PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,1-8)(18/11/23).
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1. Amados irmãos e amadas, vivemos em meio uma sociedade corrupta, desigual, injusta, perversa, violenta e mortal; por isso, este mundo mais parece um inferno do que um paraíso. Entretanto, os que vivem da fé, nunca perdem a esperança de que um dia tudo isso vai mudar, pois quem em Deus espera sempre alcança.
Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.
2. Caríssimos, o bem que fazemos inspirados pelo Espírito de Deus nos leva à cumprir seus desígnios de amor para com todos. É como meditamos nos Atos dos Apóstolos: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
3. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça." (At 4,32-33). Ou seja, de certo modo o paraíso realmente se fez presente entre eles; e será sempre assim nas almas em que Cristo reina por meio do seu Santo Espírito.
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4. Com efeito, a liturgia de hoje põe em relevo os dons da fé, da oração, da partilha, da perseverança e da unidade, pois, os dons do Espírito Santo e o uso fruto deles são sinais da sua presença em nossas almas nos conduzindo à perfeição desejada por Deus Pai.
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5. Rezar é amar, é viver a fé mais intimamente, é também partilhar as graças recebidas, é crescer em todos os sentidos da vida, é formar a unidade perfeita. Quem reza assim ama a Deus sobre todas e se deixa amar por Ele, para amar o próximo como a si mesmo.
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6. Em uma de suas exortações o Senhor Jesus deu a conhecer aos seus Apóstolos que era necessário a vinda do Espírito Santo, para que conduzidos por Ele, cumprissem a missão que lhes confiava, de modo que fizessem tudo conforme a vontade do Pai, como Ele mesmo o fez.
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7. Então, disse o Senhor: "Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei." (Jo 16,7). Ou seja, a Palavra de Cristo é a garantia de que não nos deixa órfãos da sua presença, pois o Paráclito que o revela em nossas almas nos faz permanecer nele como os ramos permanecem na videira (cf. Jo 15,1-5).
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8. No Evangelho de hoje, introduzindo à Parábola que Jesus contou a respeito da perseverança, são Lucas escreveu: "Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo." (Lc 18,1). E assim nos revela que a oração está para a nossa alma, como o ar que respiramos está para o nosso corpo.
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9. E no final da parábola o Senhor fez uma pergunta enigmática que desafia a humanidade até o fim dos tempos: "Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18,8). De fato, essa pergunta é o grande desafio da humanidade inteira, pois o Senhor Jesus veio para salvar a todos os que nele creem. Porque "Sem fé é impossível agradar a Deus." (Hb 11,6a).
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10. Amados irmãos e amadas irmãs, a viúva da parábola contada por Jesus neste Evangelho, pediu justiça a um juiz mesmo ele sendo injusto, foi perseverante no seu pedido e obteve a conversão do injusto juiz e com ela a justiça que desejava.
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11. Ora, e como nós estamos pedindo justiça ao Justíssimo Juiz, Senhor do céu e da terra que a todos julgará com perfeitíssimo juízo, tenhamos absoluta certeza que nu-la fará, pois esta é a sua vontade, no entanto, é preciso que sejamos perseverantes até o fim. "Pois, aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mt 24,13). Amém! Assim seja!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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