Homilia do 14° Dom do Tempo Comum (Mc 6,1-6)(07/7/24)
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1. Caríssimos, o Senhor está sempre atento às nossas súplicas e conhece as nossas necessidades, por isso, nos atende sempre que o invocamos e nos liberta de tudo o que tenta impedir a nossa comunhão com Ele e entre nós. Todavia, precisamos acolher a sua Palavra e as suas ações, por meio da fé que Dele recebemos, para po-las em prática.
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2. Com efeito, a prática da fé é uma luta constante que travamos contra o mal, como escreveu São Pedro: "Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé." (1Pd 5,8-9).
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3. De fato, as ações do maligno são conhecidas pelos efeitos negativos que causam às almas que se deixam atingir por elas. Ora, uma dessas ações é a indiferença que gera a incredulidade e impede as almas de receberem as graças de Deus, por isso, nunca nos deixemos atingir por ela, pois, a confiança no Senhor é o elo que nos une a Ele para sempre.
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4. Desse modo, quando falhamos, o Senhor nos encoraja e nos fortalece por meio do Sacramento da Confissão nos fazendo voltar ao estado de graça que Ele nos concede à medida que nos arrependemos e somos perdoados para perseverarmos até o fim na luta contra o pecado.
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5. No Evangelho de hoje, vimos que os concidadãos de Jesus se deixaram atingir pela incredulidade, pelo preconceito e o juízo de valor, por isso, não o aceitaram quando se revelou como o Messias enviado pelo Pai; todavia, frente à rejeição preconceituosa apresentada por eles, lhes disse: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares."
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6. "E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles." Ou seja, a primeira coisa que a incredulidade faz numa alma é desqualificar a autenticidade das Palavras e das ações divinas para confundir os que crêem.
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7. Portanto, caríssimos, ninguém ganha uma luta usando as armas erradas, por isso, muito cuidado com tais armas, pois, "Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo." (2Cor 10,4-5).
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8. Comentando o Evangelho de hoje, disse o Papa Bento XVI: "Parece que Jesus está - como dizem - fazendo pouco caso da má recepção que encontra em Nazaré. Em vez disso, no final da história, encontramos uma observação que diz exatamente o contrário. O evangelista escreve que Jesus "se maravilhou com a incredulidade deles" (Mc 6,6). O espanto dos concidadãos, que estão escandalizados, é igualado pela admiração de Jesus.
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9. Ele também está, de certa forma, escandalizado! Embora saiba que nenhum profeta é bem-vindo em casa, o coração fechado de Seu povo permanece escuro, impenetrável para Ele: como é possível que eles não reconheçam a luz da Verdade? Por que eles não se abrem para a bondade de Deus, que quis compartilhar nossa humanidade?
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10. De fato, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, Nele Deus habita plenamente. E embora sempre busquemos outros sinais, outras maravilhas, não percebemos que o verdadeiro sinal é Ele, Deus feito carne, Ele é o maior milagre do universo: todo o amor de Deus encerrado em um coração humano, em um rosto humano.
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11. Quem realmente compreendeu essa realidade foi a Virgem Maria, bem-aventurada porque acreditou (cf. Lc 1,45). Maria não se escandalizou com seu Filho: sua admiração por Ele é cheia de fé, cheia de amor e alegria, ao vê-lo tão humano e ao mesmo tempo tão divino. Aprendamos, portanto, com ela, nossa Mãe na fé, a reconhecer na humanidade de Cristo a perfeita revelação de Deus."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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