Homilia do 28°Dom do Tempo Comum (Lc 17,11-19)(09/10/22)
Amados irmãos e amadas irmãs, somos tentados de todos os lados porque fomos amados até a última gota do sangue Redentor de Cristo, o Filho de Deus, ou seja, fomos redimidos e ninguém pode tirar isso de nós a não ser nós mesmos pelos nossos pecados.
Porém, como nos ensinou são Paulo: "Merece fé esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negarmos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo."
Meditemos com amor e atenção esta Homilia do 28°Dom do Tempo Comum.
Caríssimos, no Evangelho de hoje dez leprosos pediram ao Senhor: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano."
Com efeito, "o ensinamento que tiramos desse episódio está na atitude dos leprosos. Eles observam a lei (vv. 12-13; Lev. 13,45-46), obedecem à palavra de Jesus, porque é cumprimento da lei (v. 14; Lev. 14,1-2), mas, se julgam curados por serem observantes, consideram-se merecedores.
E assim são a imagem fiel de muitos cristãos, presos a um legalismo mortal (Rm 9,30-32;10,13). No entanto, um deles reconhece que tudo é sempre e exclusivamente dom da bondade de Deus que se revela em Jesus; volta a ele e recebe a palavra de salvação: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”. (MR).
Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Nós também precisamos de cura, todos nós. Precisamos ser curados da desconfiança em nós mesmos, na vida, no futuro; de muitos medos; dos vícios dos quais somos escravos; de tantos fechamentos, vícios e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao celular, ao julgamento dos outros.
O Senhor liberta e cura o coração, se o invocarmos, se lhe dissermos: “Senhor, creio que podes curar-me; cura-me dos meus fechamentos, liberta-me do mal e do medo, ó Jesus”. De fato, chamar pelo nome é sinal de confiança, e o Senhor gosta disso. A fé cresce assim, com invocação confiante, levando a Jesus o que somos, de coração aberto, sem esconder nossas misérias. Invoquemos o nome de Jesus com confiança todos os dias, pois seu nome significa: Deus salva.
A salvação não é beber um copo d'água para ficar em forma, é ir até a fonte, que é Jesus. Só ele liberta do mal e cura o coração, só o encontro com ele salva, torna a vida plena e bela. Quando encontramos Jesus, o “agradecimento” nasce espontaneamente, porque descobrimos que o mais importante da vida, não é receber uma graça ou resolver um problema, mas é abraçar o Senhor da vida.
E esta é a coisa mais importante: abraçar o Senhor da vida. Pois, o culme do caminho de fé é viver dando graças."
Amados irmãos e amadas irmãs, a graça da salvação é para todos, pois o Senhor Jesus é o Salvador da humanidade pecadora, resta-nos o arrependimento sincero para voltarmos ao seu convívio de amor.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos. Amém! Assim seja!
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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