PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,5-25)(19/12/22)
Caríssimos, é vontade de Deus que sejamos salvos, mas precisamos cooperar com Ele para que a salvação aconteça tal qual Ele determinou em seu desígnio de amor. O certo é que Ele sempre nos dará sinais de que está conosco conduzindo-nos por meios dos seus escolhidos que claramente nos revelam a sua Santa Vontade para que nós a façamos.
Com efeito, é inevitável perguntarmos: o que acontece com os milhões de pessoas pessoas que nascem e morrem todos os dias de geração em geração? Na verdade a resposta somente Deus conhece, no entanto, se trilharmos o Seu caminho seguindo fielmente o seu Filho, Nosso Jesus Cristo, no seio da sua Santa Igreja, então, trazemos essa resposta impressa em nossas almas por conta da graça da fé que nos foi dada no batismo.
Comentando o Evangelho de hoje disse o Papa Francisco: "É evidente o contraste entre Maria, que tinha fé, e Zacarias, o marido de Isabel, que tinha duvidado, e não tinha acreditado na promessa do anjo, e por isso permaneceu mudo até ao nascimento de João. Este episódio ajuda-nos a ler o mistério do encontro do homem com Deus, sob uma luz muito especial. Um encontro que não está sob a bandeira de prodígios espantosos, mas sim sob a bandeira da fé e da caridade.
Maria, de fato, é abençoada porque acreditou: o encontro com Deus é fruto da fé. Zacarias, por outro lado, que duvidara e não acreditara, permaneceu surdo e mudo. Para crescer na fé durante o longo silêncio. De fato, sem fé permanecemos inevitavelmente surdos à voz consoladora de Deus; e continuamos incapazes de proferir palavras de consolo e esperança para os nossos irmãos e irmãs.
E vemos isso todos os dias: pessoas que não têm fé, ou muito pouca fé, quando têm de se aproximar de uma pessoa que está sofrendo, dizem-lhe palavras, mas não conseguem chegar ao seu coração porque não têm força. Não têm força porque não tem fé, e se não tem fé, as palavras não chegam ao coração dos outros.
Que a Virgem Maria nos obtenha a graça de viver um Natal extrovertido, e não disperso: extrovertido, porque no centro não está o nosso "eu", mas Jesus e os nossos irmãos e irmãs, especialmente aqueles que precisam de uma mão. Então deixemos espaço para o Amor que, ainda hoje, quer tornar-se carne e vir habitar entre nós." (Papa Francisco - Angelus, 23/12/18).
Portanto, caríssimos, tudo em Deus é sempre novo, porque é eterno, por isso, com Ele e para Ele a nossa fé católica é sempre nova e sempre tende a crescer, isto porque não confiamos em nós mesmos, mas no seu infinito amor paternal que cuida dos seus filhos e filhas que Nele confiam e se deixam conduzir por seu Filho Jesus, como o fez a Virgem Mãe e todos os que a seguiram no caminho da fé.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
Nenhum comentário:
Postar um comentário