Homilia do 33°Dom do Tempo Comum (Lc 21,5-19)(13/11/22)
Caríssimos, por mais que digamos que a segunda vinda de Cristo é iminente, dado os acontecimentos adversos e todo tipo de catástrofe natural ou causada pelos homens, nenhum de nós tem essa certeza, pois, o Senhor não nos deu uma data precisa, mas disse apenas que está reservado somente a Deus Pai: "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai." (Mt 24,36).
Com efeito, vivemos em meio a todo tipo de violência e agressões, e ao que parece a capacidade humana recebida de Deus para fazer o bem, está sendo usada na prática de todo espécie de maldade, é como se a vida não tivesse nenhum sentido de ser; como se tudo o que vivemos se resumisse ao tempo natural que temos e nada mais, é como se para muitos não houvesse a eternidade após a morte.
De fato, "a existência humana é marcada pelo senso de finitude. Às vezes, isso é apresentado como uma catástrofe iminente que causa consternação; mais frequentemente é percebido como um presságio sombrio que já pinta o nascer do sol com as cores do pôr do sol.
O fim do mundo vai acontecer, mas como e quando não podemos saber. O próprio Jesus não prevê um prazo preciso, mas nos convida a esperar, comprometendo-nos a manter viva a fé, apesar dos muitos obstáculos e provações dolorosas que cada geração de crentes terá que enfrentar.
O cristão não pode e não deve tornar-se pessimista, porque sabe que precisamente em tais situações de conflito o Reino de Deus vem e se realiza. De Cristo temos o ensinamento e o exemplo incomparável a que nos conformamos, mas sobretudo temos nele a fonte da graça para viver cada situação de prova como evento de salvação.
Toda a autoridade lhe foi dada sobre o céu e a terra, por isso, se o ouvimos caminhamos para a vida e a alegria. Se as buscamos Nele, já temos um antegozo delas, e na vida eterna, as possuiremos plenamente." (Ir Anna Maria Cànopi).
Portanto, caríssimos, quando o Senhor Jesus vier na sua glória, "Deus concederá ao seu povo a plinitude prometida. Uma promessa de vida tal que nada mais haverá de comum entre o mundo presente e o novo paraíso. Uma nova terra, novos céus. Um coração novo tornará o homem sensível a ação do Espírito Santo." (MR).
Destarte, estamos no tempo da Igreja que é a parte visível do Reino de Deus neste mundo; e quando esse tempo acabar, conforme determinado por Deus Pai, então, o seu Filho Jesus Cristo virá na sua glória com os seus anjos e tudo será consumado de acordo com os seus desígnios, bem como rezamos no creio: "Cristo virá para julgar os vivos e os mortos e o seu Reino não terá fim."
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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