Caríssimos, o viver em Cristo requer de nós uma atitude de entrega total e definitiva, como Ele se entregou totalmente ao Pai por nós, para nos salvar, como escreveu São Paulo, exortando-nos a fazer o mesmo: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5,1-2).
Por isso, a fé em Cristo não é uma teoria, nem uma filosofia de vida ou algo que se possa interpretar subjetivamente; mas sim, a convivência diária com o Senhor ressuscitado do qual dependemos cem por cento como os ramos dependem da videira. De fato, a interpretação subjetivista da fé traz em si imposições e divisões como vimos na primeira leitura de hoje.
Com efeito, o nosso encontro com Cristo é fruto da ação do Espírito Santo que vem ao nosso coração aguçando o nosso desejo de salvação, de vida eterna. Desse modo, passamos viver da fé e por meio da oração encontramos o Senhor Jesus no mais íntimo de nossas almas como o fizeram os Apóstolos e todos os que o seguiram ao longo da história da salvação.
Desse modo, a oração é o espaço sagrado onde encontramos o Senhor e como Ele mantemos um diálogo fervoroso e cheio de amor. Para isto é fundamental a oração do coração, ou seja, rezar com a nossa mente, porém, livre dos pensamentos vãos, desordenados e estranhos. Pois quem não encontra o Senhor em sua oração; reza, mas, sem fruto algum por não permanecer Nele, como os ramos secos que não dão frutos, e por isso, são arrancados e lançados no fogo.
Portanto, caríssimos, como os ramos que dão frutos e são podados para que dêm mais frutos ainda, peçamos ao Senhor para suportarmos a poda com paciência em oração, para assim recebermos Dele, que é a videira verdadeira, a seiva da vida divina que concede aos que Nele permanecem.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
Nenhum comentário:
Postar um comentário