PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 18,1–19,42)(07/04/23)
Caríssimos irmãos e irmãs, hoje, sexta-feira Santa, segundo dia do Trido Pascal, a Igreja celebra a Paixão e morte cruenta do Filho de Deus, ou seja, celebra o grande Mistério da nossa Redenção. Então, se faz jus perguntar, por que Deus quis sofrer as dores, as humilhações e a morte de cruz, como se não tivesse poder algum? Será que a mente humana é capaz de assimilar o tamanho contraste que há entre a bondade, a beleza, a grandeza, a perfeição das criaturas e toda maldade que se levanta contra elas?
Ora, tais respostas se encontra exatamente na cruz de Cristo. Com efeito, Deus é Deus, não muda, ou seja, não deixa de ser o que é, amor infinito, Suprema Bondade, misericórdia sem fim; por causa da dosobediência e da maldade por parte algumas de suas criaturas. E porque tem todo poder, deixa-se abater para assim vencer todas as forças antagônicas.
De fato, Jesus mesmo revelou isso: "O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai." (Jo 10,17-18). Desse modo, compreendemos que o Senhor tem o comando de tudo e ninguém pode impedir que Ele use a Sua Onipotência Eterna conforme os seus desígnios.
Portanto, caríssimos, com toda certeza podemos afirmar que o Céu é a felicidade eterna que Deus Pai reserva como herança para todos os seus filhos e filhas; todavia, é preciso compreender que não chegamos a ele sem passarmos pelo mistério do sofrimento pelo o qual o Senhor Jesus passou.
Destarte, a resposta ao por quê dessa pedagogia divina só teremos na eternidade; todavia, fiquemos convictos disto: ninguém sofre aqui sem receber do Senhor a consolação que nos ajuda a superar as intempéries do deserto desse nosso êxodo temporal.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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