PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 14,21-26)(11/05/20)
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Caríssimos, depois que o pecado entrou na natureza humana pela desobediência dos nossos primeiros pais, entrou com ele a terrível tendência de querer "ser como Deus" ou de querer endeusar as outras criaturas. Ora, é isso o que vimos na primeira leitura; onde após a realização de um milagre como sinal da presença de Jesus, queriam endeusar Paulo e Barnabé, sacrificando-lhes um novilho.
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Com efeito, pelo o que constatamos em nossos dias, essa terrível tendência continua ainda mais exacerbada, haja vista que os ídolos e seus adoradores se multiplicam em larga escala nos estádios de futebol, nas redes de televisão; na música; nas artes; na política; na Internet, etc. E com isso não existe mais espaço para Deus nas almas ocupadas por tais ídolos.
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No Evangelho de hoje Jesus nos ensina que as nossas almas são moradas unicamente da Santíssima Trindade pela nossa obediência à Sua Palavra posta em prática. Diz Ele: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23).
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Comentando esse versículo, santa Helena de Helfta, monja beneditina (séc. XIII), escreveu: "A alma santa é, pois, um céu, cujo sol é a justiça ou o zelo de uma caridade fervorosa, cuja lua é a castidade. Não é de espantar que o Senhor Jesus tivesse escolhido habitar este Céu, sobre o qual não se contentou - como na criação dos céus materiais - em dizer simplesmente que se fizesse, mas lutou por conquistá-lo, morreu para o resgatar.
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Assim, concluída a obra, satisfeito o seu desejo, Ele disse: «Aqui está o meu repouso para todo o sempre, aqui terei a minha morada» (Sl 131,14).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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