PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 15,29-37)(02/12/20)
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Caríssimos, ao contemplarmos a criação, toda a sua grandeza, toda beleza e perfeição, ficamos mais que admirados com tão maravilhosa obra das mãos de Deus, e dizemos: o Senhor realmente pode tudo e não depende de ninguém. No entanto, tem algo em meio à criação que em muito desagrada à Deus, e a nós mesmos, trata-se da desordem e desarmonia causadas pelos nossos pecados.
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Ora, como seria bom se tudo funcionasse exatamente com a mesma finalidade para a qual Deus tudo criou. De fato, se não houvesse nenhuma maldade; se todos se amassem, se compreendessem, se perdoassem e fizessem somente o bem, isso aqui continuaria sendo igual ao paraíso que Deus criou.
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Com efeito, não obstante a maldade que se espalha como uma doença contagiosa na face da terra; a primeira leitura desta liturgia nos dá a esperança de que toda esta negatividade presente em meio à criação um dia terá fim, e então reinará a harmonia e a paz pela prática das virtudes que o Senhor nos concedeu.
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No Evangelho de hoje Jesus proclama a palavra que nos liberta de todo mal, opera os sinais que o identifica como o Messias enviado por Deus e realiza o prodígio da multiplicação dos pães e peixes nos mostrando que a nossa libertação já teve início e que se cumprirá tal qual ele anunciou. Ou seja, mesmo que os homens não cooperem, tudo o que Ele anunciou se realizará no tempo devido.
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Portanto, caríssimos, nos firmemos na fé que recebemos confiando nas promessas do Senhor na certeza de que Ele está sempre conosco, sensivelmente e visivelmente por meio dos sacramentos que celebramos como atos de sua presença em meio às aflições desta vida. De fato, sem a fé e a esperança que o Senhor nos dá de vivermos no Reino dos céus nada seríamos e nada teríamos além dos limites de nossa natureza.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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