VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

JESUS E A PRÁTICA PENITENCIAL...



PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 5,33-39)(03/09/21)

Caríssimos, a nossa vida é cheia de oportunidades para vivenciarmos a caridade de Cristo sempre que nos deixamos conduzir por Ele, e isso não é somente uma regra de conduta, mas também um exercício espiritual que faz bem às nossas almas, porque são sinais da presença do Senhor em todo o nosso modo de ser e estar no mundo. Aliás, o nosso viver de cada dia, é um reflexo do nosso viver eterno. 

De fato, de nada adiante professar a fé sendo intransigente e inoportuno, querendo impo-la aos outros, pois, como nos ensinou o Senhor: "Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha." (Lc 5,36). Ou seja, os exemplos falam mais alto do que as palavras. 

De certo, quem não se exercita na prática do amor fraterno, por meio das obras de misericórdia, de cordialidade e gentileza para com os demais, torna-se intransigente, cheio preconceitos advindos dos falsos juízos, ocupando-se mais com o proceder alheio do que em dar bons exemplos à serem seguidos; de modo que, podem até fazer exercícios penitenciais como jejuns e longas orações, mas ficam sem frutos, por falta de caridade, e do amor fraterno.

São João Cassiano, fundador do Mosteiro de Marselha, narrou uma experiência que teve ao visitar os monges da Palestina: "Tínhamos deixado a Síria e aproximávamo-nos da província do Egito, desejosos de aprender os princípios dos monges antigos, espantados com a grande cordialidade com que éramos recebidos. Contrariamente ao que nos tinham ensinado nos mosteiros da Palestina, ali não se observava a regra de se esperar o momento fixado para as refeições, mas, exceto à quarta e à sexta-feira, onde quer que fôssemos, quebravam o jejum.

Um dos anciãos a quem perguntámos porque era que, entre eles, se omitiam frequentemente os jejuns quotidianos, respondeu-nos: «O jejum está sempre comigo, mas a vós, de quem vou despedir-me em breve, não poderei guardar-vos sempre comigo. E o jejum, embora útil e necessário, é um presente voluntário, ao passo que as obras de caridade são uma exigência absoluta do preceito. 

É por isso que, acolhendo em vós a Cristo, eu restabeleço os alimentos; depois de me ter despedido de vós, poderei compensar em mim, através de um jejum mais estrito, a cortesia que tive convosco em atenção a Cristo. Na verdade, os companheiros do noivo não podem jejuar enquanto o noivo está com eles; fá-lo-ão quando ele partir».

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.
 

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