A PRÁTICA DA FÉ É O NOSSO ENCONTRO COM DEUS...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 13,10-17)(30/10/23). 

Amados irmãos e amadas irmãs, a prática religiosa é um encontro com Deus e entre nós, e para isso o Senhor escolhe líderes que facilitam esse encontro repleto de oração, piedade, escuta e prática da sua Palavra que gera unidade, concórdia e o bem estar de todos. 

Porém, quando tais líderes tornam-se rígidos impondo a própria interpretação da Lei de Deus, ao invés de favorecer o encontro com o Senhor, eles o dificultam por conta da hipocrisia que distilam por sua prática em nada piedosa.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje. 

1. Caríssimos, o legalismo farisaico é uma doença espiritual muito pior do que imaginamos, pois enrigesse a alma de tal forma que a impede de agir com sabedoria e bom senso; embora o legalista diga que só quer fazer cumprir a lei, na verdade, por sua má interpretação dela, se põe em contradição por falta da caridade devida, e com isso se opõe ao próprio Deus, autor e consumador da Lei. 

2. Com efeito, é bem como escreveu são Tiago: "Quem julga a lei já não é observador da lei, mas seu juiz." (Tg 4,11). E são Pedro confirma essa assertiva em sua segunda epístola: "Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus." (2Pd 1,20-21).

3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus curou em dia de sábado uma mulher que há dezoito anos vivia encurvada por influência do maligno, mas logo foi contestado pelo chefe da Sinagoga, que disse: "Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.

4. Ao que Jesus replicou: "Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado? Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia." (Lc 13,14-17)

5. "E dizia-lhes: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado; e, para dizer tudo, o Filho do homem é senhor também do sábado." (Mc 2,27-28). Ou seja, toda atitude ou decisão que não leva o ser humano encontar a misericórdia de Deus e libertar-se dos males que o escraviza, não passa de intransigência e falta de amor.

6. Portanto, caríssimos, todo argumento legalista já nasce envolto pela hipocrisia, pois lhe falta discernimento, caridade, misericórdia, bondade e todas as virtudes necessárias para se fazer o bem que deve ser feito. 

7. Destarte, a função da lei, é conduzir as almas para Cristo e nesse encontro elas se tornam uma só com Ele no amor. Sem esse sentido a lei se torna letra morta, porque não cumpre sua missão devido a má interpretação lhe foi dada.

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, "Jesus, que veio recriar o homem, coloca-se imediatamente do lado deste; recusa descer ao terreno da polêmica moralista dos fariseus e restitui ao sétimo dia o espírito genuíno das suas origens. 

9. Ou seja, um dia em que o homem se encontra no seu ambiente familiar e entre os seus entes queridos; um dia de repouso de todas as fadigas e um dia de liberdade interior" (Pe Ubaldo Terrinoni) onde se encontra com Deus e o reverencia. É esse o verdadeiro sentido da Lei. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 
 

A VERDADE VENCE SEMPRE...

 Homilia do 30°Dom do TC (Mt 22,34-40)(29/10/23)

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Amados irmãos e amadas irmãs, o argumento central da liturgia de hoje trata dos Santos Mandamentos da Lei de Deus, e de como os fariseus tentam pôr a prova o próprio Senhor da Lei como se Ele não a conhecesse. 

Com efeito, esse tipo de argumento ou atitude revela o quanto as más intenções são nocivas para quem as cultiva. Em outras palavras, a Verdade posta à prova vence sempre por mais que queiram cercea-la.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do 30°Dom do Tempo Comum. 

1. Caríssimos, quem quer seguir o Senhor usando os próprios critérios, torna-se juíz de tudo e de todos até mesmo do próprio Deus, pondo-o à prova, duvidando do seu amor, do seu poder e de sua divina misericórdia. É isso o que vemos nessa liturgia de hoje, em que Jesus é posto à prova para saber se realmente conhecia a lei de Deus.

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2. É como se perguntasse a Deus quem criou o mundo visível e invisível; ou o interrogasse por quê o bem e o mal existe, duvidando que Ele nos ama e nos protege. 

Decerto, fomos criados a sua imagem e semelhança e jamais Ele despreza aqueles que o amam e lhe obedecem. Por isso, nos enviou o seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, para sermos salvos por seu sacrifício de cruz. Não amar essa verdade, é perde-la.

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3. De fato, quando os homens julgam Deus conforme o próprio raciocínio e não segundo aquele que vem da sabedoria do Espírito Santo, terminam desprezando-o como se o último critério para aderir ao Seu infinito amor e vivê-lo, fosse humano e não divino.

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4. De fato, quem quer impor a Deus a própria vontade morre afundado na lama fétida do egoísmo sem jamais experimentar o Seu Amor. Pois, dentro da palavra "Deus" está a palavra "eu", e tirar o "eu" de Deus, é querer viver uma autossuficiência que não existe, e isso chamamos egoísmo.

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5. Portanto, caríssimos, sabemos que o tempo passa e com ele todas as coisas presentes; no entanto, felizes são os que seguem fielmente o Senhor Jesus, pondo em prática a sua Divina Palavra, ou seja, tudo o que nos ensina com o seu exemplo de amor ao Pai por sua obediência a Ele.

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6. Destarte, seguir o Senhor Jesus confiantes e sem preocupação alguma, é ama-lo sobre todas as coisas e amar-nos uns aos outros como Ele nos ensina, para darmos os frutos da nossa permanência Nele, vivendo em justiça e santidade todos os dias de nossa vida neste mundo (cf. Jo 15,1-8).

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7. Amados irmãos e amadas irmãs, será que não dá pra entender que somos limitados? E que somos dependentes cem por cento? E que, de fato, somente pela renúncia ao egoísmo é possível amar a Deus de verdade e amar-nos uns aos outros como a nós mesmos? 

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8. É bem como nos ensina são Paulo: "Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)." (Gl 5,13b-14). Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria, OFMConv.

CHAMADOS E ENVIADOS PARA ANUNCIAR JESUS E O REINO DE DEUS, CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO SANTO...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,12-19)(28/10/23)

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1. Amados irmãos e amadas irmãs, a Igreja hoje celebra a Festa dos Apóstolos são Simão e são Judas Tadeu, escolhidos pelo Senhor para fazerem parte do Colégio Apostólico representantes das doze tribos de Israel, e no Novo Testamento, da Santa Igreja, o novo povo eleito. 

2. Eles foram martirizados, pois, como disse Senhor: "O discípulo não é mais que o mestre, o servidor não é mais que o patrão. Basta ao discípulo ser tratado como seu mestre, e ao servidor como seu patrão. Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. (Mt 10,24-25.28). 

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3. De fato, os discípulos por si mesmos não poderiam realizar qualquer prodígio, todavia, por se deixarem conduzir pelo Espírito do Senhor, tornaram-se testemunhas fiéis da sua ressurreição e o anunciaram à todas as nações à ponto de darem a vida por Ele e pelo Santo Evangelho da nossa salvação.

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4. Decerto, o Senhor Jesus ao chamar e enviar os seus discípulos o fez com a mesma missão que o Pai lhe confiou: "reconciliar todos com Ele e recompor a unidade do gênero humano. Agora cabe aos seus discípulos continuar a edificação da Igreja. 

5. Assim como Jesus pôde cumprir o desígnio do Pai porque era uma só com Ele, assim também eles poderão continuar sua altíssima missão porque o Ressuscitado está neles." (Chiara Lubich).

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6. Portanto, caríssimos, escutemos humildemente o Santo Padre, o Papa Francisco: "Pensemos hoje na missionariedade da Igreja: naqueles discípulos que, esquecidos de si mesmos, partiram, e também naqueles que tiveram a coragem de anunciar Jesus aos gregos, algo quase escandaloso naquele tempo (cf. At 11, 19-20).

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7. Pensemos na Mãe Igreja que cresce, cresce com novos filhos, aos quais Ela dá a identidade da fé, porque não se pode crer em Jesus sem a Igreja. Ouvimos Jesus mesmo dize-lo no Evangelho: Vós não acreditais, porque não fazeis parte das minhas ovelhas (cf. Jo 10, 26). 

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8. Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar». 

9. E peçamos ao Senhor este desassombro, este ardor apostólico, que nos impulsiona a seguir em frente todos como

irmãos. A caminhar avante, levando o nome de Jesus no seio da Santa Mãe Igreja, como dizia Santo Inácio, hierárquica e católica. Assim seja." (Papa Francisco, Capela Paulina - Vaticano, 23 de abril de 2013).

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10. Amados irmãos e amadas irmãs, a Igreja Católica, Apostólica Romana, é a única que tem como fundador Cristo, e por isso, é e sempre será o Sacramento Universal da salvação da humanidade. 

