FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA (Lc 2,22-40)(31/12/23)
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1. Caríssimos, a Igreja hoje celebra a Festa da Sagrada Família com a apresentação do menino Jesus no templo; essa festa nos revela de modo especial a dinâmica do encontro com o Senhor, Ele que nos ilumina com a sua luz eterna, para que o sigamos fielmente rumo ao encontro com o nosso Pai celestial.
2. Com efeito, encontrar o Senhor Jesus neste mundo é encontrar a felicidade eterna, como vimos acontecer com Maria, José, Simeão, Ana, os Apóstolos e todos que o seguiram. Pois, conforme profetizado por Isaías (cf. Is 7,14): Jesus é Deus conosco (Emanuel); Aquele que tudo criou e governa, porém, quis tornar-se humano para nos fazer participantes da Sua Natureza Divina; e assim nos dar a sua imortalidade.
3. Meditemos, então, como se dá essa dinâmica do encontro com o Senhor Jesus. Da parte de Maria Santíssima é mais do que um encontro, é união mística da criatura com o Seu criador que quis nascer de seu ventre por obra e graça do Espírito Santo; da parte de José é acolhida paterna, pois, o adotou como seu Filho conforme o anjo lhe dissera e assim o apresenta no templo juntamente com Maria, sua Mãe Santíssima.
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4. Da parte de Simeão é encontro profético, pois foi escolhido por Deus para apresentá-lo no templo como sacerdote, como vítima e altar, e assim profetizar os acontecimentos futuros, iluminado pela Luz do Espírito Santo.
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5. Da parte de Ana, é coroamento por toda sua vida dedicada ao serviço do Senhor, como vemos no Evangelho: "Ela não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações." Por isso, ao encontrá-lo pessoalmente, o anuncia de imediato à todos que o esperavam.
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6. Portanto, caríssimos, só é livre neste mundo àqueles que são conduzidos pelo Espírito do Senhor e o seu santo modo de agir (cf. 2Cor 3,17; Rm 8,12-14), como aconteceu com Simeão e Ana que encontraram a Sagrada Família no templo e confirmaram a sua fé e esperança na vinda do Messias.
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7. Destarte, Simeão e Ana representam todos os discípulos que esperam devotamente a segunda vinda de Cristo, isto é, a Sua Parusia, como nos ensina são Pedro: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém.
8. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. (2Pd 3,10-13).
Por fim, meditemos então com esta Alocução do Papa São Paulo VI:
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9. "Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
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10. Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.
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11. Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo. Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré!" (Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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