VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Se queres ser perfeito...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA Dia (Mt 19,16-22)(18/08/25)


1. Caríssimos, a vida sem ídolos é também sem impecilhos, sem impedimentos e sem enganos, porque é a vida vivida em Deus e para Deus, a exemplo de Maria Santíssima e de todos os santos e santas que seguiram nosso Senhor Jesus Cristo, o seu Filho amado, que veio a este mundo para nos libertar do pecado e nos dar a vida eterna.

2. No Evangelho de hoje um jovem encontrou Jesus e lhe fez uma pergunta fundamental que todos nós precisamos responder com a própria vida: "Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” Antes de escutar a resposta de Jesus, analisemos essa pergunda: primeiro o jovem reconhece que Jesus é o Mestre; depois, tem consciência de que precisa fazer algo de bom, porque, acredita na vida eterna, mas sente que não a tem ainda.

3. Jesus então respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. A partir dessa resposta o jovem começa agir como um insensato, pois, conhece os mandamentos, mas finge não conhecer, uma vez que pergunta ao Senhor: "Quais mandamentos?" 

4. Jesus então lhe dá uma aula de catequese: "Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e ama o teu próximo como a ti mesmo”. O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. Que ainda me falta?” 

5. Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico."

6. Comentando esse Evangelho disse o saudoso Papa Francisco: "O jovem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus, e deste modo não conseguiu mudar. Somente acolhendo o amor do Senhor com gratidão humilde poderemos libertar-nos da sedução dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões.

7. O dinheiro, o prazer e o sucesso deslumbram, mas depois decepcionam: prometem a vida, mas causam a morte. O Senhor pede-nos que nos desapeguemos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, luminosa. Que a Virgem Maria nos ajude a abrir o coração ao amor de Jesus, ao olhar de Jesus, o Único que pode saciar a nossa sede de felicidade." (Papa Francisco, Angelus, 11/10/15).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 17 de agosto de 2025

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA...


 Homilia da Solenidade da Assunção de N.Senhora (Lc 1,39-56)(17/08/25). 


1. Caríssimos, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora não é apenas uma homenagem que a Igreja dedica à Mãe de Deus, mas uma solene proclamação dos seus louvores por tudo o que Deus realizou em sua vida e por meio de sua vida no cumprimento de Sua vontade, como a Virgem mesmo cantou no magníficat: "O Senhor fez em mim maravilhas e Santo é o Seu Nome."

2. Com efeito, a grandeza de Maria advém de sua escolha para ser a Mãe de Deus, pois somente Deus pode fazer acontecer por seu desígnio esse grande mistério de amor, torna-se humano sem deixar de ser Deus, no seio daquela que o gerou. 

3. Assim, celebrar a Assunção de Nossa Senhora ao céu é glorificar à Deus que trouxe o céu ao seu seio divinal, pela gestação de seu Filho Jesus Cristo por obra e graça do Espírito Santo.

4. Ora, isso demonstra que Deus tudo pode e nenhuma criatura jamais poderá se interpor ou agir contra os seus desígnios de amor para conosco sem ter Dele a resposta conforme o Seu Poder. São Paulo, na Carta aos Romanos, escreveu: "Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos. 

5. Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído? Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém." (Rm 11,33-35).

6. Ó Santíssima Mãe de Deus, assunta ao céu em corpo e alma, rogai por nós que recorremos à vós, e por todos quantos a vós não recorrem de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a vós estão recomendados. 

7. Acampa Mãe querida em nossas almas, em nossa vida, com são José, vosso castíssimo esposo e com os nossos santos intercessores para que somente a vontade de Deus aconteça, por seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo na graça do Espírito Santo. Amém! 

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

sábado, 16 de agosto de 2025

Deixai vir a mim as crianças...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,13-15)(16/08/25)


1. Caríssimos irmãos e irmãs, a inocência é a virtude própria das almas consagradas a Deus mediante o batismo, elas são como crianças cuja pureza atrai a atenção e as bênçãos do Senhor Jesus, como vimos no Evangelho de hoje. 