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11. Qualquer outra denominação é mera criação humana com suas incontáveis divisões, cuja única missão, por incrível que pareça, é combater a Santa Igreja. Que o Senhor Jesus tenha misericórdia e compaixão, perdoe o escandaloso pecado das divisões, nos liberte de todo mal e nos conduza à vida eterna. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

O VIVER SEM APEGOS, É UM VIVER FELIZ...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 12,13-21)(23/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Qual é realmente o sentido da nossa vida? Por que existimos ou qual o sentido que damos ao nosso ser e estar no mundo? De fato, se todo o nosso viver for por amor a Deus, com Deus e para Deus, é esse o sentido eterno da nossa vida, porque em Deus tudo é eterno.

Bem como nos ensina são Paulo: "É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a). Isso significa nunca tirarmos o nosso EU de DeuS, ou seja, nunca fazer coisa alguma sem a Sabedoria do Espírito Santo. 

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje. 

1. Caríssimos, vivemos em três mundos diferentes; um é o mundo dos ricos, dos famosos, dos poderosos, dos consumistas inveterados e muito mais. Um outro é o mundo dos que têm pouco, e apesar do desejo de possuir muito, não conseguem, por isso, buscam as facilidades que o maligno lhes oferece só para satisfazer seus intentos usando todo tipo de violência e perversidade para isso. 

2. Por fim, vem o mundo daqueles que vivem, não para satisfazerem seus instintos, mas sim, para realizarem a vontade de Deus; estes sofrem muito por causa das desgraças causadas por aqueles que vivem nos dois mundos anteriores; todavia, a força motora que os conduz é o poder de Deus que os sustenta com sua graça para além de todas as tentações e desafios de fé que enfrentam.

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3. Com efeito, desde que o pecado entrou na história humana pela via da desobediência, que as disputas matérias passou a fazer parte dela igualmente, e tudo indica que, enquanto o ser humano aqui existir essa disputa continuará.

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4. No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus dá um alerta a todos seja qual for o mundo em que estamos vivendo, mostrando que o verdadeiro Bem com o qual devemos nos apresentar a Deus, são os valores eternos ou as santas virtudes, isto é, amor, justica, bondade, humildade, doçura, paciência, solidariedade, etc. pois são esses valores que realmente nos fazem felizes. 

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5. Decerto, por meio da parábola que o Senhor Jesus nos conta hoje, Ele nos ensina que o nosso devir, isto é, a nossa existência eterna se fundamenta na vivência da fé, por isso precisamos ter muito cuidado para não nos deixar enganar pela ganância, pois tudo o que existe naturalmente um dia torna-se-a poeira que se esvai para o nunca mais, isto é, para o vazio infinito. 

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6. Portanto, caríssimos, "Bem-aventurados os pobres de coração, porque deles é o Reino dos céus!" (Mt 5,8). Ora, isso significa o desapego a tudo, pois tudo o que existe são meios para fazermos o bem e somente o bem a todos sem acumular coisa alguma, isso parece muito difícil, mas não para quem vive da providência divina. 

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7. Destarte, eis o que diz o Senhor Jesus àquele faz da ganância o fundamento da sua existência neste mundo: "Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. (Lc 12,20-21).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, a nossa felicidade é um dom de Deus, ela não se encontra nas coisas ou nas pessoas, mas unicamente em Deus que nu-la dá por seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que ofereceu-se em sacrifício pela nossa salvação. Fora disso a felicidade não existe, porque aqui neste mundo tudo é transitório, e somente em Cristo tudo é definitivo.

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

O QUE É DE CÉSAR, E O QUE É DE DEUS?

 Homilia do 29°Dom do TC (Mt 22,15-21)(22/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, sejam bem-vindos à nossa meditação diária. Deus nos criou à sua imagem e semelhança e não podemos em hipótese alguma manchar a sua imagem com os nossos pecados. Viver em estado de graça, é manter a sua imagem tal qual Ele nos criou, pois, somos o que somos aos seus olhos e nada mais.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do vigésimo nono domingo do Tempo Comum.

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1. Caríssimos felizes os filhos e filhas de Deus que se põem sob a sua proteção e nunca o contestam por nada desta mundo, porque sabem que Ele é a única Fonte de vida eterna. Bem como escreveu são Tiago: "Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade." (Tg 1,17).

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2. Na segunda leitura são Paulo nos mostra que as virtudes teologais: da fé, esperança e caridade, são graças advindas do Espírito Santo que nos santifica à medida que as vivemos em nosso de cada dia. Pela fé fazemos acontecer as Palavras do Senhor Jesus como Ele mesmo disse: "Tudo é possível ao que crê." (Mc 9,23b).

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3. De fato, é essa virtude que firma a nossa esperança na vida eterna, como vemos na Carta aos Hebreus: "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê." (Hb 11,1). Ou seja, sem a virtude da esperança a vida natural perderia o sentido de ser, pois tudo terminaria com a morte.

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4. No entanto, por essa virtude compreendemos que a morte natural na verdade é o início da vida eterna. E no que diz respeito à virtude da caridade, ela é o esplendor e coroamento de todas as virtudes, porque é justamente ela que nos identifica como Imagem e semelhança de Deus, que é puro amor. 

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5. No Evangelho de hoje os poderes religioso e político, representados pelos Fariseus e herodianos, se juntam para pôr à prova o Senhor Jesus, com o propósito de condena-lo. Disseram eles: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências.

6. Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22,18-21).

7. Decerto, a mentira, a hipocrisia e a maldade, são atitudes próprias dos que servem ao maligno, e por isso, não vivem segundo a vontade de Deus, embora se apresentem como doutores e mestres versados na Lei, quando na verdade, por falta de caridade, vivem mergulhados na lama fétida da incoerência e da perdição eterna. 

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8. Portanto, caríssimos, por esse Evangelho o Senhor Jesus nos ensina que todos aqueles que servem ao maligno usam de suas artimanhas para julgar e condenar os inocentes; todavia, o Senhor nos auxilia sempre com a sua sabedoria para não caírmos em tais artimanhas.

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9. De fato, ser conduzidos pelo Espírito Santo consiste no que disse são Paulo ao referi-se à prática da fé por parte dos Tessalonicenses: "Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.

10. Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso, com toda a abundância." (1Ts 1,3-5b)

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11. Amados irmãos e amadas irmãs, depois do que vimos nesta liturgia não resta dúvida que o único meio de vencer o maligno e o seu modo de agir, é rejeitar totalmente todas as tentações e insídias que chegam à nossa mente, para nos mantermos em comunhão com o Senhor Jesus, e assim realizarmos em tudo a vontade de Deus, nosso Pai celestial. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

CUIDADO COM A PRÁTICA APARENTE DA FÉ...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 12,1-7)(20/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Não basta dizer que acreditamos em Cristo, mas, é preciso ser coerentes com a fé que professamos, pois, eis o que escreveu são Tiago a esse respeito: "Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem." (Tg 2,19).

Mas, não lhe obedecem, porque tudo o que fazem é sempre contrário a Sua Santa Vontade; por isso prestemos atenção com a prática da nossa fé diante do Senhor, porque Ele realmente nos ama, porém, não tolera nenhuma maldade, porque tudo o que é mal vem do maligno por meio daqueles que o seguem.

Meditemos com amor e atenção este pequenos sermão de hoje.

1. Caríssimos, a prática da fé, requer que sejamos transparentes em tudo o que vivemos, isto é, transparecendo sempre a vontade de Deus. Bem como o Senhor nos ensinou: "Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno." (Mt 5,37). Sem dúvida precisamos desse discernimento preciso para nos mantermos seguros, sem culpa alguma.

2. No Evangelho de hoje, ouvimos o Senhor Jesus, dizer: "Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados." (Lc 12,3).

3. Com efeito, é muito simples compreender isso, porque tudo o que vivemos por mais comum que seja fica gravado em nossas almas. Por isso, escreveu são Paulo: "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor. Servi a Cristo, Senhor." (Cl 3,23-24).

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4. Decerto, isto significa que ser cristão é não viver de aparências ou da imitação dos maus costumes deste mundo, mas somente da vontade de Deus, como nos ensina são Paulo: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Rm 12,1-2).

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5. Com efeito, eis o que disse o Santo Padre, o Papa Francisco, em uma de suas homilias: "Tenham cuidado com os rígidos. Tenham cuidado com os cristãos – sejam eles leigos, padres, bispos – que se apresentam como “perfeitos”, rígidos. Tenham cuidado. 

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6. Não há o Espírito de Deus ali. Falta o espírito da liberdade." De fato, ser livre é querer sempre o que Deus quer, porque não existe liberdade fora da vontade divina. "Ser livre é querer o Bem, o Sumo Bem, e o Sumo Bem é Deus." (Beato João Duns Scott) 

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7. Portanto, caríssimos, aprendamos com Maria Santíssima a viver a liberdade que o Senhor nos concede, por meio da santa obediência; seguindo fielmente o que ela aconselhou nas bodas de Caná: "Fazei tudo Ele vos disser." Exatamente como ela seguiu em tudo o seu amado Filho: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." (Lc 1,38).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, quando não nos deixamos conduzir pelo Espírito de Deus; facilmente caímos nas tentações que chegam a nossas mentes, porque são sutis e enganosas. Por isso, escreveu são Paulo: "Pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (Rm 8,14). E disso jamais podemos duvidar.

