PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Jo 3,7b-15)(13/04/21)
Caríssimos irmãos e irmãs, os exemplos bíblicos são luzes que iluminam os nossos passos para que assim trilhemos a via da perfeição que nos leva ao céu. É isso o que vemos na liturgia de hoje que ao mesmo tempo revela quem somos, os nossos apegos ou despojamento; e o quanto nos deixamos aperfeiçoar pelas santas virtudes que nos leva à unidade perfeita, mesmo vivendo num mundo dividido.
Na primeira leitura se destacam alguns dessas virtudes que se encontram em nossas almas e que precisamos deixar florescer por nossa prática de vida. São elas: o amor fraterno unido ao desapego material; ao bem do próximo, e à fé incondicional na Providência Divina que nunca falha. De fato, quem vive desse modo, elimina as injustiças, cultiva a solidariedade, a amizade sem apegos e a paz que o Senhor concede aos que trilham essa via da comunhão fraterna plenos do Espírito Santo.
O Evangelho de hoje é a continuidade do encontro entre Nicodemos e Jesus, do qual tiramos algumas lições para a nossa prática de vida. A primeira delas nos ensina a humildade e a prontidão para escutar o Senhor, isto é, sem conceitos pré concebidos, pois, não são os nossos critérios que nos salvam, mas sim os critérios divinos.
A segunda lição consiste em nos deixar conduzir por Sua Palavra que nos dá a compreensão das coisas eternas segundo o Santo Espírito, para assim o acolhermos como o nosso Mestre e Senhor à quem devemos amor, devoção, louvor, adoração, pois é o Filho de Deus amado que foi enviado para nos libertar do pecado, da morte e do inferno.
A terceira lição é esta: Deus nos salva por Sua Onipotência Divina a partir da nossa impotência, ou seja, o Seu Poder Eterno se revela em nossa miserável condição, bem como o Senhor Jesus ensinou a são Paulo: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força." Ao que em conformidade com a sua vontade, disse: "Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo." (2Cor 12,9).
Destarte, peçamos ao Senhor um coração manso e humilde como o Seu Coração, para sermos obedientes até a morte, e se for a vontade de Deus, até a morte de cruz.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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