Homilia do 23°Dom do Tempo Comum(Lc 14,25-33)04/9/22)
Caríssimos, são Lucas começa a narração do Evangelho desta liturgia mostrando que uma enorme multidão seguia o Senhor Jesus, quem sabe por vários motivos, por exemplo, ao ver os sinais e prodígios que Ele realizava em favor dos mais necessitados, ou ainda por acreditar na sua Palavra, reveladora da Vontade de Deus.
O fato é, que se fosse em nosso tempo não seria diferente, dado a autoridade e o poder do seu ensinamento, por isso, o seguiam com entusiasmo e determinação. No entanto, precisamos compreender que o Senhor está vivo no meio de nós, como afirma a Carta aos Hebreus: "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade." (Hb 13,8).
Todavia, a graça de conviver com Ele ressuscitado se faz presente na Sua Santa Igreja, que anuncia a Sua Palavra de vida eterna, que ao ser praticada se realiza tal qual foi anunciada. De igual modo se faz presente nos seus ministros e nos Sacramentos administrados por eles, especialmente a Eucaristia.
De certo, ninguém pode dizer que não conhece nosso Senhor Jesus Cristo, pois, não existe outro nome mais conhecido e invocado na face da terra; embora muitos fazem isso para tirar proveito e vantagens pessoais ou mesmo para cometer os piores pecados; no entanto, estes serão julgados e punidos severamente como foram aqueles que o crucificaram.
Portanto, caríssimos, quais são as condições que o Senhor Jesus nos apresenta para segui-lo fielmente no seio da Sua Santa Igreja? A primeira é esta: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo." Ou seja, será que amamos o Senhor de verdade ou botamos pessoas, coisas e interesses pessoais acima Dele?
A segunda condição é esta: "Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo." Ou seja, basta examinar o nosso procedimento existencial, em especial quando somos provados por causa da nossa fé. Crer é ser fiel até o fim mesmo se formos pendurados numa cruz como o Senhor Jesus o foi.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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