PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,1-6)(30/10/20)
Caríssimos, nossa vida é repleta de confrontos seja com nós mesmos, seja com os outros, ou ainda com o maligno e seus seguidores. O fato é que esse confronto é inevitável quer queiramos ou não; todavia, quem segue a via da liberdade divina, se deixa conduzir pelo Espírito Santo, desse modo, faz somente o que agrada de Deus sem medo de ser julgado ou condenado por quem não se deixa conduzir por Ele.
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No Evangelho de hoje mais uma vez Jesus é confrontado pelos Fariseus e Mestres da Lei ao ser convidado pelo chefe da Sinagoga para um jantar em sua casa num dia de sábado. São Lucas nos chama atenção, no seu relato, que eles observam se Jesus curaria um homem que sofria de hidrópisia, com o intuito poder de acusa-lo.
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Na verdade, esse conflito é entre a prática e a teoria; por um lado os teóricos da Lei com o seu rigorismo em que não existe espaço para a compaixão, a misericórdia e o amor ao próximo; por outro lado, Jesus lhes ensina que a fé verdadeira é prática, isto é, consiste na vivência dessas virtudes que cura, liberta, salva e faz feliz aqueles que Dele se aproximam.
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Ora, também esse nosso tempo não é diferente do tempo de Jesus, pois, o que não falta são os rigoristas de plantão, que com seus julgamentos e condenações, eivados de hipocrisia farisáica e rigorismo mórbido, que criticam acidamente os que não os seguem, e tudo fazem em nome de uma pretensa pureza religiosa, muito distante da caridade de Cristo.
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Portanto, caríssimos, perguntemos à nós mesmos, nesse confronto qual o lado que estamos escolhendo, o da prática regorosa da Lei que julga, critica e condena à tudo e a todos até mesmo o próprio Senhor na pessoa dos seus ministros; ou a fé que realiza a vontade de Deus por meio da compaixão, da misericórdia e do amor ao próximo?
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Destarte, como escreveu são João: "Aquele que afirma permanecer em Jesus deve também viver como ele viveu." (1Jo 2,6). Ora, é isso o que significa ser conduzidos pelo Espírito Santo de Deus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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