Homilia do 5°Dom da Páscoa (Jo 13,31-33a.34-35)(15/05/22)
Caríssimos, olhando este mundo repleto de sofrimentos e dores, de tanta maldade e desamor; de tanta perversão e destruição dos bons costumes, pensamos que não há mais salvação para ele.
De fato, se confiarmos em nós mesmos e nas nossas pretensas soluções, estaremos perdidos, porque é impossível vencer o maligno pondo em prática as suas perversas sugestões.
Com efeito, no Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina que o amor é a única fonte de salvação, contanto que nos amemos como Ele nos ama.
De fato, este mandamento existe desde o Antigo Testamento, porém, ele é novo na sua prática, como Ele nos ensina: "Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem." (Mt 5,43-44).
De certo, este nosso mundo está se destinando à perdição eterna, e quem sabe até vivendo seus últimos momentos por conta dos pecados nele praticados. Todavia, Deus nos ama e jamais nos abandona, por isso, enviou o seu Filho amado para nos salvar do pecado e da condenação eterna, por seu sacrifício de cruz.
Desse modo, compreendemos que a sua morte e ressurreição não foram em vão e continua a sua ação salvífica até o fim do mundo, tal como Ele nos ensinou: "Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido. Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lc 19,10; Lc 15,7).
Portanto, caríssimos, nesta guerra espiritual que estamos lutando existem dois lados e não tem meio termo: o primeiro deles é a escravidão do pecado e a morte, cujo representante é o maligno; o outro lado, é o novo mandanto do amor que o Senhor Jesus nos ensina como arma espiritual para vercermos esta guerra, tendo à nossa frente Ele mesmo que nos livra de todo o mal.
Destarte, de que lado nós estamos? A resposta a essa pergunta se encontra na vivência do nosso batismo, que é a nossa consagração total a Cristo, para perseverarmos com Ele em estado de graça, e assim vivermos o amor incondicional que nos concede como Fonte inesgotável da nossa salvação.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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