PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,26-34)(28/01/22)
Amados irmãos e amadas irmãs, vivemos envoltos pelo Mistério de Deus que se nos dá a conhecer por Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que nos comunica a graça da nossa participação na Sua Natureza Divina. Bem como nos ensinou são João: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isso se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem essa esperança torna-se puro, como ele é puro." (1Jo 3,1-3). Ou seja, pela graça do santo batismo renascemos da água e do Espírito Santo para darmos os frutos da filiação divina.
No Evangelho de hoje o Senhor Jesus faz uma belíssima analogia entre o Reino de Deus, o seu crescimento dentro de nós; e o terreno em que o agricultor semea a semente e espera pacientemente que produza os frutos desejados não obstante as intempéries das situações climáticas. É isto o que acontece no mais íntimo de nossas almas quando nos dispomos quais terrenos fecundos que recebem a semente do Reino de Deus para dar frutos cem, cessenta, e trinta por um.
De certo, como então se dá esse crescimento? Como tudo na prática da fé, ele se dá pela ação da graça de Deus que nos faz crescer nas virtudes eternas à medida que as vivenciamos, pois, a fé nada mais é do que a prática da Palavra do Senhor Jesus, como Ele nos ensinou em seu colóquio com os Apóstolos: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando." (Jo 15,14).
Portanto, caríssimos, crescer em estado de graça significa assemelhar-se a Cristo, como nos ensinou são João: "Aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu." (1Jo 2,6). Ou seja fazendo em tudo a vontade do Pai, presente totalmente no Seu Filho pelo Espírito Santo que atualiza a sua presença no meio de nós.
Destarte, segundo o Beato Maria Eugénio do Menino Jesus (séc. XIX): a nossa união com Cristo resulta na "Divinização da natureza humana, tornando-nos filhos de Deus, encarnação da vida divina, tornando-nos cristãos -- eis o duplo realismo que a união transformadora promove quando é verdadeira e autenticamente cristã."
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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