PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,12-19)(25/11/20)
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Caríssimos irmãos e irmãs, por mais tranquilos que vivamos nunca nos sentimos totalmente seguros, em especial nesse tempo de pandemia. Vivemos em meio à uma guerra espiritual dentro e fora de nós; e quando nos descuidamos dos exercícios da fé, logo a insegurança nos invade tentando arrefecer a nossa confiança no Senhor.
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Sentindo esse alvoroço em sua alma, eis o que escreveu são Cláudio de la Colombière em seu «Diário Espiritual»: "É estranha a quantidade de inimigos que temos de combater quando decidimos ser santos. Parece que tudo se desata: o demônio com os seus artifícios, o mundo com as suas atrações, a natureza opondo resistência aos nossos bons desejos; os elogios dos bons, as censuras dos maus, as solicitações dos tíbios.
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Quando Deus nos visita, temos de recear a vaidade; quando Ele Se retira, a timidez e o desespero podem suceder ao maior fervor. Os nossos amigos tentam-nos com a complacência que temos por eles; os indiferentes, com o receio de lhes desagradarmos. Em estado de fervor, tememos a indiscrição, na moderação, tememos a sensualidade, e o amor próprio espreita-nos por todos os lados.
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Que havemos, pois, de fazer? Uma vez que a santidade não consiste em ser fiel um dia ou um ano, mas em perseverar e crescer até à morte, convém sobretudo que Deus seja o nosso escudo, mas um escudo que nos rodeie, uma vez que somos atacados por todos os lados (cf Sl 90,4).
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Convém que seja Deus a fazer tudo; assim, não teremos receio de que nos falte seja o que for. Por nós, basta-nos reconhecer a nossa impotência e ser fervorosos e constantes em pedir socorro, por intercessão de Maria, a Deus, que nada recusa. E nem disto somos capazes, a não ser com uma grande graça, ou antes, com várias grandes graças de Deus."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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