PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 18,35-43)(15/11/21)
Caríssimos, a liturgia de hoje nos apresenta o encontro do cego Bartimeu e Jesus que se dirigia a Jericó a caminho de Jerusalém, circundado por uma grande multidão que o acompanhava. Ora, esse encontro tem muito a nos ensinar, porque às vezes também nos sentimos cegos à beira do caminho da vida eterna cheios de espectativas em busca da cura para nossa cegueira espiritual por não enxergarmos as graças que nos são dadas pelo Senhor que está sempre conosco (cf. Mt 28,20).
Com efeito, quais os ensinamentos que tiramos desse encontro? Se notarmos bem veremos que Bartimeu havia perdido a vista, mas não a esperança de enxergar; pois, ouvira falar de um certo Jesus de Nazaré que era da descendência do Rei Davi, mas não o conhecia ainda, porém, acreditava que ele o poderia curar da cegueira e o libertar da miserável condição em que vivia.
De fato, quando ouviu que o Senhor Jesus passava diante de si, mais que de repente deixou aflorar a fé e todas as suas espectativas, não obstante a pressão de alguns da multidão que queriam calar sua oração e impedir o seu encontro com o Senhor Jesus. Ora, imaginem se ele fosse dar ouvidos aos que lhe desincorajavam, certamente não seria curado nem teria encontrado Jesus pessoalmente e nem teria escutado a sua Palavra de cura e salvação, como ouvimos no relato.
De certo, se fizermos uma analogia sobre o tema da cegueira espiritual dos homens e mulheres desse nosso tempo, tão confuso, descrente e indiferente, entenderemos o quanto precisamos anunciar o Senhor Jesus com o nosso exemplo de vida e também com as palavras se for preciso, para que todos façam a mesma experiência que fez o cego Bartimeu, que depois seguiu Jesus pelo caminho louvando e agradecendo a Deus por sua nova condição de vida recebida nesse encontro.
Portanto, caríssimos, também hoje somos sufocados por todos os meios que o maligno e os seus sequazes usam tentando impedir o nosso encontro com o Senhor Jesus e o Seu santo modo de agir em nossa vida; ora, basta analisarmos quanto tempo damos às distrações; e quanto damos a vida de oração e meditação da Sua Palavra; o quanto conversamos entre nós das coisas deste mundo, e/ou das coisas eternas; se fazemos silêncio interior para escutar o Senhor ou nos deixamos invadir pelo barulho deste mundo a ponto de não poder ouvi-lo.
Destarte, a exemplo do cego Bartimeu, que quanto mais era sufocado pela multidão mais gritava o nome de Jesus, tenhamos também a mesma atitude quando sufocados pelas distrações e barulhos deste mundo, para que ao ser chamados por Jesus deixemos tudo para ouvi-lo e segui-lo a caminho da vida eterna louvando e agradecendo a Deus pela salvação que Dele recebemos.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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