PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,39-42)(11/09/20)
Caríssimos, no Evangelho de hoje meditamos sobre um pecado recorrente em todos os tempos, trata-se do julgamento do próximo. Escutemos, então, o Senhor a respeito desse pecado grave: "Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
Comentando esse Evangelho disse o Papa Francisco: "Muitas vezes, todos sabemos, é mais fácil ou cômodo ver e condenar os defeitos e os pecados alheios, sem conseguir ver os próprios com a mesma lucidez. Escondemos sempre os nossos defeitos, inclusive de nós mesmos; mas, é fácil ver os defeitos alheios.
A tentação é sermos indulgentes conosco — benevolente consigo mesmo — e duros com os outros. É útil ajudar o próximo com conselhos sábios, mas quando observamos e corrigimos os defeitos do nosso próximo, devemos estar cientes que também nós temos defeitos.
Se penso que não os tenho, não posso condenar nem corrigir os outros. Todos temos defeitos: todos. Devemos estar cientes disto e, antes de condenar os outros, devemos olhar para dentro de nós mesmos. Assim podemos agir de modo credível, com humildade, testemunhando a caridade." (Papa Francisco, Angelus, 3/3/19)
Portanto, caríssimos, quando temos dificuldades na convivência com o próximo existe uma escolha a ser feita entre o juízo temerário e a correção fraterna; o juízo temerário traz em si o desamor e a discórdia que gera ódio, rancor e violência; pelo contrário, a correção fraterna vem sempre acompanhada pela misericórdia e o amor ao próximo como a si mesmo, por isso, gera a paz eliminando os conflitos.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.
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