PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,1-4)(23/11/20)
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Caríssimos, facilmente nos acostumamos com as nossas ações, por isso, pouco percebemos as ações de Deus em nossa vida. Ora, isso acontece, de um certo modo, por causa de nossa Autossuficiência ao pensar que temos poder sobre nós mesmos, as pessoas e às coisas, quando na verdade não passamos de um simples sopro de vida.
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No Evangelho de hoje Jesus se encontra no templo com os Apóstolos e percebe como os ricos lançavam suas ofertas no tesouro do Templo até que avizinhou-se uma pobre viúva e lançou apenas as duas moedas que possuía, ao que o Senhor observou: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.
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Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Deus não mede a quantidade, mas a qualidade, perscruta o coração e observa a pureza das intenções. Isto significa que o nosso “dar” a Deus na oração e ao próximo na caridade deveria evitar sempre o ritualismo e o formalismo, assim como a lógica do cálculo, e deve ser expressão de gratuidade, como Jesus fez por nós: salvou-nos gratuitamente; não nos fez pagar a redenção. E nós devemos realizar as coisas como expressão de gratuidade.
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Eis por que Jesus indica aquela viúva pobre e generosa como modelo de vida cristã a imitar. Não sabemos o seu nome, mas conhecemos o seu coração — encontrá-la-emos no Céu e certamente iremos saudá-la — e é isto que conta aos olhos de Deus.
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Quando somos tentados pelo desejo de aparecer e de contabilizar os nossos gestos de altruísmo, quando estamos demasiado interessados no olhar dos outros e — permita-me a palavra — quando agimos como “pavões”, pensemos nesta mulher. Far-nos-á bem: ajudar-nos-á a despojar-nos do supérfluo para considerar o que conta verdadeiramente e a permanecer humildes."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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