PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 10,31-42)(31/03/23)
Caríssimos, todos os homens de todos os tempos travaram um confronto consigo mesmos a fim de responder sobre qual o verdadeiro sentido da vida e de como vivê-la em toda a sua plenitude para o bem e a felicidade de todos. Respostas nunca faltaram, mas sempre incompletas, devido às provações e os desafios de fé que as tentações e os pecados se nos impõem, tornando-nos como que impotentes por conta de nossa finitude.
No entanto, em Seu infinito amor, aprove a Deus reconciliar o mundo consigo, por meio do Seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que encontrássemos as respostas que somente Ele pode-nos dar. Bem como nos ensina são Paulo: "Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção.
A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus." (Gl 4,4-7). Decerto, essa resposta revela que como filhos e filhas de Deus em Seu Filho Jesus Cristo, estamos neste mundo para testemunhar essa verdade eterna.
No Evangelho de hoje, vemos o quanto o Senhor Jesus foi perseguido e humilhado pelo fato de ter revelado que era o Filho de Deus e que foi enviado como o nosso Salvador, conforme Deus prometera à Abraão, o nosso pai na fé. Por isso, se perseguiram o Senhor Jesus, também perseguirão à nós que o seguimos, como nos ensina são Paulo: "Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição." (2Tm 3,12).
Portanto, caríssimos, o tempo presente é uma espécie de julgamento com uma pergunta precisa tirada do Salmo 14, cuja resposta o próprio Salmo nos dá: "Senhor, quem morará em vossa casa e em vosso Monte santo habitará?
É aquele que vive na inocência e pratica a justiça fielmente, o que pensa o que é reto no seu coração, cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante." Ou seja, todos os filhos e filhas de Deus que fazem parte do Corpo de Cristo, a Igreja, e que vivem de acordo com a sua santa vontade.
Destarte, de uma coisa fiquemos certos: não é que Deus não nos defende quando somos perseguidos injustamente, ao contrário, Ele sofre em nós e conosco para nos fortalecer na certeza de que grande será a nossa recompensa, como o Senhor mesmo nos ensina:
"Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. (Mt 5,11-12).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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