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv.

REZEMOS PELA PAZ NO MUNDO...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,47-54)(19/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

A prática da fé e das virtudes eternas recebidas no batismo, é o que nos faz vencer as tentações e o maligno. Por isso, deixemos fora das nossas ações tudo o que é contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos; jamais dialoguemos com qualquer pensamento vão, desordenado ou estranho que chegue a nossa mente.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos, a Lei e os profetas fazem parte da Pedagogia divina para conduzir toda a humanidade a Cristo, Palavra viva do Pai, para que seja salva por Ele. No entanto, como vimos no Evangelho de hoje, não foi esse o entendimento dos mestres da Lei; por isso, o Senhor lhes disse: "Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. (Lc 11,52).

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2. Com efeito, tudo o que se refere a Deus, tem como fundamento o amor, a verdade, a justiça e a santidade; desse modo, a verdadeira prática da Lei consiste na vivência e comunicação dessas virtudes, sem as quais todo esforço devocional não passa de prática inútil. Porque a Lei sem a graça é letra que mata.

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3. Comentando este Evangelho de hoje, disse o Papa Bento XVI: "Desde a flagelação até à perfuração do lado, depois da morte na cruz, Cristo derramou todo o seu sangue, como verdadeiro Cordeiro imolado para a redenção universal. Está escrito no Gênesis que o sangue de Abel, morto pelo seu irmão Caim, clama a Deus desde a terra (cf. 4, 10). 

4. E infelizmente, hoje como ontem, este grito não cessa, porque o sangue humano continua sendo derramando por causa da violência, da injustiça e do ódio. Quando é que os homens aprenderão que a vida é sagrada e pertence somente a Deus? Quando é que vão compreender que somos todos irmãos? 

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5. Ao grito do sangue derramado, que se eleva de tantas partes da terra, Deus responde com o sangue do seu Filho, que deu a sua vida por nós. Cristo não respondeu ao mal com o mal, mas com o bem, com o seu amor infinito. 

6. O sangue de Cristo é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade. Olhando para as chagas do Crucificado, todo o homem, mesmo em condições de extrema miséria moral, pode dizer: Deus não me abandonou, Ele me ama, deu a sua vida por mim; e assim encontrar a esperança."

7. Certa feita, disse o Senhor: "O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida. E prosseguiu: Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido." (Jo 6,63-64). E ainda: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia." (Jo 6,44).

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8. Com efeito, a tendência daqueles que tentam se defender atacando por não aceitar a verdade que revela quem são e os erros que cometem, é odiar e perseguir os expositores de sua má conduta. E foi isso o que fizeram os algozes do Senhor: "Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pega-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca." (Lc 11,53-54).

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9. Portanto, caríssimos, quem acredita na Verdade e a põe em prática, eterniza-se com ela e por ela, pois, a sua prática é a via que nos leva à felicidade eterna; a Verdade é Cristo.

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10. Amados irmãos e amadas irmãs, apesar de todos os pecados cometidos na face da terra, Deus jamais deixou de nos amar e nos proteger mesmo se não temos plena consciência disso. 

11. Nas revelações que o Senhor Jesus fez a santa Faustina, apóstola divina misericórdia, ao lhe mostrar qual seja a primeira pena dos que são condenados, diz Ele: "é o sentimento da total ausência de Deus."

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12. Oremos: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus amado, tende piedade de nós pecadores, e da-nos a graça do verdadeiro arrependimento e conversão, para nunca mais pecarmos, porque só possível sermos felizes amando-te sobre todas as coisas, e amado-nos uns aos outros como a nós mesmos. Amém! Assim seja! 

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

A NOSSA MISSÃO É ESTA :VIVER O EVANGELHO, ANUNCIAR CRISTO E O REINO DE DEUS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,1-9)(18/10/23).

1. Amados irmãos e amadas irmãs, hoje a Igreja celebra a Festa de são Lucas, fiel colaborador de São Paulo em sua missão e autor consagrado do Evangelho que leva o seu nome e dos atos dos Apóstolos baseados nas atividades missionária de São Pedro e São Paulo, e da Igreja primitiva como um todo.

2. Caríssimos, todos nós estamos a caminho do Reino dos Céus e ao longo da sua trajetória o anunciamos à todos na certeza de o Senhor caminha conosco concedendo-nos, por meio do Seu Santo Espírito, todas as graças necessárias para anuncia-lo com intrepidez. 

3. Ora, dentre essas graças estão a paz, a cura das enfermidades e a libertação das almas feridas pelos pecados. Todavia, não podemos esquecer que caminhamos na mesma fé e na unidade do Corpo Místico de Cristo, a Santa Igreja, sob a autoridade dos nossos pastores constituídos por Ele, para o governo do seu rebanho.

4. Com efeito, convém lembrar ainda que nem sempre seremos aceitos ou compreendidos, e por isso mesmo, seremos caluniados, difamados, perseguidos, e quem sabe até mortos, sem que tenhamos culpa alguma, como aconteceu com o Senhor Jesus, os Apóstolos e os seus seguidores de todos os tempos. 

5. Mas, por que isso acontece? Porque a verdade sempre incomoda o reino da mentira, no entanto, aqueles que a acolhem no íntimo de suas almas, encontram nela a liberdade dos justos, a felicidade dos eleitos e a convicção de que estamos a caminho da terra prometida, o Reino de Deus. 

6. No Evangelho de hoje, ao enviar os discípulos, o Senhor Jesus deu-lhes algumas instruções, disse Ele: "Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho!" Ou seja, o objetivo principal é o anúncio do Reino de Deus e da sua justiça para a salvação das almas, por isso, não se pode perder tempo, porque tempo é vida.

7. De fato, quando nos concentramos nas instruções do Senhor não podemos perder tempo com distrações ou outros interesses para não nos afastar da missão que nos foi confiada, como vimos na primeira leitura em Paulo menciona um dos seus colaboradores que abandonou a missão por afeiçoar-se às coisas deste mundo. 

8. Decerto, quem recebe o Reino de Deus como herança o anuncia sem nenhum apego ou interesse, em conformidade com a instrução recebida: "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ Sem dúvida, os anunciadores do Reino de Deus, levam consigo sua paz e a concede à todos que estão aptos para recebê-la."

9. Com efeito, como nos ensinou são Paulo: "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza de estima dos homens. 

10. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação." Desse modo, compreendemos que o anúncio do Reino de Deus se dá mediante o testemunho de vida em obediência ao envio do Senhor.

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11. Amados irmãos e amadas irmãs, o chamado do Senhor Jesus abrange todos os foram batizados, mas isso não é algo aleatório ou por conta de cada um, tendo em vista que ele acontece no âmbito das nossas paróquias sob a custódia dos bispos, párocos e diáconos em comunhão com o santo Padre, que atualmente é o Papa Francisco. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

CUIDADO COM OS FALSOS JUÍZOS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,37-41)(17/10/23). 

1. Amados irmãos e amadas irmãs, normalmente quem vive para si mesmo se isola até na prática da fé que professa, e por isso, sofre a tentação de emitir juízos de valor contra tudo e contra todos sem jamais admitir os próprios erros. Cuidado, isso é muito perigoso para a alma, pois os falsos juízos são a porta de entrada do maligno nela.

2. Caríssimos, em nossa prática de vida frequentemente somos confrontados tendo em vista o viver que realmente agrade a Deus por estar de acordo com a sua vontade. E ninguém pode dizer que não conhece a sua vontade, pois, ela consiste em seguir a Cristo fielmente, como nos ensina são João: "Aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu." (1Jo 2,6).

3. Por isso, precisamos viver coerentemente os seus santos mandamentos, sem sermos fiscais uns dos outros na prática deles, mas sim, verdadeiros praticantes de suas normas; pois as obras de misericórdia são infinitamente superior a todos os juízos de valor que se possa emitir.

4. "Com efeito, em Jesus Cristo, o que vale é a fé agindo pela caridade," como escreveu São Paulo, pois, foi "para a liberdade que Cristo nos libertou." Por isso, "Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão" deste mundo, que são os vícios e todos os tipos de preconceitos, sempre contrários à caridade fraterna. 

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5. Decerto, amar como o Senhor Jesus nos ensina, significa perdoar tudo e a todos, porque o amor do Senhor é a única via que pacífica-nos a todos. Ora, não entender isso, é cair no abismo da incompreensão, das discórdias e divisões, que resulta nas mais terríveis lutas fratricidas, e com isso perdemos o verdadeiro sentido da vida que consiste no que o Senhor nos ensinou: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo." (Jo 15,12).