2. Ora, enquanto os discípulos as repreendiam, como se elas fossem importunar o Senhor, ao contrário, Ele as acolheu com um profundo afeto, impondo-lhes as mãos e as abençoou, dizendo: “Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”.

3. Com efeito, as atitudes e palavras do Senhor nos leva a compreender que viver na sua presença e em comunhão com Ele, é ser como uma criança inocente sem maldade alguma, é viver candidamente como seus discípulos, livres dos maus juízos, dos pensamentos vãos, desordenados e estranhos; em suma, é nos deixar conduzir pelo Santo Espírito.

4. Decerto, todas as coisas que vemos são obras das mãos de Deus, por isso, são sempre boas e fazem o bem a todos. No entanto, em se tratando dos afetos e dos relacionamentos humanos quando não advindos da comunhão com Deus, eles se tornam pedras de tropeço que só causam mal estar em quem os reproduz. 

5. É por isso, que vivemos em meio à tantas discórdias, brigas e desentendimentos, exatamente por não vivermos a inocência recebida do Senhor quando nos criou à sua imagem e semelhança.

6. De fato, à medida que reconhecemos as obras de Deus e delas cuidamos com afeto sincero, mantemos a nossa comunhão com Ele e entre nós, de modo que, realizamos a Sua vontade nas simples tarefas que cumprimos como sendo do seu agrado. 

7. Em outras palavras, isto significa vivermos como crianças, cujo único objetivo é participarmos desde já do Reino dos céus, pois, haveremos de colher na eternidade o que plantamos no tempo que nos foi dado.

8. Portanto, caríssimos, viver em Cristo Jesus sob os seus cuidados, é viver como filhos e filhas amados que encontram Nelo o afeto descrito na página do Evangelho de hoje, na qual Ele recebe as crianças com carinho e atenção, impõe-lhes as mãos as abençoando. 

9. Destarte, peçamos ao Senhor Jesus a graça de sermos como crianças que o encontram em meio às tribulações desta vida, recebem o Seu afeto, a sua oração e a sua benção, para o seguirmos fielmente como seus verdadeiros discípulos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O que Deus uniu, o homem não separe ...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 19,3-12)(15/08/25)


1. Caríssimos irmãos e irmãs, o fato de existirmos é uma vocação e demonstra o quanto somos importantes aos olhos de Deus; e foi por isso que Ele começou a criação por aquilo que serviria de abrigo e proteção para os seus filhos e filhas, fazendo dela a casa comum de todos. 

2. De fato, sem a presença humana em meio à criação nada teria sentido neste mundo, pois como meditamos no livro do Gênesis: Deus tudo criou por amor, e deu ao homem e a mulher o cuidado de todas as coisas criadas, os uniu em matrimônio, como vemos a seguir: "Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a." (Gn 1,28).

3. Desse modo, pela união matrimonial entre o homem e a mulher, Deus realiza o seu plano de amor e felicidade para ambos, de modo que fora de sua vontade não existe felicidade. Por esse motivo jamais podemos ser coniventes com o pecado das pretensas uniões contra a natureza, tão em voga no mundo de hoje, pois elas são totalmente contrárias a vontade de Deus estabelecida desde o início da criação.

4. Aqui não se trata de descriminação pelas escolhas sexuais que fazem os que tomam tal decisão; mas, trata-se de discernir claramente a vontade de Deus e po-la em prática. Quanto aos que escolhem viver o contrário da vontade de Deus, que o vivam, mas não queiram impor seu modo de viver aos demais como se a escolha pela vontade de Deus fosse errada.

5. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos revela que o matrimônio é uma vocação e que nem todos são chamados a ela, ou seja, existem outras vocações às quais Deus chama seus filhos e filhas à santidade de vida no cumprimento de seus desígnios, da sua santa vontade. 

