PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,20-26)(15/06/23)
Caríssimos, existe uma tendência humana de querer entender tudo conforme os próprios critérios e quando o que julgam não são conformes esses critérios ficam confusos e rejeitam, ou então, não dão a importância devida principalmente ao que diz respeito a fé em Cristo, Filho de Deus vivo. Ora, não podemos esquecer que somos apenas um sopro e que dele dependemos naturalmente cem por cento. Portanto, não são os critérios humanos que prevalecem, mas sim os critérios Daquele que nos dá a vida eterna.
São Paulo, na primeira leitura de hoje, nos ensina que a verdadeira liberdade é aquela que vem do Senhor e que é gerada pela presença do Espírito Santo em nossas almas: "Pois, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade." (2Cor 3,17). Desse modo, compreendemos que é a nossa permanência em Cristo que nos faz livres por meio do Santo Espírito que em nós habita.
Com efeito, tudo o que foi revelado no Antigo Testamento o foi em preparação para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo Jesus, e uma vez que que Ele se faz presente no meio de nós, é Deus mesmo quem nos fala por meio Dele diretamente sem nenhuma dúvida de qual seja a sua vontade. Desse modo, ouvir o Senhor Jesus, é ouvir o próprio Deus, como Ele mesmo disse: "Eu e o Pai somos um." (Jo 10,30).
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São Francisco de Assis na Regra não bulada escreveu: "Todos os irmãos terão o cuidado de não caluniar ninguém e de evitar discussões. Pelo contrário, tentarão, com a graça de Deus, guardar silêncio. Não discutirão entre si nem com outras pessoas, mas esforçar-se-ão por responder humildemente: «Somos servos inúteis» (Lc 17,10).
Não se irritarão: «Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar "imbecil" será réu diante do sinédrio; e quem lhe chamar "louco" será réu da Geena do fogo». Amar-se-ão uns aos outros, conforme a palavra do Senhor: «O que vos mando é que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15,12).
Testemunharão o amor que devem ter uns pelos outros com atos, conforme as palavras do apóstolo João: «Não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e de verdade» (1Jo 3,18).
Não ultrajarão ninguém; não difamarão, nem denegrirão ninguém; porque está escrito que o Senhor odeia os «bisbilhoteiros e os maldizentes»; serão modestos, «dando sempre provas de amabilidade com todos os homens» (Tt 3,2; Rm 1,29-30).
Não julgarão nem condenarão, como diz o Senhor (cf Lc 6,37). Não julgarão sequer os menores pecados dos outros, mas refletirão sobre os seus próprios pecados na amargura do seu coração (cf Is 38,15). Esforçar-se-ão por entrar pela «porta estreita», pois o Senhor diz: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir» (Lc 13,24; Mt 7,13-14).
"Portanto, caríssimos, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. (Cl 3,12-14).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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