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6. O Evangelho de hoje nos mostra o exemplo oposto dessa verdade ensinada por Jesus. Um fariseu o convida para jantar em sua casa, mas logo o julga por não ter feito a ablução como de costume, no entanto, como o Senhor conhece todas as coisas, mostra-lhe o péssimo estado de sua alma, imersa na lama fétida da incoerência.

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7. De fato, quem vive julgando e condenando os outros, na verdade está apenas projetando neles os erros e contradições que cultiva com sua prática de vida. A estes diz o Senhor: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades." (Lc 11,39). 

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8. Decerto, essa sentença é do justo juiz que nos conhece por dentro e por fora, porque é o Senhor do céu e da terra. No entanto, quem diante Dele se arrepende ganha uma nova chance pra recomeçar em estado de graça; caso contrário, carregará na alma os pecados praticados como prova contra si mesmo no dia do juízo final.

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9. Por isso, muita atenção, porque muitos estão vivendo como se a sua prática de vida não fosse o seu devir eterno aqui no tempo, pois, como estamos vivendo neste mundo, é isso mesmo que seremos eternamente depois que formos julgados conforme as nossas obras.

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10. Entretanto, não podemos pensar que a salvação é obra nossa, porque seria enganar a nós mesmos, uma vez que ela é fruto do sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, que em tudo faz a vontade do Pai, como nos ensinou: "Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. (Jo 6,38-39).

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11. Portanto, caríssimos, todos sem exceção, seremos julgados, não segundo os nossos critérios, mas segundo os critérios divinos que são os santos mandamentos. Decerto, a fé consiste nisto: pôr em prática a Palavra de Deus, para usufruírmos das graças que Ele nos concede em vista da salvação de todos.

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Paz e Bem! 

Frei Fernando Maria OFMConv. 

PORQUE MUITOS SÃO CHAMADOS, E POUCOS SÃO OS ESCOLHIDOS...

 Homilia do 28°Dom do tempo comum (Mt 22,1-14)(15/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e por sua paixão, morte e ressurreição, Ele nos abriu as portas do Céu, e com o Pai nos enviou o Espírito Santo, para permanecer conosco e nos ajudar a entrar no seu banquete nupcial.

Todavia, cabe a nós acolher o seu convite por uma vida íntegra e digna das vestes nupciais que Dele recebemos no batismo.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do 28°Dom do Tempo Comum.

1. Caríssimos a liturgia deste domingo é um belíssimo convite que Deus nos faz para o banquete eterno das núpcias do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo. Na primeira leitura, por meio do Profeta Isaías, o Senhor aumenta a nossa esperança nos mostrando o que tem preparado para aqueles que o amam e aceitam o seu convite.

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2. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a seguinte parábola: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. 

3. O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: 'Já está tudo pronto, vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram." (Mt 22,2-7).

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4. Com efeito, fazendo uma analogia dessa parábola com o nosso viver neste mundo percebemos que todos, sem exceção, somos convidados pelo Senhor para participar do banquete do Seu Filho nos Reino dos céus; entretanto, por causa dos interesses mesquinhos, do apego material e do tempo perdido com futilidades e tantos outros pecados, muitos não aceitam o Seu convite.

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5. Não obstante, de uma coisa fiquemos certos, a cada momento vivido nos aproximamos do dia eterno da realização do banquete nupcial do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; a pergunta que nos fazemos é esta: estamos preparados para entrarmos no Seu festim real ou estamos perdendo tempo com as distrações e futilidades deste mundo?

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6. Escutemos, então, o que diz Senhor Jesus a este respeito: "Não seles o texto profético deste livro, porque o momento está próximo. O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais. 

7. Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras." (Ap 22,10-12). Ora, e quais são estas obras pelas quais o Senhor nos dará a recompensa? Trata-se das obras de misericórdia corporais e espirituais.

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Eis as obras de misericórdia Corporais:

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1ª Dar de comer a quem tem fome.

2ª Dar abrigo aos peregrinos.

3ª Assistir os enfermos:

4ª Dar de beber ao sedento.

5ª Vestir os nus.

6ª Socorrer os prisioneiros.

7ª Enterrar os mortos.

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Eis as obras de misericórdia Espirituais:

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1ª Dar bons conselhos;

2ª Ensinar os ignorantes

3ª Corrigir os que erram;

4ª Consolar os tristes;

5ª Perdoar as injúrias;

6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7ª Rogar a Deus pelos vivos e mortos.

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Convém lembrar que as obras de misericórdia não são uma obrigação que se nos é imposta, mas um serviço prestado ao Reino de Deus, para a salvação das almas sob a inspiração e o comando do Espírito Santo, conforme nos ensina são Paulo (cf. Ef 2,8-10; Cl 3,16-17.23-24). 

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, nada se compara à caridade oblativa, que se traduz pelo amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. É claro que não temos a solução para todos os problemas gerados pelos pecados cometidos neste mundo; no entanto, com o auxílio da graça de Deus, é possível pelo menos aliviar o sofrimento dos que estão ao nosso alcance.

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9. Peçamos ao Senhor Jesus que nos dê coragem, serenidade e determinação para servi-lo junto aqueles que mais necessitam do nosso auxílio, principalmente neste tempo tão difícil que estamos atravessando.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

Ó MARIA, VÓS SOIS A ARCA SANTA DA NOVA ALIANÇA...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,27-28)(14/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

A palavra falada ou escrita é o conteúdo íntimo de nossas almas que expressamos conforme a fonte da qual bebemos. Isto significa que quanto mais bebermos do conteúdo do mundo com as suas contradições e mentiras, mais do mundo seremos, e por isso mesmo, pouco ou quase nenhum espaço daremos à Palavra de Deus e ao que diz respeito a nossa salvação.

Ora, certa feita, disse o Senhor Jesus: "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11)." (Jo 7,37-38).

As perguntas que fazemos a nossa consciência são estas: De onde nascem as nossas palavras, e os nossos elogios ou críticas? Quais são as suas reais intenções? Ora, não podemos esqucer que o juízo final é pessoal e acontece logo após a nossa morte natural (cf. Hb 9,27). 

Por isso, pensemos seriamente nestas palavras do Senhor Jesus: "Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado." (Mt 12,36-37).

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos quando o elogio não chega ao essencial, é preciso corrigi-lo até que chegue a ele e sirva de testemunho para todos. Pois, normalmente o elogio nasce da admiração ou da percepção enamorada, no entanto, não é o sucifiente quando se trata da salvação eterna das nossas almas. 

2. A propósito, é isso o que vimos no Evangelho de hoje em que uma mulher do meio multidão diz ao Senhor Jesus: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. (Lc 11,27). Ao que o Senhor respondeu: "Muito mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”.(Lc 11,28). Ou seja, a felicidade é um dom de Deus e depende sempre da nossa obediência a Ele.

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3. Mas, alguém poderá perguntar, como guardar a Palavra de Deus? Exatamente como a Mãe do Senhor a guardou, isto é, na Arca Santa do seu ventre. Pois, o Senhor Jesus, é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós. Desse modo, guardar a Palavra é tê-la encarnada na prática da fé, obedecendo em tudo à vontade do Pai. 

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4. Aliás, bem como Ele nos ensinou no Evangelho de são João: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou. (Jo 14,23-24).

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5. O santo Padre, o Papa Francisco, referindo-se à essa passagem bíblica, nos exorta: "Conserva, pois, a Palavra de Deus como fazes com os alimentos [...], já que se trata do «Pão da vida» (Jo 6,35), do verdadeiro sustento da alma.

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6. Guarda também tu a Palavra de Deus, porque são bem-aventurados os que a guardam (cf. Lc 11,27). Guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo da tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e a tua alma deleitar-se-á na abundância.

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7. Não te esqueças de comer o teu pão, não suceda que desfaleça o teu coração; pelo contrário, sacia a tua alma com este manjar delicioso. E, se assim guardares a Palavra de Deus, certamente ela te guardará a ti. 

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8. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que reedificará Jerusalém e renovará todas as coisas (cf At 3,22; Jl 4,1; Ap 21,5)." (Papa Francisco). 

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9. Portanto, caríssimos, todos os dias escutamos uma enorme quantidade de palavras, mas nenhuma delas se compara à Palavra de Deus, uma vez que somente Ela tem o poder de santificar as nossas almas quando a pomos em prática, porque, de fato, a Sua Santa Palavra é a única regra que nos leva à vida eterna.