6. Portanto, caríssimos, conforme as Palavras do Senhor: "Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender entenda” (Mt 19,11-12).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Senhor ,quantas vezes devo perdoar meu irmão?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,21-19,1)(14/08/25).

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1. Caríssimos irmãos e irmãs, o amor com que somos amados por Deus é incomparável; e nada nem ninguém jamais poderá superá-lo. De fato, somos obras de suas mãos, criados em seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e por Ele adotados como filhos para o louvor da sua glória.
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2. É bem como escreveu São Paulo na Carta aos Colossenses: "Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele." (Cl 1,16).
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3. E continua Paulo na Carta aos Efésios: "Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência." (Ef 1,7).
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4. No Evangelho de hoje, vimos que a nossa redenção se dá mediante a remissão dos pecados, isto é, pelo perdão que recebemos e damos, pois, como disse o Senhor: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 

5. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará." (Mt 6,14-15). Ou seja, o perdão é condição indispensável para a nossa salvação: "Perdoai, e sereis perdoados." (Lc 6,37).
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6. Sem dúvida, a prova de que Deus nos ama é a presença visível de Seu Filho no mundo nos dando conhecer quem Ele é, e como demonstra o seu amor perdoando os nossos pecados. Bem como escreveu São João: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3,16).
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7. Portanto, caríssimos, amar é perdoar sempre sem jamais deixar de fazê-lo, porque é isso o que Deus faz conosco. "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados." (1Jo 4,8-10).
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Paz e Bem! 
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

A correção fraterna...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA (Mt 18,15-20)(13/08/25)

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1. Caríssimos, nenhum de nós é santo o bastante para dizer que nunca pecou ou nunca sofreu por causa do pecado dos outros. Por isso, precisamos da graça santificante do Senhor para nos mantermos em comunhão com Ele e entre nós; e assim vencermos as tentações e sermos livres de todo pecado, pois, só existe pecado onde falta a comunhão com o Senhor.
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2. Com efeito, a nossa convivência fraterna depende cem por cento da nossa convivência com Deus, e esta se dá mediante a oração e a prática da Sua Palavra, porque sem essas graças nos tornamos presas fáceis do espírito de divisão.
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3. Decerto, como vimos no Evangelho de hoje, a essência do amor fraterno consiste em viver reconciliados com Deus e entre nós. Tudo o que não satisfaz esse requisito não nos convém; então, que a nossa vida seja sempre uma expressão do perdão que damos e recebemos.
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4. De fato, o princípio cristão da unidade tem como base o amor e a misericórdia de Cristo, vividos até as últimas consequências, isto é, até a total ausência de qualquer discórdia ou divisão, mesmo se para isto for preciso dar a própria vida, como fez o Senhor Jesus, a fim de nos reconciliar com o Pai.
5. Por isso, não creiam naqueles que se dizem cristãos e pregam a divisão da Igreja, pois, ela é o Corpo de Cristo, do qual Ele é a Cabeça e nós somos seus membros (cf. Col 1,18). Ou seja, quem realmente é Igreja evita todo tipo de julgamento, crítica ou condenação do próximo; para isso perdoa sempre e se torna exemplo de unidade e de paz. 

6. Pois, todo aquele que prega a divisão, o faz contrariando esta palavra do Senhor: "Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos." (Mt 5,44-45).
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7. Portanto, caríssimos, qualquer palavra fora da Palavra de Cristo, não passa de falso ensinamento advindo do inimigo de nossas almas. E o perfeito discernimento para compreendermos isso, é a falta de paz e harmonia entre nós.
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8. Destarte, escutemos atentamente esta oração do Senhor: "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste." (Jo 17,20-21).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 10 de agosto de 2025

Homilia do 19°Dom tempo comum...


