PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 8,1-10)(13/02/21)
Caríssimos, a terrível experiência do pecado à princípio parecia boa por causa da ilusão da liberdade advinda da desobediência, ou seja, a não dependência de nada e de ninguém, como se isso fosse possível na condição de criaturas. "Sereis como Deus", eis a sugestão do maligno, isto é, ter o Perfeito Poder sobre todas as coisas.
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No entanto, somente depois que pecaram é que os nossos primeiros pais perceberam o mal que haviam feito à si mesmos e aos seus descendentes; pois, ouvir as tentações do maligno, é deixar de ouvir a Deus; é tirar à obediência a Deus, para da-la ao maligno; em suma, é a perca da liberdade, é isso o que significa o pecado.
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Com efeito, o fato de nossos primeiros pais se verem nús, traz em seu âmago dois significados, o primeiro é a perda da inocência, o grande tesouro que receberam de Deus, pois, com ela viviam na Sua presença sem culpa alguma; e o segundo, consiste nas consequências advindas do pecado, ou seja, a dor, o medo e o peso de manter-se para não sucumbir; e por fim, a inevitável morte.
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No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos revelou o que o demônio havia escondido dos nossos primeiros pais, ou seja, que o poder que nasce da obediência a Deus, gera o bem de todos para além das nossas espectativas, pois, Deus conhece as nossas necessidades e sempre vem em nosso auxílio; só precisamos busca-lo como aquela multidão que apesar da fome e do cansaço, não abriu mão de permanecer na sua companhia.
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Portanto, caríssimos, nesse episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, o Senhor Jesus nos mostra que o real sentido do exercício do poder, é pô-lo a serviço para o bem de todos, por isso, quem o exerce desse modo, realiza a vontade do Pai, e permanece para sempre na Sua Presença.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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