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10. Amados irmãos e amadas irmãs, ninguém jamais amou ou amará o Senhor Jesus como sua mãe, Maria Santíssima, o amou e o ama. Por isso, a Santa Igreja a venera como nossa mãe e mestra; Arca Santa da Nova Aliança; modelo perfeito de obediência e santidade. Tabernáculo Santíssimo da Palavra Eterna de Deus Pai. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

A LUTA CONTRA O PECADO E O AUTOR DO PECADO, O DEMÔNIO...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA (Lc 11,15-26)(13/10/23)

1. Caríssimos, a obra de santificação das nossas almas realizada por Deus, acontece gradativamente, isto é, passo a passo em diversas etapas, como vimos na travessia do deserto rumo à terra prometida realizada por seu povo eleito, tendo a frente o patriarca Moisés e seus colaboradores. 

2. Para nós católicos a vida nova começa com o batismo, a primeira comunhão, o Crisma, os outros Sacramentos e a vivência da fé, e segue sua tragetória até ser concluída na terra prometida do Reino dos céus. De fato, a nossa vocação é a santidade sem a qual não podemos ver a Deus, e foi por isso que Ele nos enviou o seu Filho que por seu sacrifício de cruz nos salvou, e nos deu a vida eterna. 

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3. Mas, até que cheguemos à plenitude da sua gloria, passamos por diversas provações e desafios de fé, como o povo eleito passou no deserto, todavia, nada que não possamos suportar ou que seja impossível de se cumprir, porque para cada momento o Senhor Jesus nos dá uma graça especial, basta fazermos em tudo a Sua Santa Vontade.

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4. Falando à esse respeito assim nos exortou são Tiago: "Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma." (Tg 1,2-4).

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5. Nas leituras de hoje vimos que dentre esses desafios se encontra a luta contra o pecado e o seu autor, o diabo. Decerto, sem a graça de Deus é impossível vencer qualquer luta; por isso, em sua primeira carta, são Pedro, nos exorta: "Sede sóbrios e vigiai. 

6. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará. A ele o poder na eternidade! Amém." (1Pd 5,8-9).

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7. Portanto, caríssimos, fiquemos atentos às palavras que Jesus nos fala no Evangelho de hoje, se de fato, quisermos vencer esta luta: "Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa." (Lc 11,23). Ou seja, precisamos nos unir a Cristo com todo o nosso coração, porque sem Ele nada podemos fazer (cf. Jo 15,5). 

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8. Destarte, peçamos ao Senhor Jesus que nos ajude na luta contra o pecado para não sucumbirmos diante das ameaças e insídias do maligno. Com efeito, se pusermos em prática a sua Divina Palavra, seremos como moradas construídas sobre a rocha, ou seja, inabaláveis, capazes de resistir a todo tipo de tempestades.

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9. Amados irmãos e amadas irmãs, nada é impossível para Deus, e isso nós comprovamos a todo momento, pois, seria impossível manter-nos vivos por nós mesmos, se não fôssemos assistidos por suas incontáveis graças pelas quais somos fortalecidos e consolados.

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10. Por isso, fiquemos atentos para não nos deixar contaminar pelo lixo tóxico das tentações advindas do mau uso da Internet que nos leva à perca de tempo, pois, tempo é vida, quem dá tempo a Deus recebe Dele todas as graças e bênçãos e a vida eterna; mas quem tira o tempo de Deus para dar às coisas fúteis deste mundo, perde tudo até mesmo a própria vida.

11. Então, prudentemente entremos na Internet, mas com o firme propósito de evangelizar e ser evangelizados, e nunca para perder tempo; peçamos ao Espírito Santo que nos dê sabedoria e discernimento para que todo o nosso tempo seja dedicado somente a Ele. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

NOSSA SENHORA APARECIDA, ROGAI POR NÓS...

Solenidade De Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Jo 2,1-11)(12/10/23). 

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

O que é uma devoção, como a que o povo brasileiro tem a nossa Senhora Aparecida e os cristãos católicos do mundo inteiro têm à Maria Santíssima, Mãe de Deus e nossa mãe?

A devoção é um profundo desejo de Deus, e de ser como seus santos e santas, em especial como à Virgem Maria, para contemplarmos a sua Sagrada Face. E é desse sentimento religioso que nasce a piedade e o amor, que demonstramos por meio das nossas orações e da prática da nossa fé.

Meditemos com amor e devoção esta Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do povo brasileiro. 

1. Caríssimos, não tem como pensar a história da salvação sem a presença da Mãe de Jesus que o gerou por obra e graça do Espírito Santo no seu seio virginal; Ele que é o autor e consumador da nossa fé e da nossa salvação. E, por isso, Maria Santíssima é a porta por onde o autor da vida entrou neste mundo para nos libertar do pecado, nos livrar da morte e nos conduzir ao Reino dos Céus, à vida eterna. 

2. Com efeito, ela é a nova Eva, o modelo perfeito, obra prima das mãos de Deus, à quem escolheu para depositar nela todo o seu amor, o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Com isso, compreendemos que a nossa devoção à Virgem Mãe é profunda comunhão com a vontade de Deus, que lhe deu a missão de esmagar a cabeça do inimigo de nossas almas, por meio do seu amado Filho como está escrito no livro do Genesis (cf. Gn 3,15). 

3. Com efeito, celebrar solenemente a presença da Mãe de Deus em nosso meio, é celebrar a sua participação no grande mistério da nossa redenção, pois a Santíssima Virgem Mãe não só gerou Jesus, mas também o assistiu nos últimos instantes de sua imolação na cruz, recebendo dele a missão de ser a mãe da nova humanidade (cf. Jo 19,26-27).

4. Portanto, caríssimos, por todas as graças derramadas sobre toda a humanidade ao longo do tempo por intercessão da Imaculada Conceição, cantemos esse belíssimo hino em honra da Mãe de Deus e nossa Mãe: 

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Viva a mãe de Deus e nossa

Sem pecado concebida!

Viva a Virgem Imaculada

A Senhora Aparecida!

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Aqui estão vossos devotos

Cheios de fé incendida

De conforto e de esperança

Ó, Senhora Aparecida!

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Protegei a santa igreja

Ó Mãe terna e compadecida

Protegei a nossa Pátria

Ó, Senhora Aparecida!

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Amparai todo o clero

Em sua terrena lida

Para o bem dos pecadores

Ó, Senhora Aparecida!

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Velai por nossas famílias

Pela infância desvalida

Pelo povo brasileiro

Ó, Senhora Aparecida!

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Amados irmãos e amadas irmãs, como seria bom se toda a humanidade vivesse os valores eternos que a Santíssima Virgem Maria viveu tão intensamente, como ela mesma cantou no cântico do Magnificat.

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Certamente este mundo seria um paraíso repleto de paz e tranquilidade, e não esse inferno em que ele está se tornando.

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 
 

REZAR É UM APRENDIZADO, É UM ENCONTRO PESSOAL COM DEUS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,1-4)(11/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Atenção, muita atenção para esta exortação: quem não reza vive na indiferença e dificilmente cresce na graça e no conhecimento do Senhor, para usufruir do seu querer e do seu agir em meio às dificuldades deste mundo.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos, o dom da oração sempre foi o meio mais eficaz do nosso encontro com Deus, pois é um dom do Espírito Santo que nos une diretamente a Ele. De fato, rezar é fazer um encontro, um diálogo espiritual. Todavia, precisamos silenciar para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer e a nos comunicar das graças necessárias para a nossa salvação. 

2. Com efeito, esse encontro com o Senhor acontece espiritualmente no coração da nossa alma, isto é, em nossa mente, em nossa consciência livre de todos os maus pensamentos, aonde Deus nos escuta e responde as nossas súplicas e as nossas boas intenções. 

3. Por isso, a nossa oração, é se pôr em comunhão com o Senhor, é fazer o encontro mais significativo de nossa vida, pois nele nossa alma em estado de graça ou não se entrega inteiramente num profícuo diálogo de amor filial na espectativa de recebermos as graças almejadas. 

4. Desse modo, entendemos que a oração é um relacionamento interpessoal e não uma lista interminável de pedidos. Aliás, quando a oração não é um encontro que resulta num diálogo que transforma a nossa vida, ela é apenas um emaranhado de palavras ditas, eivadas de exigências ou sem a confiança devida. 

5. Decerto, esse tipo de oração torna-se como que uma prática espiritual cansativa, como se fosse uma pesada obrigação; e não uma iluminação do Espírito Santo que nos leva à perfeita intimidade com o Senhor da nossa vida, como são Paulo nos ensina: "Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças." (Fl 4,6).

6. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus ensina, a pedido dos Apóstolos, como exercitar o dom da oração rezando com eles o Pai nosso. E são estas as intenções da oração do Senhor: aproximar-se de Deus como Pai amoroso que sempre nos ouve e nos atende. 

7. Honra-lo com profundo respeito revelando quão santificado é o seu nome pela nossa prática da fé; pedir a vinda do Seu Reino de justiça, amor e paz; querer sempre o que é do seu agrado; suplicar para todos o necessário, livrando-nos do acúmulo indevido.

