PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 10,1-12)(24/5/24).
1. Caríssimos, nossos atos são decisórios e dependem da nossa livre escolha, por isso, são tão importantes para vivermos em conformidade com a vontade de Deus. Quando pensamos a vida em todos os sentidos, nos deparamos com a dicotomia que divide os homens e o mundo: o bem versos o mal.
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2. Deus, porém, em seu amor paternal, nos deu o livre arbítrio para vivermos em sua presença como seus filhos e filhas e assim realizarmos os seus desígnios de amor. Decerto, se quisermos vencer o mal isto só é possível se permanecermos em Cristo seu Filho amado.
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3. Eis o que Deus nos diz no livro do Deuteronômio a este respeito: "Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele." (Dt 30,19-20a).
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4. Ora, se assim somos ensinados por Deus é para nos mantermos fiéis a Ele, pois de nada adianta receber suas graças se não correspondermos a elas. Logo, a fidelidade ao seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, é o fundamento para nos manter firmes na salvação que dele recebemos.
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5. No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus foi questionado por seus adversários sobre a instabilidade da união conjugal, ao que Ele respondeu: "No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (Mc 10,6-7).
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6. De fato, o amor verdadeiro é Sacramento eterno, não é feito de aparências nem por conveniências; mas, é doação da própria vida por toda a vida, em que o homem e a mulher se entregam a Deus por meio do amor esposal para serem santificados por Ele.
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7. Por isso, perguntemos: em que baseamos nossas escolhas e decisões? Para nós que vivemos da fé no Filho de Deus que nos amou e por nós se entregou, só existe um fundamento, a Sua Divina Palavra; pois quando o escutamos e nos entregamos a Ele, o fazemos porque confiamos que Ele tudo pode e que sem Ele nada se firma, nada cresce, nada permanece por muito tempo; em suma, sem Cristo, o Filho de Deus vivo, não existe vida eterna.
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8. Meditemos então com este comentário da Venerável Madeleine Delbrêl: "O amor e a vida não fluem da terra para Deus, mas descem de Deus para a terra: «Toda a boa dádiva vem do alto» (Tg 1,17) e «Deus é amor» (1Jo 4,8). Ele é amor porque é Trindade, e é na Trindade que está a unidade e a fecundidade, é aí que tudo começa.
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9. Desde o amor do homem e da mulher até ao amor dos animais, passando pelas misteriosas uniões dos elementos e dos metais, tudo isto significa, de uma forma mais ou menos bela, o amor que existe em Deus.
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10. E isto inverte o problema: a própria unidade do Verbo e do homem, a própria união de Cristo e da Igreja, mais não são que os maiores e mais belos sinais do amor que é Deus. O matrimônio é uma vocação ao amor singularmente rica; ele é, no cume da criação visível, o mais belo sinal do amor de Deus, e é grande porque, como diz São Paulo, é o sinal do amor de Cristo pela sua Igreja."
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(Venerável Madaleine Delbrêl (1904-1964), missionária das pessoas da rua - Comunidade e solidão).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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