 Homilia do 19°Dom do tempo comum (10/08/25)(Lc 12,32-48)

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1. Caríssimos, o seguimento de Cristo é um trabalhar constante a nossa salvação; tudo o que o primeiro pecado tirou de nós, o Senhor o repôs ao infinito por meio do nosso batismo, desse modo, nos deu todas as graças necessárias para sermos fiéis até o fim nos seus propósitos de nos fazer santos como Ele é Santo. 
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2. Com efeito, assim nos ensinou São Paulo: "Mas agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade; e o termo é a vida eterna. (Rm 6,22). E acrescenta: "De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. (Rm 8,1-2).
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Ora, a liturgia deste domingo nos mostra os feitos de Deus no meio do seu povo para o levar à terra prometida apesar da infidelidade desse mesmo povo. Decerto, todas as promessas divinas estão fundamentadas na fé e na esperança, pois o Senhor que nunca falha, realiza tudo o prometeu, todavia, pede de nós a fidelidade à sua aliança de amor e redenção.
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No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos ensina que a fidelidade ao seu seguimento consiste na prática de Sua Palavra, que se dá por meio das obras de misericórdia que se transformam em tesouros que acumulamos no céu, "porque aonde está o vosso tesouro aí estará também o vosso coração." 

Ao mesmo tempo Ele nos exorta à vigilância como meio de vencermos as tentações que levam ao esfriamento da fé ou o abandono da mesma. Disse Ele: "Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar.
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Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 9 de agosto de 2025

Oração, fé, jejum e disciplina...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 17,14-20)(09/08/25).


1. Caríssimos, o Senhor Jesus no Evangelho de hoje nos ensina que a fé não tem medida porque é dom do Espírito Santo e que por ela tudo alcançamos; porém, essa mesma fé requer coerência e disciplina religiosa para atingir seu objetivo, por meio do jejum e da oração. 

2. Em outras palavras, não é uma questão litúrgica, uma vez que os Apóstolos usaram o ritual, as palavras certas e a oração, mas, como disse o Senhor, lhes faltou a fé e sua autoridade, traduzidas em convicção plena. 

3. Com efeito, vivemos num mundo dominado pelos vícios e por todos os pecados que nos afastam de Deus, e por isso, lutamos no campo dominado pelo inimigo, onde ele sabe muito bem como nos derrotar. 

4. Todavia, para não sermos presas de seus intentos, precisamos das armas espirituais que o Senhor Jesus nos indicou: fé, jejum, oração e disciplina interior, para assim vencermos todas as batalhas. 

5. E se agirmos desse modo, fiquemos certos, o Senhor estará sempre conosco, só precisamos permanecer fiéis aos seus ensinamentos, pois a nossa fidelidade nos mantém em permanente comunhão com Ele.

6. Portanto, escutemos, o que mais chama a atenção na vida dos homens e mulheres que seguiram Cristo é o amor e o serviço que prestaram a Ele para a salvação eterna das almas. Pois a fé e os dons do Espírito Santo e todas as graças derramadas, são iguais para todos, a única diferença é a dedicação com que viveram sua consagração ao Senhor. 

7. Com isso, podemos afirmar sem dúvida alguma que Santa Clara e São Francisco de Assis, são e continuarão sendo modelos perfeitos de fé e de entrega total a Deus, para todas as gerações. Seu exemplo de oração, de fé e disciplina religiosa os põe entre os grandes santos da Igreja, por isso, sua vida e seus escritos são fontes de inspiração para tantas jovens que seguindo a sua via de perfeição se consagraram para sempre ao Senhor. 

Santa Clara e São Francisco, rogai por nós...