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8. Pedir perdão pelas ofensas pessoais cometidas, perdoar as praticadas contra nós, e pedir a graça de não mais comete-las; por fim, suplicar a sua proteção contra as tentações e investidas do maligno. Eis a mais perfeita oração que brota do coração em nosso encontro/diálogo com Deus.

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9. Portanto, caríssimos, quem encontra Deus no coração da sua alma, isto é, na sua consciência, e o escuta, recebe Dele a ciência, o descernimento, a sabedoria, o entendimento, a fortaleza e todas as outras virtudes necessárias para se manter de pé na sua presença em atitude de adoração e de total entrega.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

SIRVAMOS AO SENHOR COM ALEGRIA...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,25-37)(09/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Frequentemente sofremos a tentação de nos justificar por aquilo que fazemos ou falamos, como que esquecendo-se que somos filhos e filhas da verdade e que somente a verdade deve permanecer em nossa mente, em nossas palavras e na nossa prática de vida.

Meditemos atentamente com a firmeza da fé em Cristo este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos, viver em estado de graça consiste em permanecermos fiéis a nossa filiação divina, isto é, amando a Deus sobre todas as coisas como seus filhos e filhas nascidos da água e do Espírito Santo no seio da santa Igreja por meio do batismo, para realizarmos em nosso viver a Sua Santa Vontade. 

2. Com efeito, as vezes escuto alguns dizerem que é muito difícil seguir o Senhor, a estes digo: difícil é seguir o mal, pois ele nada tem para nos dar, a não ser a condenação eterna que recebeu depois de ser julgado e condenado por toda maldade que tem realizado na obra da criação (cf. Jo 16,7-11).

3. Não resta dúvida que a maior luta que travamos é espiritual e esta acontece dentro de nós mesmos, no coração de nossas almas, isto é, em nossa mente, em nossa consciência. Por isso, precisamos escutar o Senhor que nos diz: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26,41). 

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4. Ora, muitos são aqueles que usam a última parte desse versículo para querer justificar que pecou ou peca porque "a carne é fraca". A estes digo: não existe pecado sem tentação, sem permissão e sem o ato praticado ainda que seja mentalmente. 

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5. Por isso, ninguém é fraco antes do pecado, como nos ensina são Paulo (cf. 1Cor 10,13) e também são Tiago (cf. Tg 1,12-16), ou seja, somos fracos só depois que pecamos. Dito isto, ponhamos em prática a primeira parte deste versículo ("vigiai e orai") para assim nos manter em comunhão com o Senhor, bem como nos ensina são João: "Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu." (1Jo 3,6). 

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6. Portanto, caríssimos, meditando o evangelho de hoje, percebemos que os mestres da Lei se aproximavam do Senhor Jesus para pô-lo à prova e não para segui-lo. De fato, quem não tem argumento para expressar o bem, usa a astúcia como arma para poder condenar os outros e não ama-los. 

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7. Decerto, a Sabedoria divina revelada nas Palavras do Senhor Jesus, nos ensina que o amor supera todas as barreiras que os homens criaram para não viverem unidos e em paz. Disse Ele: "Vai e faze a mesma coisa [que o bom samaritano fez]."

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8. Destarte, uma alma que ama de verdade nunca se aproxima Dele para prova-lo, nem para fingir que não conhece os seus santos mandamentos, pois não podemos fazer de conta que acreditamos no que Deus nos fala, mas sim pôr em prática o que Ele nos ensina.

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9. Amados irmãos e amadas irmãs, as graças de Deus nos são dadas para pôrmos em prática para assim experimentarmos os seus efeitos em nossas almas. Pois, é isto o que nos ensina são Paulo: "Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos." (Ef 2,10). 

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10. Então, mãos à obra, porque, de fato: "Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta." Como nos ensina são Tiago (Tg 2,26).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

O HORRÍVEL PECADO DA INCREDULIDADE...

 Homilia do 27°Dom do TC (Mt 21,33-43)(08/10/23)

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem. Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

A fidelidade a Deus é uma expressão do nosso amor a Ele, é o firme propósito de obedece-lo em tudo, é a incontestável evidência de que nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo.

Ao seguirmos o exemplo da obediência de Cristo, somos seus verdadeiros discípulos; isto significa que não seguimos a mentalidade deste mundo; mas, pela graça da Sua Presença em nossas almas, nos tornamos exemplos vivos de fé, para todos que encontramos a caminho da eternidade.

Meditemos com amor e atenção esta homilia do 27°Dom do Tempo Comum.

1. Caríssimos, prestemos muita atenção nesta liturgia de hoje, pois ela trata da gravidade do pecado da incredulidade que é a causa de todos os males na obra da criação. Ora, o pecado da desobediência é uma terrível mancha espiritual que gruda na alma de quem conscientemente o comete. 

2. De fato, ele arruína totalmente a vida de quem o pratica, tirando-lhe o estado de graça, afastando-o do amor e da misericórdia de Deus; em outras palavras, é uma espécie de escondirijo que abriga o maligno que passa a ocupar os espaços que antes eram ocupados pelas virtudes e as graças recebidas de Deus.

3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a parábola dos vinhateiros infiéis, mostrando aos mestres da lei e fariseus a origem do pecado da incredulidade que carregam na alma; e que por causa da dureza de seus corações, Deus lhes tira a herança do Seu Reino, dando a um outro povo que acolhe Sua Palavra e a põe em prática reconhecendo que Cristo é o Messias enviado para a salvação de todos os que Nele creem.

4. Comentando esse Evangelho escreveu o Papa, Bento XVI: "O Reino de Deus ser-vos-á tirado e entregue a um povo que produza os seus frutos" (Mt 21, 43). São palavras que fazem pensar na grande responsabilidade de quem, em todas as épocas, é chamado a trabalhar na vinha do Senhor, especialmente numa função de autoridade, e impelem a renovar a plena fidelidade a Cristo.

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5. Desta verdade fala a parábola dos vinhateiros infiéis, a quem um homem confiou a sua vinha, para que a cultivassem e colhessem os seus frutos. O dono da vinha representa o próprio Deus, enquanto a vinha simboliza o seu povo, bem como a vida que Ele nos dá para que, com a sua graça e o nosso empenho, possamos fazer o bem. 

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6. Quando, de fato, "lhes enviou o seu próprio filho", escreve o evangelista Mateus, "[os vinhateiros] agarraram-no, expulsaram-no da vinha e mataram-no" (Mt 21,37.39). 

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7. Deus entrega-se nas nossas mãos, aceita tornar-se um mistério insondável de fraqueza e manifesta a sua Onipotência na fidelidade a um projeto de amor que, no fim, prevê também o justo castigo para os ímpios (cf. Mt 21,41). 

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8. Firmemente ancorados na fé, na pedra angular que é Cristo, permaneçamos n'Ele como o ramo que não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Só n'Ele, por Ele e com Ele é construída a Igreja, o povo da Nova Aliança."

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9. Amados irmãos e amadas irmãs, Deus nos criou "à sua imagem e semelhança", por amor e somente para amar, porque Ele é amor. Tudo o que em nós não é uma expressão do Seu Amor, a isto chamamos de pecado, que gera os males que acontece neste mundo.

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10. Destarte, fiquemos atentos e vigilantes para combatermos aos maus pensamentos que chegam à nossa mente, pois, são tentações que querem ocupar o espaço do amor de Deus em nossas almas, não os permitamos, porque a nossa vida pertence somente a Deus, e não aos maus pensamentos.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO ROGAI POR NÓS...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,26-38)(07/10/23)

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1. Caríssimos, existem muitas atitudes com as quais os homens se provocam uns aos outros e também a Deus, e uma delas é a incredulidade com que se portam na vida tais provocadores, visto que fazem da indiferença o seu meio de expressão, por isso, vagueiam pelo mundo sem rumo certo, sem nenhum sentido de vida. 

2. Todavia, Deus é sumamente paciente e age sempre por sua Divina Misericórdia para com todos, pois não quer que ninguém se perca, mas tenham a vida eterna. Por isso, não nos deixemos provocar por nenhuma ação maléfica, mas, responder a elas com os dons de Deus, vendo nisso um meio de exercitarmos as virtudes eternas com as quais o servimos neste mundo.

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3. De fato, foi isso o que fez o Profeta Isaías quando provocado pela incredulidade do rei Acaz; disse ele: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. 

4. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. (Is 7,14). Decerto, prestemos muita atenção, pois, de uma provocação, surgiu uma das mais belas profecias anunciando a vinda de Cristo, que se cumpriu na íntegra quando da anunciação do Anjo Gabriel à Santíssima Virgem Maria.

