PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 13,1-9)(23/10/21)
Caríssimos, quem põe sua vida à disposição da vontade de Deus, dá sempre frutos de conversão e salvação, porque acolhe com amor os seus ensinamentos como adubos que fecundam a alma para dar os frutos das graças recebidas. Por outro lado, quem não se põe disponível à vontade de Deus, continua estéril como a figueira da parábola contada por Jesus no Evangelho de hoje.
Com efeito, na primeira leitura são Paulo nos ensina que fomos libertados por Cristo para vivermos segundo o Espírito Santo presente em nossas almas, por isso, não é livre ainda que vive segundo a carne, ou seja, segundo à própria vontade: "Irmãos, não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito que dá a vida em Jesus Cristo te libertou da lei do pecado e da morte." (Rm 8,1-2).
De fato, "A verdadeira liberdade consiste, então, viver em Cristo, participando de sua própria vida, que goza de uma liberdade suprema, já que não está sujeita a nenhuma lei, exceto a lei do amor. Sendo assim, o Espírito Santo se põe no centro de nossa existência, impedindo que outras forças nos condicionem, algo que é impossível à Lei Mosaica, já que é uma realidade externa, e nisto consiste sua maior limitação." (Fra Salvatore).
Daí, continua são Paulo: "Os que vivem segundo a carne aspiram pelas coisas da carne; os que vivem segundo o Espírito, aspiram pelas coisas do Espírito. Na verdade, as aspirações da carne levam à morte e as aspirações do Espírito levam à vida e à paz. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós." (Rm 8,5-6.8).
Portanto, caríssimos, escutemos o Papa Francisco a respeito da nossa cooperação com a Divina Misericórdia: "Todos temos necessidade de nos converter, de dar um passo em frente, e a paciência de Deus, a misericórdia, acompanha-nos nisto. Não obstante a esterilidade, que às vezes marca a nossa existência, Deus tem paciência e oferece-nos a possibilidade de mudar e fazer progressos no caminho do bem.
Por isso, "Podemos confiar infinitamente na Sua Misericórdia, mas sem abusar dela. Jamais devemos justificar a preguiça espiritual, mas aumentar o nosso esforço para correspondermos prontamente à esta Misericórdia com sinceridade de coração." (Papa Francisco, Angelus, 24/03/19).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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