PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,6-14)(03/5/24)
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1. Caríssimos, ser mártire significa manter-se fiel até as últimas consequências no testemunho de Cristo neste mundo. O martírio é o selo de perfeição que o Senhor põe naqueles que escolhe para testemunharem seu próprio martírio, isto significa que atingiram a perfeição do amor dando por Ele a vida ao professarem a fé Nele.
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2. Decerto, muitos não entendem isso, porque veem a morte como uma derrota e não percebem que o Senhor a venceu por sua ressurreição, e a vitória dos mártires que abraçaram sua causa dando suas vidas como sacrifício de agradável odor a Deus.
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3. Bem como nos exorta são Paulo na Carta aos Efésios: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5,1-2).
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4. Hoje a Igreja celebra a festa dos Apóstolos São Filipe e São Tiago, ou seja, celebra o coroamento destes mártires que deram a vida por amor de Cristo, para anunciarem a sua Palavra e a salvação aos homens de todos os tempos, por isso, seus feitos são piedosamente reconhecidos e celebrados.
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5. Portanto, caríssimos, seguir o Senhor Jesus e se unir à Ele na Santa Eucaristia pela ação do Espírito Santo, como o fizeram os Apóstolos São Filipe e São Tiago, é viver o Mistério de sua presença neste mundo e trasparece-lo por meio da missão que Deus nos confiou de sermos testemunhas da Sua Ressurreição.
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6. Comentando este Evangelho disse o nosso saudoso Papa Bento XVI: "No final do Prólogo de seu Evangelho, João afirma: "Deus, ninguém jamais o viu; foi o Filho único, que está no seio do Pai, quem o revelou" (João 1,18). Bem, essa afirmação, que é do evangelista, é retomada e confirmada pelo próprio Jesus. Mas com uma nova nuance.
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7. De fato, enquanto o prólogo joanino fala de uma intervenção explicativa de Jesus por meio das palavras de seu ensinamento, em sua resposta a Filipe Jesus se refere à sua própria pessoa como tal, sugerindo que é possível entende-lo não apenas pelo que ele diz, mas ainda mais pelo que ele simplesmente é.
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8. Para nos expressarmos de acordo com o paradoxo da Encarnação, podemos muito bem dizer que Deus deu a si mesmo um rosto humano, o de Jesus, e, consequentemente, de agora em diante, se realmente quisermos conhecer o rosto de Deus, teremos apenas que contemplar o rosto de Jesus! Em sua face, realmente vemos quem é Deus e como Ele é!"
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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