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5. De fato, apesar das muitas provocações dos homens, Deus nunca deixa de agir em seu favor para os libertar do mal com o qual o ofendem pelos pecados consentidos e praticados. No entanto, para receberem seu perdão, se faz necessário que se arrependam sinceramente, façam penitência e mantenham o firme propósito de não mais pecar, para assim permanecerem na Sua presença, mantendo-se fiéis até o fim.

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6. Amados irmãos e amadas irmãs, hoje a Santa Igreja celebra a memória da devoção a Nossa Senhora do Rosário. Esta memória foi instituída pelo papa Pio V, em 1571, quando se celebrava o aniversário da batalha naval de Lepanto. Segundo consta, os cristãos saíram-se vitoriosos porque invocaram o auxílio da Santa Mãe de Deus, rezando fervorosamente o Santo Rosário.

7. De fato, a recitação do santo Rosário é a oração por excelência de todos os filhos e filhas de Deus, que por meio dele encontram a Santíssima Virgem Maria e meditam com ela os mistérios da nossa salvação, realizada por seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.

8. Rezemos então com fervor e devoção esta belíssima oração em honra da Mãe de Deus e nossa mãe: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos a vós não recorrem de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a vós estão recomendados. 

9. Acampa Mãe querida em nossas almas em nossa vida para que somente a vontade de Deus aconteça, para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo e a salvação das almas. 

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

QUEM DÁ TEMPO A DEUS, RECEBE DELE A VIDA ETERNA...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,13-16)(06/10/23). 

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária. 

Vivemos envoltos pelo grande mistério da morte, e embora não a desejamos, ela acontece, é o que chamamos o último dia. Porém, ao darmos um sentido eterno ao nosso viver, ponde em prática a Palavra de Cristo, logo nos sentimos seguros, pois Ele nos dá a certeza de que a vida não finda com a morte, porque é eterna, enquanto a morte é apenas a nossa páscoa definitiva como nos garantiu (cf. Jo 14,1-6).

De fato, temos consciência de que diante de certos acontecimentos nada podemos fazer por nós mesmos, mas como o Senhor nos ensinou: "Tudo é possível ao que crer." (Mc 9,23). Desse modo, depositemos Nele toda a nossa confiança e todo o nosso amor, para que a sua Palavra de vida eterna se cumpra em nossa vida.

Meditemos atentamente e com a firmeza da fé este pequeno sermão de hoje. 

1. Caríssimos, os critérios de Deus para crermos Nele são justos e santos, rejeitá-los significa crer no inimigo de nossas almas, se afastar do Senhor e nunca mais ver a Sua Face. De fato, o problema da humanidade é querer impor a Deus os próprios critérios para crer, e com isso, deixa de transparecer Sua imagem e semelhança que somos. 

2. Com efeito, contemplar a Deus em sua benevolência é um dom precioso para todos, mas poucos são aqueles que o fazem; e por que não o fazem? Porque não o amam acima de tudo o que existe, e por isso idolatram coisas, situações e pessoas. 

3. Que o digam os times de futebol, os cantores e cantoras, a programação das TVs, as salas de cinema, a Internet e tantos outros eventos semelhantes, que tomam todo o tempo vago dos homens tirando-lhes a piedade, a vida de oração, e o encontro com Deus. 

4. Ora, qual é o resultado de tudo isso? É a multiplicidade do pecado, as mortes violentas, as cadeias superlotadas, os hospitais abarrotados, os cemitérios cheios. E pelo que vemos da pecaminosidade dos homens nada de bom se pode esperar onde reina o pecado. 

5. De fato, no dia que os homens deixarem de escutar a voz do inferno, para ouvir a voz de Deus, se converterão e terão a proteção divina e com ela a vida eterna; caso contrário, serão como as cidades que Jesus mencionou no Evangelho de hoje, que, por não ouvirem Sua voz, perderam a graça de serem salvas.

6. Decerto, ainda estamos no tempo da Divina Misericórdia, antes que se manifeste o justo juízo de Deus sobre toda humanidade. Por isso, o melhor que os homens têm a fazer é se converterem, reconhecendo seus pecados, confessa-los, para receber o perdão Sacramental e fazer penitência em busca de uma vida digna do céu. 

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7. "Pois, eis o que diz o Senhor: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (1Cor 6,2). De fato, se os homens não se converterem, apesar de todos os apelos de nossa Senhora em todas as suas aparições, nada resta a fazer a não ser esperar que se cumpra a justiça divina que a todos julgará segundo as suas obras. 

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8. Portanto, caríssimos, não sabemos quanto tempo ainda temos pela frente, por isso, tomemos consciência de que não podemos perder tempo, porque tempo é vida, pois, quem tira o seu tempo de Deus, para dar ao que não é de Deus, perde não somente o tempo, mas também a própria vida.

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9. Destarte, o poder de decidir ainda temos, mas por quanto tempo? Por isso, não nos esqueçamos, naturalmente somos apenas um sopro que se esvai a qualquer momento, mesmo se ignorarmos esse acontecimento.

10. Senhor Jesus, ajuda-nos a viver segundo a tua vontade no tempo presente e por toda eternidade. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

SÃO FRANCISCO DE ASSIS ROGAI POR NÓS...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 10,38-42)(04/10/22)

1. Amados irmãos e amadas irmãs, desde a sua conversão são Francisco de Assis encontrou na oração, na penitência e na dedicação da prática e da pregação do Evangelho a conformidade com Cristo, pobre, casto, obediente, humilde e crucificado.

2. Por isso, ao logo dos tempos o seu exemplo de fraternidade e amor à criação foi seguido por um sem número de pessoas desde Papas aos mais humildes e simples de coração. 

Seu exemplo de vida simples e de entrega total a Deus continua arrebanhando milhões e assim será até o final dos tempos, porque sua vida é o Evangelho vivo de nosso Senhor Jesus Cristo. 

3. Caríssimos, hoje a nossa Ordem celebra a Solenidade de São Francisco de Assis, nosso seráfico pai fundador. Falar de São Francisco, é falar da humildade em pessoa, pois ele é aquele que imitou mais perfeitamente nosso Senhor Jesus Cristo na terra, aquele que abraçou a cruz da pobreza como virtude eterna despojando-se de tudo o que possuía para viver unicamente da Providência Divina.

4. Na sua Carta a todos os fiéis ele escreveu: "Não nos convém sermos sábios e prudentes segundo a carne, mas temos antes de ser simples, humildes e puros. Jamais desejemos ficar acima dos outros, mas prefiramos ser servos e submissos a toda criatura humana, por causa de Deus. 

5. Sobre todos os que assim agirem e perseverarem até o fim repousará o Espírito do Senhor e fará neles sua casa e mansão. Serão filhos do Pai celeste, pois fazem suas obras, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo." (São Francisco de Assis).

6. De fato, "em uma sociedade cada vez mais desagradável e vulgarizada, há necessidade de mansidão, humildade e doçura. A doçura das palavras leva à confiança. A doçura do pensamento leva à profundidade. 

A doçura dos sentimentos leva ao amor. Resumindo: nada no mundo é mais forte que a virtude da doçura que Deus nos dar." (Mons Angelo Spina).

7. Portanto, caríssimos, a nossa vida neste mundo é um aprendizado constante, e creio que são Francisco de Assis é um excelente professor das santas virtudes da obediência, pobreza e castidade. 

Entremos, então, para escola de São Francisco que aprendeu com a cruz de Cristo a ser manso e humilde de coração. 

8. Por fim, vemos que "são Francisco compreendeu que sem humildade não se pode seguir a Cristo, e nem podemos ser à imagem de Deus, porque a imagem de Deus em nós é precisamente a de um Deus humilde e disponível, capaz de dar tudo, e verdadeiramente Francisco nada guardou para si.

9. Peçamos-lhe neste dia que interceda pela nossa conversão para que também nós possamos realmente tornar-nos mansos e humildes de coração." (Pe. Fabrizio Centofanti).

10. Amados irmãos e amadas irmãs, que o nosso viver tenha sua inspiração na pobreza, castidade e obediência virtudes vividas por São Francisco por amor a Cristo.

11. Rezemos, então, esta oração composta por ele em adoração ao Santíssimo Sacramento: "Nós vos adoramos Santíssimo Senhor Jesus, aqui e em todas as igrejas que estão no mundo inteiro e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

São Francisco de Assis, rogai por nós... 

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.
 

O QUE REALMENTE SIGNIFICA AMAR?

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 9,51-56)(03/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Muito já se falou de amor, mas são poucos os que conhecem realmente o que significa amar. Basta olharmos os conflitos e tragédias geradas pelos preconceitos, a busca dos interesses mesquinhos, e tudo o que leva os homens à falta de amor, à inimizade e a odiarem-se uns aos outros.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje. 

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1. Caríssimos, Deus nos criou por amor com o único propósito de que o amemos sobre todas as coisas e nos amemos uns aos outros como a nós mesmos; por isso, nada e ninguém poderá preencher o nosso coração fora do amor com que Deus nos criou. 

