PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 8,22-26)(16/02/22)
Caríssimos, depois que as trevas do pecado entrou na natureza humana pela desobediência, entrou nela o desentendimento, a falta precisa de discernimento, e a perca da perfeita comunhão com Deus. Desse modo, ficamos reféns do inimigo de nossas almas e por isso foi preciso a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, para nos libertar desse terrível adversário e da morte advinda do pecado cometido.
De fato, com a vinda do Senhor Jesus, como nosso Salvador, fomos libertados, mas não isentos das tentações, pois, os que são livres é que as sofrem, porque se caírem voltarão à escravidão do pecado; no entanto, com o auxílio da graça que recebemos, podemos combate-las e vence-las, bem como nos ensinou são Paulo: "De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte." (Rm 8,1-2).
O Evangelho de hoje narra a cura de um cego que algumas pessoas trouxeram a Jesus e pediram que Ele o tocasse. O Senhor o fez e o cego ficou enchergando todas as coisas com nitidez. De fato, esse episódio nos revela a eficácia da oração de intercessão, e também o modo como Deus age para nos libertar dos males que por algum motivo fomos atingidos.
De certo, a fé no poder do Senhor Jesus, transforma a escuridão da nossa vida com a luz da sua graça divina que nos faz enchergar nitidamente tudo o que diz respeito à nossa salvação, para assim vivermos na Sua presença iluminados com a luz do Espírito Santo, e desse modo evitarmos as trevas do pecado.
Portanto, caríssimos, escutemos humildemente estas palavras de São Tiago que nos ensina como fazermos a vontade de Deus: "Meus amados irmãos, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a põe em prática é semelhante a uma pessoa que observa o seu rosto no espelho: apenas se observou, vai-se embora e logo esquece como era a sua aparência.
Aquele, porém, que se debruça sobre a Lei da liberdade, agora levada à perfeição, e nela persevera, não como um ouvinte distraído, mas praticando o que ela ordena, esse será feliz naquilo que faz. Se alguém julga ser religioso e não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo: a sua religião é vã." (Tg 1,22-27). Ou seja, a graça nos é dada para pormos em prática e assim obtermos o resultado que tanto precisamos.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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