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Negar a cruz é negar Cristo...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 16,24-28)(08/08/25)

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1. Caríssimos, de Deus conhecemos muito pouco se não o amarmos acima de todas as coisas e de nós mesmos. Não basta conhece-lo intelectualmente ou teologicamente se não confiarmos Nele de todo coração, e isso só é possível se renunciarmos a nós mesmos certos de que Ele é fiel e por isso, nunca nos abandona.
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2. No Evangelho de hoje eis o que o Senhor Jesus nos ensina a respeito do seu seguimento: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la." (Mt 16,24-25). Ora, como entender esse ensinamento do Senhor?
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3. A resposta a essa pergunta nos vem de são João da Cruz: "Quem está abrasado do amor de Deus não ambiciona outra coisa, não procura ganho nem recompensa, não aspira senão a tudo perder e a perder-se a si mesmo, no que se refere à própria vontade, por amor do seu Deus. A seus olhos, está aí o verdadeiro ganho. 
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4. E de fato é assim, de acordo com a palavra de São Paulo: «Morrer é lucro» (Fil 1,21), isto é, a minha morte por Cristo é um ganho; morrer espiritualmente para todas as coisas e para mim mesmo é um ganho. 
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5. Com efeito, quem não sabe perder-se não se ganha, mas perder-se, de acordo com esta palavra do Senhor no Evangelho: «Quem quiser salvar a sua vida há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa há de encontra-la». 
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6. Se quisermos compreender esse versículo de maneira mais espiritual diremos: quando uma alma chegou, no seu caminho espiritual, ao ponto de perder todas as vias e todas as formas naturais de lidar com Deus; quando já não O procura pelas reflexões ou pelas imagens, nem pelo sentimento, nem por qualquer meio derivado dos sentidos e das coisas criadas;
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7. Mas, ultrapassando tudo isso, deixando todas as vias pessoais e todas as mediações, sejam elas quais forem, se relaciona com Deus e dele goza pela fé e pelo amor, pode dizer-se então que encontrou verdadeiramente a Deus, porque na verdade perdeu tudo o que não é Deus, e ela própria se perdeu verdadeiramente."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Tu és o Cristo, o Filho de Deus...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 16,13-23)(07/08/25)

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1. Caríssimos, frequentemente somos provados em nossa fé, nós que estamos passando pelo deserto deste mundo, aonde parece que Deus está ausente; é como se tudo fosse desmoronar; aonde a esperança não mais se faz tão viva; e enfim, onde parece que tudo vai nos faltar. É isso o que vimos na primeira leitura, visto que em pleno deserto, faltou ao povo eleito o elemento essencial da vida, a água.
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2. Ora, e como tudo na vida dos que creem vem da fé, ao ser pressionados, Moisés e Aarão recorreram ao Senhor que fez brotar da pedra bruta uma torrente de água que saciou a todos, homens e animais, por todo o tempo da peregrinação no deserto, e isso se tornou para eles um sinal da presença real de Deus em seu meio. 
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3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus fez uma pergunta essencial que todos precisamos responder sem duvidar ou fugir dela: "E vós, quem dizeis que eu sou?” De fato, pelas respostas dadas vimos que somente Pedro, por inspiração divina, respondeu perfeitamente. 
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4. Ora, mas, nem isso, o fez tão firme como pretendia, pois, logo que o Senhor lhe apresentou o deserto pelo qual haveria de passar para cumprir a vontade do Pai, Pedro o rejeitou prontamente, e por isso foi reprovado pelo Senhor a fim de que se corrigisse do seu erro.
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5. Decerto, nós que neste momento passamos pelo duro deserto deste mundo cheio de provações e dasafios da nossa fé, rumo ao Reino dos céus, precisamos identificar o Senhor Jesus, não apenas com palavras, mas sim, com a nossa adesão e o nosso amor incondicional a Ele, amparados pela prática das virtudes do Evangelho, e assim o testemunhar como Aquele que tanto nos amou e se entregou ao Pai em sacrifício de expiação para a nossa salvação.
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6. Portanto, caríssimos, não importa quanto tempo ainda temos para a nossa Páscoa definitiva, o que importa é a resposta que damos ao Senhor Jesus na certeza de que estamos na barca de Pedro, a Santa Igreja, que Ele lhe confiou com estas palavras: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.
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7. Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,16-19).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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