PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 7,1-10)(16/9/24).
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1. Caríssimos, na vivência da fé e em nossas orações temos muito a aprender, e isso porquê, no mais das vezes, rezamos conforme os nossos interesses, querendo que se faça a nossa vontade. De fato, quando rezamos com o coração, isto é, com nossa consciência, é nela que Deus nos fala e responde às nossas orações.
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2. Decerto, precisamos compreender que Deus é o nosso Criador e nós somos suas criaturas, e exatamente por isso, é um imenso privilégio encontra-lo e falar com Ele cheios de reverência, como vimos no Evangelho de hoje na oração do Centurião, feita com humildade e confiança inabalável.
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3. Com efeito, a nossa interação com o Senhor Jesus sem dúvida acontece por meio da oração como encontro, isto é, num diálogo amoroso, em que falamos com Ele, mas também o escutamos, e não apenas expondo o que queremos, mas sim, desejando fazer a vontade do Pai como Ele o fez.
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4. Muitos dizem: eu rezo tanto e não recebo, porém, não percebem que rezar não é só pedir, mas sim, interagir, dialogar, louvar, agradecer, adorar, ter consciência da infinita grandeza de Deus, e reconhecer que sem Ele nada somos, nada podemos, e que só existimos por conta da Sua Divina Misericórdia.
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5. Escutemos, então, o que disse são Pedro a esse respeito: "Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós." (1Pd 5,6-7).
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6. Ora, isso corrobora com o que nos ensinou o Senhor Jesus: "Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado." (Lc 14,11). De fato, precisamos amar o Senhor de todo o nosso coração, querendo sempre o seu querer, pois, o seu querer é o único que nos dá a vida eterna.
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7. Desse modo, as nossas orações são atendidas porque nascem da necessidade de amar a Deus sobre todas as coisas e amar-nos uns aos outros como a nós mesmos. Pois, sem essa humilde condição nos pomos diante de Deus como se Ele dependesse de nós; e não nós dependêssemos Dele.
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8. Portanto, caríssimos, rezar é como respirar; pois, assim como a vida natural depende cem por cento do ar que respiramos, de igual modo, a vida sobrenatural depende do ar da graça do Espírito Santo, que vem até nós pelos pulmões da nossa oração; uma alma que não reza, morre de inanição espiritual, porque não encontra Deus, não interage com Ele, não o ama e nem se deixa amar por Ele.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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