Homilia do 16° Dom do Tempo Comum (Mc 6,30-34)(21/7/24)
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1. Caríssimos irmãos e irmãs, nós que fomos batizados, recebemos do Senhor a graça da participação no Seu Reino de amor; por isso, temos como missão, e empenho de toda a vida, viver a dimensão do Reino dos Céus desde já, para isso Ele nos deu o Espírito Santo e com ele todas as graças necessárias para vivermos como Igreja, isto é, Seu Corpo Místico, do qual Ele é a cabeça e nós os seus membros.
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2. Na Carta aos Hebreus, assim está escrito: "Irmãos, por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome. Não vos esqueçais das boas ações e da comunhão, pois estes são os sacrifícios que agradam a Deus." (Hb 13,15-16). Ou seja, o nosso modo de ser é fruto do amor de Deus por nós e entre nós; todavia, isso requer nossa entrega total e nossa disponibilidade para servi-lo em santidade e justiça todos os dias de nossa vida.
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4. No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus escuta o relato dos Apóstolos que retornaram da missão, e percebendo o cansaço que os domina, os chama para um lugar à parte onde possam repousar; entretanto, a multidão os seguiu em busca das graças que necessitavam. O Senhor se compadeceu deles porque eram como ovelhas sem pastor e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
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5. Portanto, caríssimos, mais do que nunca esse nosso mundo necessita da presença do Senhor Jesus e de sua mensagem para encontrar a verdadeira paz. Ora, como batizados, somos os novos protagonistas desse anúncio; todavia, quem se dispõe a fazê-lo? Em outras palavras, quem está disposto a pôr as mãos no arado sem olhar para trás?
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6. Destarte, de uma coisa fiquemos certos, o Senhor Jesus cuida muito bem dos seus servos como vimos neste Evangelho de hoje; quem está disposto à dizer-lhe sim? Então, sigamos o exemplo de nossa Senhora, e digamos firmemente com ela: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38).
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7. Por fim, rezemos com humildade e devoção esta oração de São Gregório de Nissa: "Onde levas o teu rebanho a pastar" (Cant 1,7), ó bom pastor que o carregas aos ombros (cf Lc 15,5)? Porque toda a raça humana é uma única ovelha que Tu tomaste aos ombros.
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8. Mostra-me o lugar da tua pastagem, faz-me conhecer as águas do repouso, leva-me às ervas suculentas, chama-me pelo nome (cf Jo 10,3), para que eu ouça a tua voz, eu que sou tua ovelha, que a tua voz seja para mim a vida eterna.
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9. Sim, diz-me, "Tu, a quem o meu coração ama" (Cant 1,7). É assim que Te chamo porque o teu nome está acima de todo o nome (cf Fil 2,9), inexprimível e inacessível a toda a criatura dotada de razão. Mas este nome, testemunho dos meus sentimentos por Ti, exprime a tua bondade.
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10. Como poderia não Te amar, a Ti, que me amaste a ponto de dares a tua vida pelas ovelhas de quem és o pastor (cf Jo 10,11)? Não é possível imaginar maior amor do que teres dado a vida pela minha salvação (cf Jo 15,13).
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11. Ensina-me, pois, onde levas o teu rebanho a pastar, que eu possa encontrar a pastagem da salvação, saciar-me com o alimento celeste que todo o homem deve comer se quiser entrar na vida, correr para Ti, que és a fonte, e beber a grandes tragos a água divina que fazes brotar para os que têm sede. Essa água corre do teu lado desde que a lança aí abriu uma chaga (cf Jo 19,34), e todo aquele que a prova torna-se uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna (cf Jo 4,14)."
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(São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo - Homilias sobre o Cântico dos Cânticos).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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