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1. Caríssimos irmãos e irmãs, no atual momento o mundo vive o tormento da guerra e dos rumores de guerra, que é um dos sinais do fim dos tempos; por outro lado e de certo modo, está havendo um dispertar, um desejo de mudança, ou seja, de viver mais intensamente a fé, por parte daqueles que a professam, pois, o inimigo é invisível e dele só vemos os efeitos maléficos.
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2. A liturgia de hoje nos revela o que Deus tem preparado para aqueles que o amam, ou seja, novos céus e uma nova terra onde reinará o amor, a verdade, a justiça e a paz; onde Deus será tudo em todos como profetizou Isaías (cf. Is 65,17-21). Ora, só em pensar que o mal não mais existirá, já sentimos um profundo alívio, e o desejo de que a Parusia do Senhor aconteça o mais breve possível.
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3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos faz um alerta: "Se não virdes milagres e prodígios, não credes". (Jo 4,48). Ora, esse alerta do Senhor revela a nossa fragilidade e como supera-la pela confiança inabalável na Sua Palavra como o fez o servo do rei.
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4. Rezemos então com o Salmo responsorial de hoje: "Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes quando estava já morrendo!
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5. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
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6. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!" (Sl 29).
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7. Destarte, meditemos com esta linda poesia de São Gregório de Narek: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo" (Jl 3,5; Rom 10,13).
Quanto a mim, não só O invoco
mas, acima de tudo, creio na sua grandeza.
Não é pelos seus dons
que persevero nas minhas súplicas:
é porque Ele é a vida verdadeira
e é nele que respiro;
sem Ele não há movimento nem progresso.
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8. Não são tanto os laços de esperança,
mas os laços do amor que me atraem.
Não é dos dons,
é do Doador que tenho perpétua nostalgia.
Não é à glória que aspiro,
é ao Senhor glorificado que quero abraçar.
Não é de sede da vida que constantemente me consumo,
é da lembrança daquele que dá a vida.
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9. Não é pelo desejo de felicidade que suspiro,
que do mais profundo do meu coração rompo em soluços;
é porque anelo por Aquele que a prepara.
Não é o repouso que procuro,
é a face daquele que aquietará o meu coração suplicante.
Não é por causa do festim nupcial que feneço,
é pelo anseio do Esposo.
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10. Na expectativa segura do seu poder
apesar do fardo dos meus pecados,
creio, com esperança inabalável,
que, confiando-me na mão do Todo-Poderoso,
não somente obterei o perdão, mas O verei em pessoa,
pela sua misericórdia e a sua piedade
e que, conquanto mereça ser proscrito,
herdarei o Céu. (São Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge, poeta arménio. O Livro das Orações, 12, 1; SC 78, 102).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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