PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,22-30)(09/01/21)
Caríssimos irmãos e irmãs, a liberdade de ser e estar no mundo é puro dom de Deus, porque é Ele que nos sustenta com sua Onipotente Providência. Ora, todos aqueles que se opõem à sua infinita bondade perde a liberdade de ser e estar para mergulhar no abismo sem fundo do egoísmo, da indiferença e do próprio nada.
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De fato, não podemos esquecer que vivemos em meio à finitude de nossa condição, ou seja, somos criaturas, não existimos por nós mesmos, por isso, temos nas virtudes que o Senhor nos dá os meios para amar-nos uns aos outros e sermos seus verdadeiros discípulos como Ele nos ensinou (cf. Jo 13,34-35).
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No Evangelho de hoje vimos as virtudes vividas por João Batista quando questionado por seus discípulos a respeito do batismo conferido por Jesus: "Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”. (Jo 3,28-30).
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Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Grande é João. Grande quando diz que não é aquele esperado: “Ele, aquele que virá depois de mim, deve crescer; eu, pelo contrário, devo diminuir”. Assim foi a vida de João: diminuir, diminuir, diminuir e acabar desta maneira tão prosaica, no anonimato. Eis que João foi um grande que não procurou a própria glória, mas a de Deus." (Papa Francisco, meditação matutina, 5/2/2016).
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Portanto, caríssimos, quando reconhecemos que somos apenas "servos inúteis" e que o Senhor é o tudo de nossa vida, vivemos humilde e alegremente na sua presença e o proclamamos por meio dessas virtudes, tal como o fez João Batista: "É necessário que ele cresça e eu diminua”.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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