e o que é
essencial mesmo, na verdade, deixamos de lado.
Todavia, quando damos uma pausa e
analisamos nosso comportamento, vemos que perdemos muito da vida e daqueles que
amamos ou deveríamos amar mais; e assim o sofrimento aparece, cresce e se
multiplica; e o pior é que no mais das vezes não sabemos como reconquistar o
tempo perdido pela nossa vida desregrada; isso acontece, talvez, por causa de
nossa insensatez e egoísmo, ou inda por causa da cegueira espiritual que cultivamos
por não vivermos a fé devidamente.
Não podemos esquecer que nossa vida neste
mundo é uma resposta que estamos dando a Deus; e essa resposta precisa ser uma
resposta de amor, que realmente convença o Senhor, para que obtenhamos todas as
graças que Ele dispôs a nosso favor. Quando lemos São Paulo sobre isto,
entendemos melhor o que significa essa resposta: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu
nos abençoou com toda benção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da
criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”.
(Ef 1,3-4).
Não temos como duvidar que a vida é um
grande presente que Deus nos deu. Por isso, não podemos nos desligar Dele nunca,
porque Ele é a Fonte que alimenta nosso ser e bem estar no mundo. Sem Ele a
vida seca, se esvai e tudo que foi feito para o bem, torna-se presa fácil do
mal, que se faz presente em todos os que se deixam levar pelos seus conselhos
maléficos.
De fato, é como nos ensina o Salmo
primeiro: “Feliz o homem que não procede
conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se
assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do
Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das
águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais.
Tudo o que empreende, prospera. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha
que o vento leva. Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os
pecadores na assembleia dos justos. Porque o Senhor vela pelo caminho dos
justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição”.
Então, o que estamos esperando do nosso pós-morte?
Ou seja, como será a eternidade de nossas almas após nossa páscoa? Bem, se a
resposta de nossa vida for uma reposta de amor a Deus acima de todas as coisas,
é sinal de que ressuscitamos com Cristo e vivemos a fé da ressurreição; em
outras palavras, desde já, vivemos a dimensão da salvação eterna que Deus
preparou por Seu Filho Jesus Cristo, para aqueles que o amam. Porém, se a nossa
resposta for um não a Deus em todos os sentidos, é sinal que atraímos o castigo
que pesa sobre os rebeldes contumazes que fazem de sua vida um antro de
perdição.
A vida sem Cristo não é vida, é morte; a
vida em Cristo é eterna. De que lado nós estamos? De fato, cabe a nós tomarmos essa
decisão. Mas, por que é assim? Porque a vida nos ensina que, quem planta, colhe
o que se plantou. Desse modo, entendemos que no pós-morte, só existe a colheita
e o que se sucede a ela, o juízo final, como nos ensinou o Senhor (cf. Mt
25,31-46). Portanto, “Não nos cansemos de
fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso,
enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos
irmãos na fé”. (Gal 6,9-10).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.
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