2. De fato, amar nessa dimensão é a chave que abre as portas da felicidade eterna que começa aqui no tempo que nos foi dado somente para amar. Pois, foi isso o que o Senhor Jesus nos ensinou: "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor." (Jo 15,9).

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3. Com efeito, quando não somos correspondidos com o mesmo amor com que amamos; por vezes sofremos a tentação de rejeitar aqueles que nos rejeitam, e caso isso aconteça, tal atitude só aumenta ainda mais as divisões e querelas, pois um coração que ama somente aqueles que lhes amam, ainda não conhece o que é amar e do que o amor é capaz (cf. Mt 5,44-48). 

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4. No Evangelho de hoje vimos a expressão desse confronto, onde por um lado, Jesus e seus discípulos não foram acolhidos numa aldeia samaritana por puro preconceito; e por outro, como reação, Tiago e João, deram o péssimo exemplo de não amar, desejando que fossem queimados com o fogo do céu. 

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5. Mas Jesus os repreendeu de imediato, mostrando que não podemos deixar de amar, só porque não fomos amados ou não correspondidos no nosso amor. Mas, como fazemos isso? Seguindo suas Palavras e exemplos: "Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor." (Jo 15,10).

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6. Portanto, caríssimos, esta liturgia de hoje é um verdadeiro refrigério para as nossas almas; pois, vivemos num mundo onde as pessoas são tão apegadas às coisas que passam que se esquecem que somente o amor com amamos a Deus sobre todas as coisas e entre nós é que nos faz felizes aqui e eternamente no Reino dos céus. 

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7. Destarte, deixemo-nos amar pelo amor de Deus para que tudo em nosso viver seja uma expressão do Seu Divino Amor. De fato, viver assim não é apenas sentimento ou desejo, mas, atitudes e disposições interior próprias do seguimento de Cristo, como Ele mesmo disse: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." (Jo 13,35).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, temos todo tempo para amar e ser amados, mas não podemos esperar que os outros nos amem primeiro, pois a regra de ouro do Evangelho é esta: "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas." (Mt 7,12).

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9. Por isso mesmo após as fadigas e a convivência diária que tivemos durante a nossa jornada, digamos: Amei, amei, amei... simplesmente amei, pois foi por amor que Deus nos criou e somente para amar.

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10. Todavia, alguém poderá até pensar: dizer isso é muito fácil, difícil é praticar. Na verdade, a capacidade de amar é dom de Deus para todos, por isso, nunca devemos usa-la para o não amar. Amém! Assim seja! 

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.

SANTO ANJO DO SENHOR, MEU ZELOSO GUARDADOR...

 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,1-5.10)(02/10/23).

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

Hoje a Igreja celebra a memória dos santos anjos da guarda a quem Deus confiou as almas enquanto estivermos neste mundo a caminho do Reino dos céus.

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

1. Caríssimos, as graças de Deus chegam até nós por diversos meios, dentre eles temos a intercessão dos santos, em especial a intercessão de Nossa Senhora; elas também nos chegam por meio da proteção dos santos anjos, em especial, nossos anjos da guarda, que nos protegem nas mais diversas situações do nosso dia a dia. 

2. Na primeira leitura meditamos: "Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários." (Ex 20,20-22).

3. E também no Salmo 33: "O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva." (Sl 33,8). E ainda no Salmo 90: "Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra."(Sl 90,10-12) 

4. São Bernardo Abade assim escreveu a respeito dos santos anjos em um de seus sermões: “Sejamos, pois, devotos e agradecidos àqueles guardiães tão exímios; correspondamos o seu amor, honremo-los quanto possamos e conforme devemos. 

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5. Eles nos guiam nos nossos caminhos, não podem ser vencidos nem enganados e menos ainda podem nos enganar. São fiéis, prudentes, poderosos. Basta que os sigamos, que estejamos unidos a eles, e viveremos assim, à sombra do Onipotente”.

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6. Santa Francisca Romana, certa feita recebeu do Senhor a graça da visão do seu anjo da guarda e assim o descreveu: “Era de uma beleza incrível, com uma pele mais branca que a neve e um rubor que superava a vermelhidão das rosas. 

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7. Seus olhos, sempre abertos olhando para o céu, o cabelo comprido e cacheado cor de ouro. Sua túnica era comprida até os pés e era branca um pouco azulada e, outras vezes, com brilhos avermelhados. Era tal a irradiação luminosa que o seu rosto emanava, que podia ler as matinas em plena meia noite."

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8. Rezemos então esta bela oração composta por são Charles de Foucauld: "E como hoje é o dia da tua festa, meu anjo bom. De todo o coração te digo aos pés de Jesus: Feliz dia! Obrigado por todos os teus benefícios! 

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9. Perdoa-me por todas as minhas ingratidões e por me comportar de forma tão desrespeitosa na tua presença, perdoa-me por te contristar tantas vezes! Guarda-me e ajuda-me cada vez mais! A minha vontade é honrar-te e amar-te, tanto quanto Deus permite e quer."

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10. Rezemos também esta terna oração tão conhecida e recitada, ao nosso anjo da guarda, pedindo-lhe a graça da sua proteção: "Santo anjo do senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine." Amém! Assim seja!

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Amados irmãos e amadas irmãs, grande é o mistério da nossa salvação e também grandes são as graças derramadas em nossas almas conforme os desígnios do nosso Pai celestial.

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Decerto, ter um anjo da guarda nos protegendo nos momentos difíceis de nossa caminhada para o céu é uma destas graças. Peçamos humildemente ao Senhor para termos a percepção da sua presença junto a nós, para a ele recorrermos em nossas necessidades. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

O NOSSO PROCESSO DE CONVERSÃO...

 Homilia do 26°Dom do tempo comum (Mt 21,28-32)(01/10/23)

Na segunda leitura desta liturgia assim escreveu são Paulo: "Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão,

completai a minha alegria, permanecendo unidos.

Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos. Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.

Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros." (Fl 2,1-4).

1. Caríssimos, a ambiguidade é uma via de mão dupla causadora de grandes desastres com enormes perdas para aqueles que a transitam. Bem ao contrário é a sinceridade de caráter, que leva os que transitam por ela a encontrar-se com Deus, por não se deixar levar pela tentação de viver a fé só de aparências.

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2. De fato, precisamos dar a Deus o que é de Deus, a nossa vida, o nosso tempo e o nosso modo de ser e estar no mundo para transparecermos claramente que Dele dependemos cem por cento como dependemos do ar que respiramos, para que assim o nosso testemunho seja verdadeiro e convincente; e não algo aparente, em nada condizente com o que significa ser conduzidos pelo Espírito Santo.

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2. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a parábola dos dois filhos; o primeiro à princípio não obedeceu o pedido do seu pai; mas, arrependido de sua desobediência, votou atrás e fez o que era do seu agrado. Ora, isso significa que o arrependimento e a volta à obediência mudou totalmente as suas atitudes e ações. 

3. Por outro lado, o segundo filho lhe disse que sim, mas não cumpriu o que havia dito; ao que Jesus perguntou aos Sumos sacerdotes e anciãos do povo: "Qual dos dois fez a vontade do pai?” Prontamente responderam o primeiro. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 

4. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”. (Mt 21,31-32). 

5. De fato, crer é obedecer, por isso, não podemos enganar a nós mesmos achando que estamos fazendo a vontade de Deus só pelo fato de participarmos das ações litúrgicas, porém, sem a devida correspondência ao que Deus nos fala por meio delas; e quando isso acontece a nossa prática religiosa não passa de falsa piedade. 

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6. Portanto, caríssimos, uma das características das Parábolas contadas por Jesus é inserir os seus ouvintes nelas, e foi exatamente isso o que o Senhor fez no Evangelho de hoje, ou seja, mostrou aos sumos sacerdotes e anciãos do povo o quão nefasta era sua prática religiosa, pela dureza de coração, pela falta de misericórdia e de amor. 

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7. Destarte, a nossa conversão é um processo constante que não pode ser interrompido, pois, se o fizermos deixamos de seguir o Senhor Jesus no caminho da graça santificante, para seguir a via torta da ambiguidade em que o engano é prática constante cujos frutos são a incoerência e os falsos juízos.

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8. Discorrendo sobre o nosso processo de conversão, escreveu são Clemente de Alexandria: "As portas estão sempre abertas a quantos se voltarem para Deus com sinceridade e de todo o coração e é com imensa alegria que o Pai recebe um filho verdadeiramente arrependido."

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Amados irmãos e amadas irmãs, "a verdadeira conversão pressupõe que deixemos de pecar e que não olhemos mais para trás. Lamentemos amargamente, pois, os erros cometidos e peçamos ao Pai que os esqueça. Ele pode, na sua misericórdia, desfazer o que foi feito e, com o orvalho do Espírito, apagar as nossas faltas passadas." Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.