VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 20,1-16a)(17/8/22).


Caríssimos, a primeira leitura desta liturgia começa com o Senhor instruindo o Profeta Ezequiel para que profetize contra os maus pastores, mostrando-lhes quanto foram negligentes no cuidado com as suas ovelhas, pois se aproveitando delas, apascentaram a si mesmos, e por isso, elas se dispersaram perdendo-se a esmo. Todavia, nem tudo está perdido uma vez que promete Ele mesmo apascenta-las.

Com efeito, assim como no tempo do Profeta Ezequiel, também em nosso tempo não é diferente principalmente por conta da infiltração de lobos vorazes que com suas terríveis ideologias teem deixado de lado o Evangelho, que é o alimento sólido das almas, para lhes oferecer o alimento podre que as envenena e as dispersa, e assim tiram proveito dos seus despojos. 

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a Parábola do patrão que busca operários para a sua vinha, os encontra em várias horas do dia, mas ao findar a tarefa dá o mesmo salário para todos começando pelos últimos; o que provocou a ira e a murmuração dos primeiros que chegaram ao trabalho. No entanto, a resposta do patrão foi clara: "Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”

Comentando esse Evangelho disse o Papa Emérito, Bento XVI: "Jesus, ao contar essa Parábola, mostra com evidência que o salário representa a vida eterna, uma dádiva que Deus reserva para todos. De fato, precisamente aqueles que são considerados "últimos", se o aceitarem, tornam-se "primeiros", enquanto que os "primeiros" podem correr o risco de acabar por ser "últimos". 

Uma primeira mensagem desta parábola reside no próprio fato de que o mestre não tolera, por assim dizer, o desemprego: ele quer que todos estejam envolvidos na sua vinha. E na realidade, ser chamado já é a primeira recompensa: poder trabalhar na vinha do Senhor, colocar-se ao seu serviço, colaborar no seu trabalho, constitui em si mesmo uma recompensa inestimável, que compensa todo o trabalho.

Mas somente aqueles que amam o Senhor e o seu Reino compreendem isto; aqueles que, pelo contrário, trabalham apenas por remuneração nunca se aperceberão do valor inestimável deste tesouro." (Bento XVI - Angelus 21/07/2008).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

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