PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,35-43)(16/11/20)
Caríssimos se tem algo na vida com o qual nos identificamos de imediato, esse algo se chama necessidade; de fato, todos sem exceção somos necessitados, e de acordo com as capacidades que recebemos de Deus, procuramos supli-las, mas nem sempre é possível, por isso, precisamos das Suas graças e da solidariedade uns dos outros para o suprimento delas.
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Com efeito, nas duras experiências do dia a dia com as quais nos confrontamos, temos a oportunidade de encontrar o Senhor Jesus, reconhecer o seu poder, expor as nossas misérias e encontrar Nele a solução para elas. É bem o que vemos no episódio do Evangelho de hoje em que o cego de Jericó encontra Jesus em meio a multidão e lhe expõe a sua frágil condição.
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Nos chama a atenção alguns detalhes desse encontro: o cego nada tinha além de uma velha capa surrada; era um simples pedinte sentado à beira da estrada; sente o rumor da multidão e é informado sobre a presença de Jesus, expõe-lhe a sua miséria com a fé e a esperança de ser atendido e imediatamente o foi.
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Ora, de acordo com esse exemplo que o Senhor nos dá à meditar, podemos perguntar: em nossas necessidades como nos apresentamos diante do Senhor? O cego se apresenta com uma oração fervorosa e perseverante; por isso, não dá ouvidos à pressão daqueles que queriam impedir o seu encontro com o Senhor; pede perdão, mas de imediato escuta o Senhor, expõe o seu desejo confiante, e logo obtém a graça por sua fé e profunda humildade.
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Conclusão: Caríssimos, rezar não é só pedir algo a Deus, mas sim querer que se realize somente a sua santa vontade em nossa vida; pois, nesse exemplo que meditamos, o cego, são e salvo, continuou seguindo Jesus e não mais voltou à sua velha condição, ou seja, o Senhor sempre nos dá uma nova condição a cada momento que o encontramos em nossa oração.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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