PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 3,7-12)(21/01/21)
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Caríssimos, examinando a vida dos santos e santas percebemos uma luta constante contra as forças maléficas que tentam persuadi-los a deixar o seguimento de Cristo, para abandonar-se à tentação de viver uma vida sem o Senhorio de Jesus ou então de vive-la dissimuladamente. No entanto, jamais cederam à tal tentação, pelo contrário, perseveraram até o fim na luta contra o pecado dando a própria vida por amor a Cristo.
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Com efeito, se examinarmos a nossa vida veremos que a mesma luta também existe dentro de cada um de nós que recebemos o batismo e nos dispomos a seguir nosso Senhor Jesus Cristo, carregando com Ele a nossa cruz de cada dia, que consiste em lutar contra as forças do mal que tenta à todo instante persuadir-nos à deixar o seguimento de Cristo.
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No Evangelho de hoje uma grande multidão aproximou-se do Senhor Jesus para receber seus ensinamentos e ser curados por Ele dos males que lhes atormentava. Entre eles havia alguns endemoniados que "Vendo Jesus, caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era." Ou seja, o Senhor Jesus nos ensina a nunca escutarmos o demônio, mesmo quando nos tenta falar sobre Ele.
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Comentando esse Evangelho disse o Papa Francisco: "Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Com efeito, acontece que «quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro alguém que atrai de forma contrária e faz guerra dentro de ti!. Não é por acaso que São Paulo fala da vida cristã como de uma luta: uma luta de todos os dias. Para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal. E é precisamente por esta razão que Jesus veio, para destruir satanás! Para destruir a sua influência sobre os nossos corações.
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Por conseguinte, cada cristão deve fazer este exame de consciência e perguntar-se: Sinto esta luta no meu coração? Este conflito entre o conforto ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra? Sinto o desejo de fazer o bem ou há algo que me detém, que me torna rígido? E ainda: Penso que a minha vida comove o coração de Jesus? Se não acredito nisto, devo rezar muito para poder crer, para que me seja concedida esta graça." (Papa Francisco, meditação matutina, 19/01/17).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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