PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,26-34)(29/01/22)
Caríssimos, a fragilidade humana por si só já pede por segurança e bem estar; desde o nosso nascimento dependemos cem por cento de tudo em todos os sentidos para sobreviver, e assim será até o fim dos nossos dias neste mundo, por mais poder adquirido ou habilidade que tenhamos, visto que tudo se encaminha para a morte natural diante da qual nos sentimos impotentes. Por isso mesmo, precisamos viver da graça de Deus, porque somente Ele é que nos sustenta e nos preenche totalmente.
Com efeito, esta liturgia de hoje nos tranquiliza ao mostrar que quando temos Jesus no barco de nossa vida, por maior que seja a tempestade que estejamos atravessando, basta que o chamemos para logo escutarmos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” De fato, quando confiamos nas nossas forças, por mais hábeis que sejamos na arte de governar a nossa vida, qualquer tempestade mais forte nos abala, nos leva ao medo e a insegurança.
Porém, quando depositamos a nossa confiança no Senhor Jesus e vivemos em comunhão com Ele por meio da oração, dos Sacramentos, da prática das virtudes eternas, da partilha fraterna dos bens e de tudo o que Dele recebemos, tudo se torna calmaria em nosso viver, porque deixamos de confiar em nós mesmos, para nos apoiar no aconchego do Seu amparo, como uma criança se sente segura nos braços de sua mãe.
De certo, este mundo é um mar revolto prestes a tornar-se um grande tsunami destruindo tudo e todos; e isso nos leva a crer que as tempestades advindas dos pecados aqui praticados só tende a piorar a situação desse mar revolto. Por isso, sejamos vigilantes, como nos ensina são Paulo: "orando a todo instante" a fim de que o Senhor Jesus nos tranqulize com a sua presença no barco de nossas almas, de modo que, nada nos abale nem impeça de Nele confiarmos totalmente.
Portanto, caríssimos, prestando atenção nesse episódio do Evangelho de hoje, veremos quão terrível foi a tempestade que envolveu os Apóstolos naquela noite sombria a ponto de os aterrorizar e os levar dizer ao Senhor: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria."
Destarte, também nós estamos passando pelo mar tenebroso deste mundo em direção à outra margem, isto é, o Reino de Deus, porém, não podemos esquecer que o Senhor Jesus vai singrando conosco na barca da Santa Igreja e Ele como timoneiro mor jamais deixará que ela afunde, pelo contrário, fará cessar todas as tempestades que atentam contra ela que abriga seus filhos e filhas rumo ao porto seguro da salvação eterna.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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