PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 17,1-11a)(23/05/23)
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Caríssimos, a liturgia de hoje é como que uma síntese da missão cumprida, em que Paulo e Jesus de maneira impar se despedem dos seus com palavras tão comoventes que ao medita-las nos emocionamos, isto porque revelam que passarão deste mundo ao Pai por meio do martírio. Paulo tem consciência disso pela graça do Espírito Santo que o revela e do qual se sente prisioneiro (cf. At 20,22a); e Jesus porque é Deus com o Pai e o Espírito Santo.
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Meditemos, então, nestas suas despedidas que em verdade são seus testamentos espirituais. Paulo deixou tudo por Jesus, a própria vontade e mesmo a própria vida para anunciar o seu Evangelho em vista da salvação das almas que noite e dia instruira nos caminhos da fé, disse ele: "Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus. Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós. Portanto, não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito." (At 20,17-20).
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Quanto a Jesus, escutemos as suas Palavras em forma de oração: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse." (Jo 17,1-4).
Com efeito, o que vemos nessas despedidas; por parte do Senhor, é a certeza de que cumpriu sua missão e agora volta ao Pai, mas, antes intercede por aqueles que o Pai lhes deu a fim de que permaneçam fiéis na realização de sua vontade, porque isso significa a vida eterna. Enquanto Paulo se despede já sabendo o que lhe espera, mas, nada teme dada à sua entrega total ao Senhor Jesus.
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Portanto, caríssimos, se ainda estamos aqui é porque estamos em cumprimento de nossa missão de testemunhar a vida eterna que recebemos de Cristo no batismo. Decerto, fazemos isso em meio às tribulações deste mundo, porém, convictos de que nada nos separa do amor do Senhor como nos ensinou são Paulo: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?
Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Rm 8,35-39).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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